A preocupação do povo anacé do Cauípe, umas das vertentes da etnia indígena de Caucaia, não é se empreendimentos novos vão causar falta de energia; ela já falta constantemente. Quando a reportagem chegou na Escola Estadual Indígena Anacé Joaquim da Rocha Franco, crianças de mochilinhas ocupavam um espaço metade iluminado e metade no escuro.
Em algumas casas, a água chega uma vez por semana. A da professora Zenaide Lima Felix, de 39 anos, é uma dessas. Para lavar as roupas, ela e vizinhos costumam deslocar-se ao Cauípe, manancial de 21 milhões de metros cúbicos, cujo nome denomina a comunidade. No rio, pegam barquinhos em direção às partes mais limpas dele.
Narram as histórias que antigos parentes do povo anacé enfrentaram colonizadores holandeses no Cauípe. Pegaram em armas para proteger o território no século XVII. Muitos morreram, ou, conforme a cultura, viraram encantados.
Os espíritos dos guerreiros estariam até hoje no espelho d’água; observam, protegem e abençoam os descendentes. O rio é a mãe. Emite sons e energias. Cada mergulho é uma súplica por ajuda divina. E ela vem: por meio da abundância de peixes, da roupa lavada, do nado dos curumins e das festas nas águas.
Onde estão os locais mencionados
Duzentos anos depois das ameaças armadas, os anacés brigam com autorizações do poder público. A terra foi cedida e sufocada por empreendimentos. Assim, até a água que a comunidade indígena sequer bebia pelo teor sagrado hoje comporta bombas hidráulicas, vistas pelo povo como violações.
Os cinco canos de drenagem parecem enormes cobras escuras, que entranham-se no subterrâneo. Juntos, sugam 200 litros por segundo, conforme a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).
Os problemas estruturais são vizinhos de empreendimentos bilionários. A 3,8 km do rio, na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará — que integra o Complexo Industrial e Portuário do Pecém —, será construído um data center, espécie de “armazém” para comportar dados virtuais.
O equipamento é da empresa cearense Casa dos Ventos e será utilizado pela ByteDance, empresa chinesa da plataforma TikTok, com mais de 1 bilhão de usuários. Um pequeno braço do Cauípe foi incluído na poligonal do empreendimento.
Onde vai ser o data center do TikTok?
A obra requer justamente o que falta para os anacés: energia e água em abundância. Promete não afetar a população da cidade em que será instalada e operada. Também alega não impactar comunidades indígenas locais, pois está a 9 km de distância da aldeia mais próxima.
No entanto, o povo anacé vive a cerca de 4 km de onde estará o data center bilionário. Eles enxergam o empreendimento como “mais um” invasor: que chega sem ser comunicado, cuja natureza não entendem ao certo, e que se instala cheio de promessas e recursos que faltam à comunidade.
“Para que serve um data center? Não sei. Só sei que não vai ficar nada aqui”, comenta Zenaide Lima. “Aqui vai ser só a parte que vai ser produzida, a matéria prima que eles querem para ser exportada para outros países. É a lei do progresso, não é? Tem progresso para eles, não tem progresso para nós”, diz, segurando forte a maracá indígena.
Duas redes elétricas abastecem a Barra do Cauípe, uma das comunidades dos anacés, no bairro da Pitombeira. Uma é tão inconstante quanto a outra.
A instabilidade elétrica da escola revela-se com frequência. Aulas do período da noite já foram canceladas pelo escuro, segundo relatos. A situação estende-se às casas. Ditado comum no bairro é que “basta São Pedro dar um espirro” para a energia oscilar.
Capturas de tela, de agosto de 2025, de grupos de WhatsApp da comunidade, mostram diálogos sobre quedas de luz. “Aqui só (tem) no roteador e na vó não tem de jeito nenhum”, diz uma mensagem. “O carro da Enel chegou a vir?”, perguntou outro, respondido com um “Ainda não”.
