ELEIÇÕES O ex-presidente dos EUA e atual candidato republicano, Donald Trump, segue liderando pesquisas de intenção de voto. Se nada de extraordinário tivesse acontecido durante o período pré-eleitoral, esse já seria um cenário provável. No entanto, a corrida americana pela Casa Branca em 2024 é marcada, justamente, pelo extraordinário.
Trump foi vítima de violência política, em parte alimentada pelo próprio discurso intolerante de líderes da extrema direita mundo afora. Discursos estes que inflamam multidões e tem efeitos práticos, como a invasão do Capitólio americano, em 2021, e comportamentos criminosos como o do atirador que atentou contra a vida do próprio Trump.
Oficializado candidato a presidente na Convenção Republicana, dias depois do atentado, Trump tem se consolidado ao usar o episódio politicamente a seu favor. Ele aproveitou ainda para anunciar o senador J.D. Vance como candidato a vice-presidente em sua chapa, o que mostra que os Republicanos marcham firmes para a disputa de novembro.
Do outro lado, Joe Biden, atual presidente e (ainda) candidato à reeleição, e o Partido Democrata enfrentam dificuldades. Para o presidente são questões cognitivas, com sucessivos episódios de confusão mental e gafes que a política, em nenhum lugar do mundo, perdoa.
Já para o partido, a dificuldade é de consenso. Parlamentares democratas, dezenas deles, se manifestaram publicamente a favor da retirada de Biden; o que mostra como os ramos democratas parecem trincados frente a um desafio que só deve aumentar.