A área de superfície da Estação Colégio Militar, da Linha Leste do Metrô de Fortaleza, deve ser liberada até julho de 2026. Isso deve permitir a volta da circulação de veículos na avenida Santos Dumont e de pessoas na praça ao lado.
A informação foi confirmada pelo secretário da Infraestrutura do Ceará (Seinfra), Hélio Winston Leitão, que afirma que a obra avança 15 metros por dia no subsolo abaixo da Santos Dumont em direção à Estação Nunes Valente.
Conforme Hélio, que participou de reunião com empresários do comércio, na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza, a previsão de entrega total da Linha Leste é o último trimestre de 2028. Atualmente, a Estação Colégio Militar está com 70% das obras físicas concluídas, a Nunes Valente com 54,8% concluídas e a Papicu com 28,62%.
Ainda em relação ao trânsito de veículos na superfície, uma das faixas da avenida Santos Dumont foi liberada na altura da Rua Nunes Valente.
Sobre a questão da liberação de trechos interditados na superfície, Hélio destacou o ponto como uma prioridade, criticou o longo período de interdição da Santos Dumont, uma das vias mais importantes da Cidade.
Segundo ele, isso motivou a mudança de estratégia de construção das estações subterrâneas, que, até então, eram construídas primeiro dos pavimentos inferiores em direção à superfície.
Hélio afirma que determinou que fossem adiantados os trabalhos na superfície da Estação Nunes Valente para que a via seja liberada mais brevemente. Já na Estação Papicu, a lógica foi revista e os trabalhos iniciaram do pavimento mais à superfície em direção ao subsolo.
Revelação feita pelo secretário é da intenção de construir três novas estações para a Linha Leste, entre o Centro e a Aldeota. A decisão depende de avaliação do governador Elmano de Freitas (PT), já que depende da obtenção de novos recursos, pois cada estação subterrânea a 30 metros de profundidade custa R$ 400 milhões.
As pretensas estações seriam a Sé, Praça Luiza Távora e Leonardo Mota (perto do Shopping Del Paseo). Por enquanto, a Seinfra não trata de expansão da linha até o fórum Clóvis Bevilaqua.
A transparência na gestão da obra foi um dos pontos mais enfatizados pelo titular da Seinfra em sua apresentação sobre a Linha Leste. Segundo ele, a demora na entrega do projeto, que se arrastou entre atrasos e paralisações entre 2013 e 2018, gerou "descrédito" entre a população, mas que o projeto tem andado de forma acelerada.
"Hoje, qualquer cidadão pode entrar no site da Seinfra e saber como a obra está diariamente. Portanto, é um esforço muito grande para entregar para a população até 2028 essa grande obra".
E enfatiza: "Eu quero aqui deixar claro para a população de que a obra não parou, pelo contrário, estamos avançando, basta ver que liberamos uma faixa da Santos Dumont (na altura da Nunes Valente) que há anos estava com trânsito interrompido".
O projeto de construção da Linha Leste está orçado em R$ 2,1 bilhões, sendo R$ 1 bilhão repassado via Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e R$ 1 bilhão via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o restante via contrapartida do Governo do Estado, incluindo despesas com desapropriações.
Após concluída, a Linha Leste terá 7,3 km de extensão, totalmente subterrânea, o que a tornará a maior trecho metroviário do tipo do Nordeste, além de ampliar o tamanho do sistema metroferroviário do Ceará para 100 km de extensão, também o maior da Região.
Em relação à situação das tuneladoras, a Seinfra confirma que um dos equipamentos segue perfurando com destino à Estação Nunes Valente. A outra terminou a manutenção, mas um problema técnico surgiu antes de reiniciar a perfuração. O Governo notificou a empresa, que não repassará prejuízo financeiro ou de cronograma ao Estado.
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Prejuízo
Segundo a Seinfra, o Governo notificou a empresa sobre o problema com os tatuzões, que não repassará prejuízo financeiro ou de cronograma ao Estado