Paulo Anacé, coordenador educacional e liderança do Cauípe, narrou casos de aparelhos queimados e calor intenso. Assinado por ele, os moradores mandaram, em abril de 2025, um ofício para a empresa provedora de energia.
As lideranças entrevistadas para este material
Liderança indígena do povo kauype anacé no Lagamar do Cauípe, é coordenador educacional, educador social, político ecossocialista
Professora da escola indígena anacé Joaquim da Rocha Franco e uma das lideranças das mulheres do povo anacé do kauype
Liderança indígena na Grande Aldeia Cauipe, é artesão, pescador, agricultor
Pedagogo e mestre em Sociologia pela Uece, é professor indígena anacé
Questionada pelo O POVO+, a Enel Ceará afirmou, em 13 de agosto do mesmo ano, que no dia anterior à resposta enviara “equipes para realizar inspeção na rede elétrica” das comunidades.
Todos os transtornos teriam sido provocados somente pela “necessidade de realização de podas de árvores na região, que estavam tocando a rede elétrica e danificando a estrutura”. Os ténicos passaram o dia seguinte realizando “mutirão de podas e corrigindo os defeitos encontrados”. “A companhia informa ainda que vai continuar as inspeções nos próximos dias na região”, completa a nota.
O acesso à água e o saneamento básico é outro ponto sensível na região. Segundo o Relatório Ambiental Simplificado (RAS) feito pela Casa dos Ventos, empresa do data center, não existe rede de esgoto na maior parte da comunidade Pitombeira, sendo utilizadas “fossas rudimentares para destinação do efluente produzido”.
Boa parte da população recorre a poços profundos ou a correntes vindas do rio, sem qualquer tratamento prévio. “É despejada, para você poder se lavar, tomar um banho. Não dá para consumir”, conta Paulo Anacé.
A cacimba que abastece a escola indígena também está velha. Tem 50 anos de idade. Se vazar, os canos incharão, afetando a tubulação subterrânea da casa, já frágil pela estrutura dos anos 1970. A escola corre risco de desabar: um teto sobre cerca de 220 alunos, que estudam em poucos metros quadrados.
O diretor do colégio, Marcelo Anacé, outra liderança, disse ter solicitado a vinda de técnicos, que prometeram manutenção para o fim de agosto, já no período letivo. "Disseram que era coisa rápida. Mas como eles sabem disso? Nem vieram olhar", questiona ele.
A realidade estende-se a demais comunidades próximas do data center. O RAS da Casa Ventos identificou "vulnerabilidades sociais" nas três Áreas de Influência Direta (AID) do empreendimento: além do Cauípe, Chaves/Bolso e Matões.
"Ausência de saneamento básico, ineficiência de transporte público e inexistência ou funcionamento inadequado de equipamentos urbanos, a exemplo de escolas que não atendem todas as séries e postos de saúde que não disponibilizam as ferramentas adequadas para a marcação de consultas ou acesso a medicação", descreve o documento.
As ruas sem calçamento da Barra do Cauípe são percorridas pelo transporte escolar e público, orgulho de Caucaia. Demora mais ou menos duas horas da aldeia até a sede do município, a 15 minutos de carro, devido ao circuito por 27 comunidades.
No meio do caminho, a CE-085 circula a ZPE. Pouco depois da entrada da rodovia, na rotatória com a CE-090, será o data center.
O empreendimento chamou atenção pelo caráter inovador: não é qualquer negócio. Gigantescos hard-discs guardarão informações capazes de influenciar política e economia globais.
A lógica é: nossos dados alimentam os algoritmos e os algoritmos movem o mundo. As informações são vendidas e usadas de forma estratégica. O data center, portanto, é um baú de tesouro e o Ceará abrigará o de uma das maiores big techs do mundo.
Para evitar falhas catastróficas, o empreendimento requer garantias de segurança, conforme determina a Certificação Tier III, específica de proteção de dados em centros físicos. Revisões e testes constantes são necessários, além de um grande arsenal de recursos naturais.
