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De olho em data center, Elmano e Lula se reúnem com CEO do TikTok
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De olho em data center, Elmano e Lula se reúnem com CEO do TikTok

Empresa teria reiterado aos brasileiros planos de investimentos no País, incluindo o Ceará
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ESTE foi o primeiro encontro oficial entre Lula e o CEO do TikTok, Shou Zi Chew (Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República)
Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República ESTE foi o primeiro encontro oficial entre Lula e o CEO do TikTok, Shou Zi Chew

O governador cearense Elmano de Freitas (PT) participou nesta segunda-feira, 22, de reunião entre o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o CEO do TikTok, Shou Zi Chew, em Nova York. O ministro da educação e ex-governador do Estado, Camilo Santana, também esteve presente.

Mais tarde, o governador postou em suas redes sociais sobre o encontro sem dar mais detalhes.

“Estivemos reunidos hoje, juntamente com o presidente Lula, com o CEO do TikTok, em Nova York, para tratarmos de assuntos de interesse do Brasil e do Ceará. Seguimos determinados na luta para fazer nosso estado e nosso país cada vez mais fortes e desenvolvido”, escreveu o governador Elmano.

Conforme pessoas que estavam presentes ao encontro, a empresa teria indicado aos brasileiros ter planos de investimentos no Brasil, entre eles em data centers, especialmente no Ceará. O investimento já anunciado antes é de cerca de R$ 50 bilhões.

A chegada do data center, mais precisamente Caucaia sofre resistência de comunidades tradicionais e indígenas da etnia anacé, que representaram contra no Ministério Público.

Eles alegam que a chegada do data center vai ampliar o problema da escassez de água e energia que já enfrentam, uma vez que esses são os dois principais recursos consumidos pelo empreendimento. Um outdoor contra o data center chegou a ser exposto no município, sofrendo críticas de vereadores locais.

Já a audiência em Nova York, teria sido feito à pedido da companhia, segundo o governo brasileiro. Esta será a única reunião com empresas do setor digital e plataformas durante a viagem de Lula aos EUA, também de acordo com o Palácio do Planalto.

A conversa ocorreu no fim da manhã e durou cerca de meia hora. Shou Zi Chew deixou o local rapidamente e não quis se pronunciar sobre o teor do que foi debatido no encontro. Ele estava acompanhado de ao menos duas outras representantes da empresa.

Lula não havia ainda estado com diretores da TikTok, embora eles tenham visitado o vice-presidente Geraldo Alckmin, em Brasília, e conversado com outros integrantes do governo brasileiro.

Na semana passada, quando da publicação da medida provisória (MP) que estabelece a política nacional de data centers, Alckmin havia afirmado que a chamada Redata evidenciou que o Ceará apresenta as melhores condições do Brasil para atrair empreendimentos do tipo.

Segundo pessoas que testemunharam a conversa desta segunda-feira, além da questão do data center foi tratado o projeto do governo de regulação e proteção de crianças a crimes virtuais e outras formas de regulação das plataformas.

Na semana passada, o governo anunciou um pacote de medidas legais que atinge o setor, entre eles o projeto da concorrência digital e a medida provisória de criação da Agência Nacional de Proteção de Dados. Os executivos do TikTok indicaram disposição de cooperação com o governo e que as ações precisam ser tomadas em conjunto com as demais plataformas.

Em maio, o presidente e a primeira-dama reclamaram da falta de regulação de big techs, durante um banquete com o presidente da China, Xi Jinping, em Pequim. O TikTok foi citado. Vazou uma declaração atribuída a ela em tom de queixa, que teria causado uma indisposição na recepção.

Lula então disse que foi ele quem introduziu a questão e pediu ao presidente chinês que enviasse um especialista do governo chinês, que controla e censura o discurso online, para discutir e trocar experiências sobre como regular as redes no Brasil. Ele chegou a mencionar intenção de interação novamente depois, embora não tenha se concretizado ainda.

Segundo a Presidência, o encontro em Nova York não tem a ver com a insatisfação de Lula exposta em Pequim. (Com Agência Estado)

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