Apesar de ter caído diante do Fluminense nas quartas de final da Copa do Brasil — com decisões polêmicas da arbitragem —, a forma como o Fortaleza encarou o Tricolor das Laranjeiras, que está no G-4 da Série A do Brasileiro, evidenciou a evolução do Leão nas últimas semanas.
Desde a chegada dos reforços contratados na janela de transferências do meio do ano, o Fortaleza melhorou o desempenho e encaixou novamente na temporada. As boas atuações em campo passaram a ser acompanhadas de resultados positivos e a própria disputa contra o Flu na Copa do Brasil, por pouco, não teve um final diferente.
Na coletiva pós-jogo, o técnico Juan Pablo Vojvoda comentou sobre o assunto. “O time correspondeu, jogamos uma boa partida. Perdemos a classificação, mas a foi um empate. O time está evoluindo e tem que continuar do mesmo jeito, com trabalho e continuidade”, disse.
Com o empate no duelo de tricolores, o cearense chegou a quatro partidas de invencibilidade. Na Série A, o Leão vem de três vitórias consecutivas, apresentando o mesmo aproveitamento dentro do returno que os líderes Palmeiras e Flamengo.
Além das novas peças e de mudanças no sistema e estilo de jogo que o comandante tricolor fez na equipe, o fator psicológico também tem influenciado bastante. Com as vitórias sequenciadas, o Fortaleza conseguiu superar uma margem para colocar a cabeça fora do Z-4 que chegou a ser de sete pontos, por isso o nível de confiança hoje é outro. “Apesar que os resultados não vinham, eu sentia o respaldo deles (jogadores). Depois, é difícil jogar em situações como estávamos jogando", defendeu Vojvoda.
A partir deste fim de semana, o Tricolor do Pici passa a jogar sem a corda no pescoço e com o torcedor mais perto outra vez. Para o jogo de domingo, 21, contra o Corinthians, mais de 34 mil lugares já estão reservados no Castelão. Se vencer novamente, além de se afastar da zona de rebaixamento, o Leão pode entrar na zona de classificação para a Copa Sul-Americana, muito embora a comissão técnica tenha destacado que pensa primeiro em garantir a permanência.
Sem outra competição em paralelo, o Fortaleza se volta 100% para o Campeonato Brasileiro e de segunda-feira, 22, em diante terá cinco semanas abertas entre as partidas que realizará, o que ajuda na recuperação de jogadores e tempo para fazer ajustes na parte coletiva.
Com duas semanas que teve anteriormente, Vojvoda conseguiu corrigir a parte defensiva, tanto que o time não leva gols há quatro jogos na Série A e já é a sexta melhor defesa da competição, empatado com América-MG, Internacional e Ceará.
Dos reforços contratados, faltam ainda estrear o atacante Pedro Rocha e o volante Caio Alexandre, que chegou ontem à Capital. Restam 16 partidas para o Leão na temporada 2022.
Fortaleza pede punição da CBF à arbitragem do jogo contra Fluminense na Copa do Brasil
O presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, ficou no Rio de Janeiro para reunião na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), com Wilson Luiz Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da entidade, após a equipe cearense ser eliminada pelo Fluminense-RJ em meio à condução polêmica da arbitragem no Maracanã. O mandatário tricolor adiantou o assunto da representação que o clube prepara contra as decisões envolvendo o pênalti marcado a favor do time carioca e o gol de Germán Cano e cobrará punição.
Os dirigentes estão revoltados com o que se passou no Maracanã. No entendimento da diretoria, Brítez sequer fez falta em Matheus Martins e Cano estava impedido quando recebe a bola para marcar o gol do empate, no segundo tempo.
O objetivo do clube cearense é que a Comissão de Arbitragem analise as alegações que serão apresentadas no documento e tome as providências punitivas cabíveis. A diretoria espera o afastamento do árbitro de vídeo (VAR), Pablo Ramon Goncalves Pinheiro-RN.
Outro fator de irritação na diretoria do Fortaleza é sobre a condução do árbitro de campo Wilton Pereira Sampaio-GO (Fifa) com auxílio de Paulo Ramon Gonçalves, validando o gol de Cano. Os dirigentes reclamam de duas irregularidades na jogada e relembram decisão contrária da dupla na anulação de um gol do Leão na partida contra o Palmeiras pela Série A, em 10 de julho, em situação semelhante.
Sobre o impedimento, o Fortaleza argumentará na representação contra a arbitragem que o VAR traçou a linha de análise de impedimento com base no pé de Cano em vez da cabeça do atleta.
Além disso, o Tricolor do Pici apresentará reclamação por um toque de mão de Ganso no início da jogada do segundo gol do Fluminense. Na análise do clube cearense, a situação é semelhante ao gol anulado de Zé Welison contra o Palmeiras por um toque de mão de Matheus Vargas no início da jogada, quando Wilton Pereira foi o árbitro de campo e Paulo Ramon o VAR.
Em menos de uma semana é a segunda reclamação do Fortaleza contra arbitragem com representação na CBF. A diretoria do Tricolor também entrou com ação devido ao pênalti não marcado no Clássico-Rei disputado no último domingo, 14.
O clube do Pici acredita que deveria ter sido marcado pênalti por toque de mão de Nino Paraíba. A representação cobra as medidas cabíveis contra a arbitragem, que tinha Jean Pierre Goncalves Lima-RS como árbitro de campo e Daniel Nobre Bins-RS no VAR. A Comissão de Arbitragem ainda não decidiu sobre o caso.
No Clássico-Rei do primeiro turno, em 1º de junho, o Fortaleza também entrou com uma representação contra o árbitro de vídeo da partida, Rodrigo D'Alonso Ferreira-SC, após a expulsão do volante Felipe no primeiro tempo. O clube reclamou ainda da não marcação de pênalti por toque de mão de Fernando Sobral.
Após a representação, Rodrigo D'Alonso Ferreira não participou do quadro de arbitragem de nenhum jogo da Série A por mais de um mês. O árbitro só voltou a atuar na elite do futebol nacional em 16 de julho, no embate entre Flamengo e Coritiba.
A diretoria do Leão conseguiu o afastamento do árbitro Bruno Arleu de Araujo-RJ (FIFA) por não marcar pênalti em Pikachu no jogo entre Fortaleza e Goiás pela Série A, em 9 de junho. Ele só voltou a apitar na competição um mês depois, no duelo entre Coritiba e Juventude.