As previsões de consumo de energia elétrica são de 210 megawatts (MW) na primeira fase, mesmo consumo de cerca de 84.000 casas. Na segunda fase, o montante pode dobrar.
Quanta energia será necessária no data center?
Também é preciso muita água, pois os enormes computadores internos esquentam com o uso. A água vai esfriar e evitar derretimento. Mais especificamente 30 m³/dia ou 3.000 litros, o equivalente à demanda média diária de 72 residências.
De novo, não é qualquer negócio. O anúncio do data center, de pronto, causou questionamentos dos efeitos colaterais de uma estrutura tão gigantesca.
A Casa dos Ventos informou, via nota, que utilizará um sistema de resfriamento em circuito fechado e não evaporativo, também conhecido como Air-Cooled Chilled Water System. Nele, a água absorve o calor dos equipamentos e transfere para um trocador de calor. Não há contato com a área externa.
A empresa, a princípio, não respondeu de onde a água inicial será retirada, apenas afirmou: “Não serão utilizados recursos hídricos diretamente de um braço do rio Cauípe”. Então, a reportagem reforçou a pergunta.
No segundo retorno, foi informado que o abastecimento para consumo total do projeto será obtido por meio de "poços artesianos instalados no local", mesmo meio utilizado por alguns moradores.
Duas outorgas para direito de recursos já foram concedidas pela Secretaria dos Recursos Hídricos do Ceará (SRH) para o uso da água.
Quanto à energia, a Medida Provisória nº 1.307, publicada em 18 de julho de 2025 e assinada pelo presidente Lula (PT), torna obrigatório o uso de energia renovável em ZPEs. A Casa dos Ventos deverá utilizar eólica e solar, desenvolvidos e operados pela própria empresa.
Mesmo que sejam renováveis, a energia produzida precisa de um meio de transmissão. Neste caso, será do Sistema Interligado Nacional (SIN), por meio de dois pontos de conexão: a Subestação Pecém II e a Futura Subestação Pecém III. Para a fase inicial, a conexão será na tensão de 230 kV e, na segunda estação, de 500 kV. Um kv equivale a 1000 volts.
A Subestação Pecém II não é exclusiva das empresas do Complexo do Pecém. Também atende usinas de geração eólica e está conectada a outras subestações que atendem à população geral.
Questionado, o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) afirmou que "uma alta voltagem não representa riscos à oferta de energia da população atendida, tendo em vista que a entrada de novas cargas passam por análise prévia do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que garante a qualidade do serviço".
A Subestação Pecém III, quando implementada, será exclusiva das empresas do Cipp. Na nota, a empresa salientou novamente a oferta de empregos e a possibilidade de atrair novos negócios à região. Também alegaram que o projeto está alinhado com as medidas de sustentabilidade da ZPE.
Vire os cards e leia as propostas da Casa dos Ventos para compensação nas comunidades
Sobre as comunidades indígenas, o projeto disse se comprometer a seguir Padrões de Desempenho do International Finance Corporation (IFC), que inclui programas de desenvolvimento econômico para as culturas locais. A empresa realizou um estudo de mapeamento sociológico nas aldeias de Pecém, Bolso, Cauípe e Matões no fim de 2024.
A coleta de dados se deu em dois dias, por meio de 254 entrevistas “semiestruturadas com líderes comunitários e grupos focais” e 30 reuniões. “Seguimos confiantes na capacidade de articulação do poder público do Ceará, e abertos ao diálogo, para a sequência natural dos planos para a ZPE”, informa a empresa.
A RAS da Casa dos Ventos foi aprovada — como Licença Prévia (LP) — pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) no último ato do ex-superintendente Carlos Alberto Mendes. Apesar das reuniões citadas no documento, as lideranças anacés só ficaram sabendo do projeto tempos depois, pela imprensa e lideranças universitárias.
