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Projetos para o Ceará na Chamada Nordeste somam R$ 24,7 bi
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Projetos para o Ceará na Chamada Nordeste somam R$ 24,7 bi

Iniciativa articulada pela Sudene recebeu 246 propostas ao todo, totalizando R$ 127,8 bilhões em investimentos.
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Foram apresentadas 35 propostas para data centers verdes, totalizando R$ 16,9 bilhões. (Foto: Arkadiusz Warguła | Getty Images)
Foto: Arkadiusz Warguła | Getty Images Foram apresentadas 35 propostas para data centers verdes, totalizando R$ 16,9 bilhões.

A Chamada Nordeste, uma colaboração entre Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), o Consórcio Nordeste, recebeu 246 propostas, totalizando R$ 127,8 bilhões em investimentos para o desenvolvimento regional.

O volume é quase 13 vezes mais que os R$ 10 bilhões previstos. O Ceará se destacou com 38 projetos, buscando R$ 24,7 bilhões em crédito para impulsionar a economia local. 

Essas iniciativas estão alinhadas com as diretrizes da Nova Indústria Brasil, focando em setores estratégicos como transição energética, bioeconomia, hidrogênio verde e mobilidade automotiva.

O objetivo é fomentar o desenvolvimento produtivo, gerando emprego, inovação e crescimento em toda a região Nordeste por meio de projetos com potencial significativo de impacto.

A iniciativa busca fomentar investimentos estratégicos no Nordeste, alinhados às diretrizes da Nova Indústria Brasil.

O presidente do Banco do Nordeste (BNB), Paulo Câmara, ressaltou que a Chamada Nordeste mostra a força da região e a confiança dos investidores em setores de futuro, como hidrogênio verde e bioeconomia.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que o resultado foi extraordinário e mostrou o enorme potencial da Região. "Nosso compromisso é transformar boas ideias em oportunidades concretas”.

As propostas passam agora por análise de enquadramento e avaliação conforme os critérios da chamada. O resultado será divulgado até 28 de novembro. A partir daí, os planos de negócio selecionados contarão com suporte conjunto das instituições financeiras participantes, que estruturarão os instrumentos de apoio mais adequados às necessidades de cada projeto.

Confira quais áreas receberam maior quantidade de aportes:

  • Transição Energética (com foco em armazenamento) concentrou o maior número de propostas (54), com uma demanda de crédito de R$ 15,3 bilhões.
  • Bioeconomia com foco em fármacos, com 44 projetos (R$ 5,4 bilhões);
  • Hidrogênio verde, com 32 iniciativas (R$ 54,3 bilhões);
  • Data centers verdes, com 35 propostas (R$ 16,9 bilhões);
  • Setor automotivo, incluindo máquinas agrícolas, com 40 projetos (R$ 25,2 bilhões).

Além disso, 41 planos de negócio foram apresentados em caráter transversal, abrangendo mais de um segmento, e somam R$ 10,4 bilhões em crédito solicitado.

O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT) disse que o sol intenso e os ventos fortes, "que já nos fizeram sofrer tanto", hoje impulsionam uma transformação econômica que coloca o Nordeste no centro de um futuro sustentável e justo.

Chamada Nordeste: quais estados apresentaram mais propostas?

Na análise por estados, a Bahia concentrou o maior número de propostas: 63 planos de negócio, que totalizam R$ 39 bilhões em demanda de crédito.

Em seguida aparecem o Ceará, com 38 projetos (R$ 24,7 bilhões), e Pernambuco, com 37 propostas que somam R$ 7,1 bilhões.

Rio Grande do Norte e Maranhão registraram 17 iniciativas cada, com demandas de R$ 1,6 bilhão e R$ 24,7 bilhões, respectivamente.

Completam o levantamento Alagoas, com 13 propostas (R$ 4,2 bilhões); Paraíba, com 15 projetos (R$ 671 milhões); Piauí, com 13 planos (R$ 9,2 bilhões); e Sergipe, com 11 iniciativas (R$ 11,8 bilhões).

Além disso, 22 propostas, que somam R$ 4,4 bilhões, foram destinadas a projetos com impacto em mais de um estado.

A seleção conta com R$ 10 bilhões em orçamento. Os participantes puderam submeter propostas envolvendo projetos de engenharia, aquisição de máquinas, contratação de recursos humanos, instalação de plantas piloto, infraestrutura física, de pesquisa ou industrial, além do custeio de atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação.

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