O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) recebeu três novos projetos de geração de energia eólica offshore no Ceará. Os pedidos de licenciamento foram realizados pela Petrobras.
A informação consta na mais recente atualização dos processos de licenciamento ambiental abertos no Ibama. Agora, o Ceará conta com um total de 25 planos para exploração de energia eólica no mar do litoral cearense.
Conforme o Ibama, os projetos da Petrobras são denominados Prazeres, com 133 aerogeradores e potência total de 2,39 gigawatts (GW); Piedade, com previsão de 126 aerogeradores e 2,26 GW de potência total; além do empreendimento Fortaleza, de 120 aerogeradores e 2,16 GW de potência total.
Em todo País, o Ibama trabalha na análise de 96 processos de licenciamento de parques offshore. Conforme a nova atualização, caso todos entrassem em operação, o Brasil teria um acréscimo de 234,2 GW de geração de energia.
Para dar noção da grandeza desse montante, dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apontam que o Brasil possui aproximadamente 200 GW de capacidade instalada centralizada na matriz energética para uso da população conectada ao Sistema Interligado Nacional.
Os projetos de geração de energia eólica offshore no Ceará se estendem por uma área de 17.280 km² do litoral, sendo que há projetos sobrepostos uns aos outros, aproximadamente 2,8 mil km² do total, conforme o Ibama.
Com 25 projetos em seu litoral, o Ceará lidera o Nordeste neste quesito. No País, só perde para o Rio Grande do Sul, que teve 27 pedidos de licenciamento para atividades.
Ainda assim, o Nordeste lidera os pedidos de licenciamento de eólica offshore, com 48 pedidos, no que tem potencial para gerar 109 GW de energia. Depois vem o Sul, com 28 projetos e potencial de 75,3 GW, seguido do Sudeste, com 20 projetos e potencial de 49,9 GW de geração de energia.
Nesta atualização, o interesse de empresas internacionais neste tipo de geração de energia é notável. Como é o caso da TotalEnergies, que enviou ao Ibama quatro novos projetos.
Um desses projetos, o Sopros do Piauí 1, localizado no Piauí, prevê a instalação de 209 aerogeradores e 3,13 GW de capacidade.
Já a Petrobras, além dos três projetos no Ceará, também entrou com pedidos de licenciamento para geração offshore no litoral do Espírito Santo (1,98 GW), do Maranhão (2,80 GW), Rio de Janeiro (3,20 GW) e Rio Grande do Sul (3,5 GW).
Outro estado que deve receber projetos da Petrobras em eólica offshore é o Rio Grande do Norte. O Ibama recebeu três pedidos de licenciamentos da Petrobras.
No litoral potiguar, a Petrobras pretende instalar os projetos Costa Branca I (1,45 GW), Costa Branca II (2,10 GW) e Ginga (1,06 GW).
Projetos
A Petrobras, além dos três projetos no Ceará, também entrou com pedidos de licenciamento para geração offshore no ES (1,98 GW), MA (2,80 GW), RJ (3,20 GW) e RS (3,5 GW)