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O embate entre o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, e Elon Musk atingiu seu auge, levantando questões sobre soberania nacional e poder econômico. Após desrespeitar medidas judiciais, o bilionário pode ver a decisão do ministro de mandar suspender sua rede social no Brasil, onde conta com 22 milhões de usuários.
Criado em 2006, o X (ex-Twitter) tornou-se central na comunicação digital, funcionando como uma Ágora moderna para compartilhar desde memes até discursos polêmicos. Com a aquisição por Musk em 2022, o Brasil redobrou a atenção sobre a plataforma, especialmente após a suspensão de perfis de brasileiros por decisões judiciais.
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Musk rapidamente abraçou a briga pela "liberdade", reativando contas e chamando Moraes de "ditador". Em resposta, o ministro endureceu a postura, ameaçando prender funcionários da rede no Brasil, o que levou Musk a retirar as operações do País. Moraes, então, deu novo sinal: sem representante no Brasil para responder aos descumprimentos legais, a rede será suspensa - o que, de fato ocorreu, em decisão da última sexta-feira.
A postura de Moraes dividiu os juristas. Os que são contra dizem que que o ministro exagerou e questionaram fundamentos legais. Aqueles favoráveis afirmam que Moraes age corretamente ao defender a soberania das leis brasileiras. No entanto, em um cenário político inflamado, a narrativa de perseguição e censura da direita ganha força. Com as redes sociais mais relevantes nas eleições, dificilmente essa fúria ficará fora das campanhas extremistas.