A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) aprovou incentivos fiscais para sete empresas do Ceará. Ao todo, o capital desembolsado chega a R$ 38,6 milhões em investimentos privados direcionados aos projetos beneficiados.
Os pedidos dos empreendimentos foram validados pela Diretoria Colegiada e deverão ser apresentados à Receita Federal, responsável pela validação das solicitações.
O maior investimento, de R$ 20 milhões e voltado para a demanda de implantação, é das Indústrias Reunidas Hélio Arruda Coelho, empresa de massa alimentícia, localizada em Massapê, município a 248,93 quilômetros (km) de Fortaleza.
"O volume maior de pedidos direcionados à modalidade de instalação é um indicativo de que o Nordeste está se tornando, cada vez mais, uma região atrativa, para a geração de mercado de oportunidades e que a Sudene dispõe de instrumentos adequados para apoiar o setor produtivo que acredita no potencial do nosso mercado", analisa Danilo Cabral, superintendente da Sudene.
Também para implantação, a Nova Zelândia Indústria de Lácteos e Comércio de Alimentos, em Maranguape, a 26,85 km da capital cearense, teve o incentivo fiscal aprovado de R$ 4,6 milhões.
Ainda na mesma demanda, a Link Ceará Telecom, estabelecida em Maracanaú, 25,49 km de Fortaleza, teve R$ 2,4 milhões aprovados.
Outra empresa que teve incentivo fiscal aprovado foi a Vestas do Brasil Energia Eólica, em Aquiraz, a 29,07 km da Capital, de R$ 7,2 milhões para modernização.
Já na complementação de equipamentos, a Durametal, instalada em Maracanaú, teve o recurso aprovado de R$ 3,6 milhões.
A Thor Granitos e Mármores, em Santa Quitéria, a 223,46 km da Capital, foi aprovada apenas para transferência de laudo.
O suporte oferecido pela Sudene por meio dos incentivos fiscais tem colaborado com a diversificação do ambiente de negócios no Nordeste, destaca Heitor Freire, diretor de gestão de Fundos, Incentivos e de Atração de Investimentos da Superintendência.
"Há a oferta de emprego, o surgimento de uma necessidade de melhoria na infraestrutura. Novos negócios podem surgir ao redor da indústria para oferecer serviços, além da questão da qualificação profissional. A economia fica mais dinâmica. São temas que transbordam a concessão do incentivo e que nos levam a analisar toda a cadeia produtiva, buscando soluções que resultem na melhoria de vida do povo nordestino".
Além do Ceará, outros 20 pleitos foram aprovados pela Diretoria Colegiada da Sudene. Seis estão instalados na Bahia, quatro no Espírito Santo, três em Pernambuco e dois em Minas Gerais.
Já os estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí e Sergipe contam, cada um, com uma indústria apta a receber os incentivos fiscais.
O maior investimento privado foi informado pela Olam Agrícola, que comercializa alimentos e atua na compra e venda de diversos insumos, a exemplo do café, cacau, soja, além de derivados de leite.
Para instalar uma nova fábrica de café solúvel no município capixaba de Linhares, foram desembolsados R$ 740 milhões, gerando cerca de 1.000 empregos.
Ainda em relação aos postos de trabalho, o coordenador-geral de Incentivos e Benefícios Fiscais da Sudene, Silvio Carlos, relatou que as 27 empresas somam 10.325 profissionais em seus quadros de pessoal, dos quais 2.147 estão vinculados a novos postos de trabalho.
Os incentivos fiscais oferecidos pela Sudene buscam apoiar o setor produtivo presente nos 11 estados que constituem a área de atuação da autarquia.
Os valores deduzidos do Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) devem ser direcionados para operações de instalação, diversificação e melhoria da infraestrutura. A aplicação dos recursos é fiscalizada por equipe específica da superintendência.
Pleitos
Além dos empreendimentos localizados no Ceará, outros 20 pleitos foram aprovados pela Diretoria Colegiada da Sudene. A Bahia é o segundo estado com mais projetos aprovados, seis no total