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EUA x China: o mundo mais protecionista
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EUA x China: o mundo mais protecionista

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Presidente dos EUA, Donald Trump (Foto de Brendan Smialowski / AFP) (Foto: Brendan Smialowski / AFP)
Foto: Brendan Smialowski / AFP Presidente dos EUA, Donald Trump (Foto de Brendan Smialowski / AFP)

Mudanças. A guerra comercial entre Estados Unidos e China recai sobre o mundo e reconfigura o estilo de globalização que vivemos. As relações agora são mais protecionistas, o que se intensificou com as criações dos protocolos contra a pandemia do novo coronavírus.

Mas esse movimento já vinha de antes, quando, em 2018, Donald Trump impôs taxas alfandegárias às importações de aço e alumínio. Agora, em 2020, chega a declaração de que se o Brasil aceitar a participação da Huawei no leilão de tecnologia 5G, poderá sofrer consequências econômicas por parte dos Estados Unidos.

Sob pressão, não apenas o Brasil, mas as próprias empresas estadunidenses se veem obrigadas a mudar toda uma cadeia de fornecedores made in China, acarretando em aumento de custos. O país chinês, inclusive, domina grande parte da produção industrial no mundo e, na pandemia, por exemplo, os mercados se viram dependentes de insumos chineses para o combate à pandemia.

O Brasil poderia até ganhar nesta disputa, com o fortalecimento do agronegócio na venda de soja China, mas especificamente o Ceará não. No âmbito das eleições norte-americanas, essa guerra comercial é o que deve nortear a campanha eleitoral. E apesar de favorecer o democrata Joe Biden, por ter perfil mais negociador, o candidato já mostrou que essa chamada nova guerra fria continuará caso seja ele o eleito.

Trump, ante os números negativos que vem enfrentando na economia e criticada condução das medidas contra o coronavírus, apoia-se nesse nacionalismo, mas a imagem do presidente está arranhada. Numa tentativa de reverter esse cenário, ele anunciou acordo de US$ 2,1 bilhões com a farmacêutica francesa Sanofi SA e a britânica GSK por 100 milhões de doses da candidata à vacina de Covid-19.

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