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Despesa corrente cresce 8% no Ceará, mas taxa é a 6ª menor do País
Economia

Despesa corrente cresce 8% no Ceará, mas taxa é a 6ª menor do País

|Contas Públicas| Relatório do Tesouro Nacional, referente ao 2º bimestre, aponta avanço no indicador em todas as unidades federativas
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CEARÁ aplicou R$ 1,8 bilhão em Educação no segundo bimestre deste ano (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA CEARÁ aplicou R$ 1,8 bilhão em Educação no segundo bimestre deste ano

As despesas correntes no Ceará fecharam o segundo bimestre deste ano em R$ 10,98 bilhões. Um aumento de 8% em relação ao igual período do ano anterior, mas uma das menores taxas de crescimento entre as unidades federativas do País.

Está atrás apenas daquela observada no Amapá (1%), Rio de Janeiro (5%), Amazonas (6%), Rio Grande do Sul (7%) e São Paulo (7%). 

Os dados constam do Relatório Resumido de Execução Orçamentária em Foco dos Estados e do Distrito Federal, referente ao segundo bimestre de 2025, publicado ontem pelo Tesouro Nacional.

Na comparação entre os bimestres, todos os Estados registraram aumento nas despesas correntes. Os maiores crescimentos foram observados em Alagoas (36%) e em Goiás (27%).

Conforme o levantamento do Tesouro Nacional, em 21 das 27 Unidades da Federação analisadas, o crescimento dessas despesas superou o avanço da receita corrente no período. A análise considera as receitas correntes realizadas e as despesas correntes liquidadas no segundo bimestre de 2025.

No caso do Ceará, as receitas avançaram de R$ 13,80 bilhões, no segundo bimestre de 2024, para R$ 13,59 bilhões no período equivalente deste ano. Ou seja, houve um incremento de apenas 2% no indicador.

Deste montante, 57% veio de receita própria e de 43% de transferências correntes recebidas. Já o resultado orçamentário - que considera as receitas realizadas menos as despesas liquidadas até o 2º bimestre - ficou em R$ 1,97 bilhões. O número representa 16% frente à receita corrente líquida (RCL).

No Brasil, considerando apenas a receita corrente realizada, os Estados que registraram os maiores aumentos no período foram Rio de Janeiro (16%) e Mato Grosso (15%).

Por outro lado, estados como Amapá (-15%), Maranhão (-8%), Pernambuco (-3%) e Bahia (-3%) apresentaram queda na comparação entre os bimestres.

Outro indicador relevante dos entes subnacionais é a poupança corrente em relação à RCL proporcional. Este dado é formado a partir do valor das receitas correntes menos as despesas correntes liquidadas e sinaliza o nível de autonomia para realizar investimentos com recursos próprios ou, quando negativa, da dependência de receitas de capital para realizá-los.

Conforme o relatório do Tesouro Nacional, no Ceará, este percentual ficou em 22,4% nos meses de março e abril deste ano. O maior indicador de poupança corrente no período foi encontrado no Mato Grosso (39,3%) e o menor em Goiás (2,9%).

Despesas no Ceará

No detalhamento das despesas no Ceará, R$ 1,80 bilhão foi aplicado em Educação (12%); R$ 1,90 bilhão em Saúde (13%), R$ 1,76 bilhão em Segurança Pública (12%); R$ 0,55 bilhão em Transporte (4%); e R$ 1,77 bilhão em Previdência Social (12%).

Na função Educação, os maiores porcentuais de gasto em relação ao total foram registrados no Acre (24%), Amapá (24%) e Paraná (24%). Por outro lado, Alagoas (9%), Espírito Santo (10%) e Rio de Janeiro (11%) apresentaram os menores índices nessa área.

No caso da Saúde, os porcentuais mais elevados foram verificados no Tocantins (25%), Pernambuco (24%), Roraima (21%) e Sergipe (21%). Já Mato Grosso do Sul (9%), Rio Grande do Norte (9%), Mato Grosso (11%) e São Paulo (11%) registraram os menores níveis de gasto relativo na função.

Em Segurança Pública, destacaram-se Minas Gerais (22%), Alagoas (17%), Rio de Janeiro (16%) e Rondônia (16%) como os Estados com maiores alocações. Em contraste, Distrito Federal (4%) e São Paulo (5%) apresentaram os menores porcentuais de despesa empenhada nesse setor.

Já na função Previdência Social, as maiores participações foram observadas no Rio Grande do Norte (41%), Rio de Janeiro (27%) e Rio Grande do Sul (26%). Os menores porcentuais ficaram com Amapá (1%), Roraima (4%) e São Paulo (9%).

O relatório também apresenta a variação da Dívida Consolidada (DC) até o segundo bimestre de 2025, em comparação àquela registrada em 31 de dezembro de 2024. No caso do Ceará, houve um recuo de 5%. 

Além do Estado, outras 14 unidades federativas apresentarem recuo no indicador. O maior nesta base de comparação foi no Maranhão (-14%). Enquanto, do lado das altas, a lista é liderada pelo Piauí (11%).

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