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ELEIÇÕES. Há duas maneiras de se olhar para as mudanças no primeiro escalão do governo Camilo: pontuais, atendem a necessidade imediata do chefe do Executivo de compatibilizar interesses divergentes no mesmo bloco político, evitando tensões na base entre postulantes a mandato no ano que vem.
Desse modo, as peças que se movem agora - quatro secretários e uma executiva -, em áreas estratégicas da administração como Planejamento, Cidades e Ciência e Tecnologia, fazem-no por mero cálculo eleitoral - próprio, mas também de Camilo.
A dúvida é sobre quem ocupa o espaço deixado, e esse é o segundo ponto. Em poucos meses, o governador deve se afastar do comando do Estado, passando o bastão à vice Izolda Cela, a quem caberá indicar nomes nessa transição, antecipada já para dezembro por força das circunstâncias políticas.
Natural, portanto, que a vice seja ouvida desde agora, sugerindo quadros de sua confiança para os postos que estão vagando. Ao que se sabe, porém, os sucessores nas pastas cuja chefia passa por troca sairão da própria equipe que integra as secretarias, seguindo-se critério eminentemente técnico.
Como não se monta time para governar observando-se apenas competência técnica, mas também política, é possível que, em abril, quando se encerra o prazo para desincompatibilização, uma nova dança das cadeiras atravesse os corredores do Abolição, inclusive nas secretarias que passam hoje por alteração de chefia, modelando a equipe segundo as concepções da hoje vice-governadora.