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Meio-campo do Fortaleza volta a ser problema e segue sendo o elo fraco em 2025
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Meio-campo do Fortaleza volta a ser problema e segue sendo o elo fraco em 2025

Vojvoda sofre para encontrar o encaixe ideal do setor, enquanto jogadores que deveriam ser protagonistas, como Pol Fernández e Martínez, vivem má fase
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Emmanuel Martínez é o meia com maior minutagem em campo pelo Fortaleza no ano (Foto: Javier TORRES / AFP)
Foto: Javier TORRES / AFP Emmanuel Martínez é o meia com maior minutagem em campo pelo Fortaleza no ano

O meio-campo do Fortaleza tem sido uma dor de cabeça para Juan Pablo Vojvoda nesta temporada. O treinador, ao longo dos meses anteriores, testou variações e diferentes formações de jogadores no setor, mas sem grande sucesso. Embora alguns lampejos de boas atuações — raros —, o rendimento dos atletas da posição, em geral, tem sido bem aquém das expectativas.

A grande decepção tem sido Pol Fernández. O argentino, ex-capitão do Boca Juniors-ARG, chegou ao Fortaleza como uma das principais contratações para 2025, mas não se firmou até agora. Não somente maus desempenhos: o camisa 5 estar em campo é praticamente sinônimo de que o meio-campo do Leão não vai funcionar. Um retrato de uma meia-cancha pouco combativa, pouco criativa e sem intensidade.

Um exemplo é a partida contra o Retrô-PE, na Arena Castelão, na quarta-feira passada, quando o Tricolor do Pici foi eliminado de forma vexatória da Copa do Brasil. Mesmo com a enorme disparidade financeira e técnica entre os times, Pol não conseguiu se sobressair aos meias do clube pernambucano. O mesmo valeu para Martínez e Pochettino, que formaram o trio do setor central do campo na ocasião.

Considerando as boas partidas recentes do Fortaleza, como no empate com o São Paulo, no Morumbi, e nas goleadas sobre o Colo-Colo-CHI e o Juventude-RS, na capital cearense, em todas houve um denominador comum no meio-campo tricolor: Lucas Sasha e Matheus Rossetto. Foi com os dois volantes juntos que o Leão conseguiu ter suas melhores atuações no setor.

Diante do São Paulo e do Colo-Colo, Martínez completou o trio, enquanto, contra o Juventude, Pochettino preencheu o espaço. Vojvoda, quando enfim parecia ter consolidado a base do meio-campo, sofreu um duro baque com a lesão de Lucas Sasha, ocorrida na derrota para o Vasco, em São Januário. O volante precisou passar por cirurgia e ficará de fora por pelo menos dois meses.

O jogador de 35 anos vinha sendo um dos principais destaques da equipe. Na Série A do Campeonato Brasileiro, Sasha figura como o terceiro no ranking de desarmes, com 32 roubadas de bola no certame, atrás apenas de Gregore (35), do Botafogo, e Gonzalo Escobar (44), ex-Fortaleza e atualmente no Santos-SP. Sem o camisa 88, abriu-se uma lacuna no time titular diante das poucas opções no elenco com características semelhantes.

Rodrigo, comprado do Maringá-PR por R$ 4 milhões, ainda não tem condições de jogo. Zé Welison, que voltou recentemente de lesão, está na mira de outros clubes brasileiros, como o Vitória e Fluminense, e deve deixar o Pici na janela do meio do ano. Pedro Augusto, embora apto para entrar em campo, só foi utilizado por Vojvoda três vezes neste ano e ficou quase dois meses sem sequer ser relacionado.

Vale ressaltar que Matheus Rossetto também está lesionado, com um edema na panturrilha direita. Assim, reforçar o setor precisa ser uma prioridade máxima da diretoria do Fortaleza no mercado da bola. Hoje, o meio-campo do Leão é o maior elo fraco do time: sobrecarrega o sistema defensivo e limita o ataque.

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