Receberam as promessas com uma desconfiança rotineira. “Eles sempre dizem que as empresas vão dar muito emprego, mas muitas vezes os empregos não ficam para o povo”, reage a professora Zenaide.
E acrescentou: “Eu não sou contra o progresso, mas poderia ser. Como é que eu não posso ser contra se eu tô sendo prejudicada? Se a água vai todo dia para as empresas muitas vezes, e na minha casa não tem?”, questiona em recordação ao histórico de extração de recursos e pessoas da comunidade, em prol do Pecém.
A desapropriação em massa de moradores, muitos autodeclarados indígenas, é uma constante desde a construção do Porto do Pecém, em 1995. Em 30 anos, o Cipp e demais empreendimentos causaram a remoção de milhares de pessoas de ambos os municípios do Complexo: Caucaia e São Gonçalo do Amarante, este último, inclusive, antes chamado de Anacetaba ou casa dos anacés.
Etnia subdivide-se em quatro grupos de lideranças
O povo anacé, como demais comunidades originárias, mantém registros de peças ornamentais de antes da colonização portuguesa. Por muito tempo, no entanto, represálias teriam levado moradores da comunidade a negarem a identidade indígena.
O projeto do Porto do Pecém, junto das primeiras expropriações, provocou uma “emergência ética, o fortalecimento da identidade indígena” local, como definido pelo sociólogo e professor indígena anacé Thiago Helley, da Reserva Indígena Taba dos Anacé.
Ao longo dos anos, as lutas envolveram diversos temas, como a demarcação e a instalação de uma reserva, além de demandas de saneamento e saúde, conforme visto mais acima.
Algumas lutas do povo anacé de Caucaia, ao longo dos anos
Uma das lutas envolve a “guerra pela água” do Cauípe, justamente para evitar a instalação das bombas citadas no início da reportagem. Em 2018, cunhãs, curumins e demais moradores da comunidade instalaram-se por meses na beira do rio. O acampamento foi desmontado por policiais militares.
Paulo Anacé, ao relatar o caso, diz “ter sido tratado como bandido”. O mesmo é narrado por Marcelo Anacé, diretor da Escola Estadual Indígena Anacé Joaquim da Rocha Franco. Eles relembram o uso de bala de borracha e gás lacrimogêneo. No mesmo local do acampamento, hoje estão os canos da Cogerh.
Membros da comunidade lamentam que a água levada por eles “esfria placas” no Pecém. Segundo a Cogerh, as bombas podem ser utilizadas no Pecém de forma complementar, mas não o são devido aos "bons aportes do sistema da Região Metropolitana de Fortaleza".
“Portanto, o uso do Lagamar do Cauípe tem sido utilizado para abastecimento humano da região no seu entorno”, informou a Companhia, apesar dos relatos de carência de água dos anacés.
Já a ZPE e o Cipp salientaram: "nenhuma água é captada do rio Cauípe, seja pela administração da Cipp, da ZPE ou pelas empresas atualmente instaladas na sua área".
A falta de comunicação, exposta neste caso, seria comum e tornou-se a maior demanda dos povos indígenas locais: a escuta. Solicitam, antes de tudo, apenas informações do que está sendo feito no entorno.
A frase acima foi dita por todas as lideranças ouvidas, tanto os do Cauípe, quanto Thiago Halley, da reserva Taba dos Anacés. Eles reclamam de uma escuta quase nula dos órgãos do governo para com as demandas locais e novos empreendimentos, mesmo em uma região visada.
A importância do Complexo do Pecém e da ZPE é reconhecida. Somente em 2024, a ZPE comportou 38% das exportações do Estado, com destaque para o setor siderúrgico, que impulsionou o crescimento industrial cearense em 10,65%, superando a média nacional. Veja mais dados da Zona abaixo:
Mais informações sobre a Zona de Processamento de Exportação
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"Entre as exigências para a liberação e autorização da LI estão o cumprimento das exigências estabelecidas na Licença Prévia, bem como a obtenção da permissão junto à Cogerh. Há também a possibilidade de ser requisitado um estudo adicional, mas isso será avaliado no decorrer do processo da LI", informou a pasta.
