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Segurança pública no Ceará: o copo meio cheio e o copo meio vazio
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Segurança pública no Ceará: o copo meio cheio e o copo meio vazio

HOMICÍDIOS
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NÚMEROS de homicídios foram anunciados por Elmano de Freitas (Foto: Carlos Gibaja/Divulgação/Casa Civil)
Foto: Carlos Gibaja/Divulgação/Casa Civil NÚMEROS de homicídios foram anunciados por Elmano de Freitas

As estatísticas de homicídios de outubro no Ceará, divulgadas na última terça-feira, podem ser lidas de diversas formas. Ao anunciar os números, o governador Elmano de Freitas (PT) destacou que os 268 assassinatos registrados no Estado no mês passado representam uma queda de 8,5% em relação a outubro de 2023.

Também foi realçado que a Região Metropolitana de Fortaleza teve, em outubro último, o menor número de homicídios para o período desde 2010. Foram 49 homicídios.

Entretanto, analisando os dados, também é possível identificar pontos de preocupação. A média de 8,64 assassinatos por dia é alta até para os padrões do Estado. É o pior resultado desde junho, quando o secretário Roberto Sá assumiu o cargo.

A redução se dá apenas na comparação com um mês, como foi outubro de 2023, que foi muito violento. Aliás, todo o trimestre final de 2023 foi desastroso, com um súbito aumento de homicídios que impediu que se registrasse redução no indicador anual, como fora em 2021 e 2022.

O acumulado do ano também segue registrando aumento em relação a 2023: de janeiro a outubro, 2.713 homicídios foram registrados neste ano no Ceará, 10,91% a mais que o mesmo período de 2023. Os números da violência no Ceará ainda precisam cair muito e de maneira rápida e continuada para que seja possível ao menos esboçar uma celebração do trabalho realizado na segurança pública do Estado.

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