A questão para a comunidade é a rapidez do progresso em um território de pessoas abandonadas. A própria reserva, onde vive Thiago, só foi encaminhada após a demanda da Refinaria Premium 2, que “colocou como ponto inicial para a instalação que o Governo resolvesse a pendência referente ao território indígena anacé”, segundo o professor.
Um grupo de trabalho foi firmado em 2010 para identificação e delimitação do território anacé como retorno às solicitações. Os resultados foram considerados rasos pela comunidade e, mesmo assim, a delimitação nunca saiu. “Foi um banho de água fria”, relembra Thiago.
A Refinaria teve a instalação cancelada e a reserva só foi inaugurada em 2018, após o seguimento da luta dos Taba dos Anacé. As outras três lideranças seguem com processo de demarcação em estudo, o que diminui a proteção contra novos empreendimentos, como o data center. No RAS da Casa dos Ventos, por exemplo, eles consideram o território mais próximo como o da reserva.
Segundo apurado pelo O POVO+, reuniões estão em andamento com lideranças do povo anacé e a coordenação geral da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) para recompor o grupo de trabalho, visando a um relatório conclusivo da demarcação.
Há ainda uma movimentação local para a produção de uma cartografia social. Da mesma forma dos anos 1990, os anacés gritam: “Estamos aqui”.
A última reunião do governador Elmano de Freitas (PT) com as lideranças da Barra do Cauípe foi em 2023. Desde então, eles relatam dificuldades de contato com as pastas do executivo, ainda que considerem uma “boa vontade” maior nesta gestão do que nas do passado.
O abandono estaria expresso ainda na falta da Consulta Prévia, Livre e Informada (CPLI), necessária para os empreendimentos na ZPE. O data center é um exemplo disso. “Isso é gravíssimo. Nenhuma empresa do data center nos procurou para nos consultar, para falar com a gente sobre”, disse Marcelo Anacé.
Para Thiago, a solução estaria no olhar dos empreendimentos como partes de um todo. Disso, só as tribos conseguem atestar. Para elas, não é “uma empresa” e sim “mais uma”. Um acúmulo, não apenas da Cipp ou da ZPE, mas dos condomínios, loteamentos, refinarias, siderúrgicas e até das linhas de trem que prometem cruzar o Ceará e descarregar no Pecém. Com urânio ou madeira. Tudo isso os afeta.
“Você vê, o licenciamento do Porto é isolado do licenciamento da termoelétrica, que não depende do licenciamento da duplicação CE-421, que não se interliga com a Transnordestina”, narra Thiago.
E completou: “E aí todos os impactos - ambiental, social, de pressão sobre o território, adensamento populacional - não dão para dimensionar. Acho que o direito à consulta precisa considerar isso. O povo na sede da terra precisa saber do todo e ser ouvido”.
A equipe de reportagem foi recebida na manhã de uma segunda-feira, na Barra do Cauípe, por Paulo e Zenaide Anacé. Uma semana antes, houve a conversa com o professor Marcelo Anacé.
Na segunda visita, os dois líderes fizeram um passeio pela escola, pela CE 085 e por trechos do rio Cauípe. O percurso gerou momentos curiosos e engraçados. Confira detalhes abaixo:
Paulo e o cocar
O cocar não é usado no dia a dia pelos anacés, mas é importante em momentos como o da entrevista. Pelo calor, Paulo chegou a tirá-lo, mas logo recolocou. “Me sinto pelado sem ele”, disse
O mergulho de Zenaide
A orientação das fotos era de que os entrevistados apenas entrassem no rio, molhando as pernas. Zenaide, no entanto, mergulhou nele. “É purificação, uma delícia”, disse
Bermuda no rio
Paulo Anacé chegou a emprestar uma bermuda para que o repórter fotográfico do O POVO, Aurélio Alves, tirasse as fotos deles no rio.