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Transição: descompromisso com Fortaleza
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Transição: descompromisso com Fortaleza

Em meio ao impasse na transição, a população é a principal afetada. Saúde é, talvez, a área mais sensível para se ter descompromisso
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Evandro Leitão e José Sarto  (Foto: divulgação )
Foto: divulgação Evandro Leitão e José Sarto

A transição de governo consiste em "um processo institucionalizado de passagem do comando político-administrativo de um governante para outro em decorrência das eleições". Isso é o que explica o Tribunal de Contas do Estado (TCE-CE). Aliados do prefeito eleito Evandro Leitão (PT) e o próprio reclamam da falta de transparência no percurso. Do outro lado, a gestão de José Sarto (PDT) diz que "não há registro de perguntas sem respostas dadas dentro dos prazos estabelecidos".

Em meio ao impasse, a população é a principal afetada. Saúde é, talvez, a área mais sensível para se ter descompromisso. A falta de materiais básicos num hospital da grandiosidade do Instituto Dr. José Frota (IJF) é reflexo da irresponsabilidade de quem gerencia a máquina pública. 

O direito ao acesso à cultura e ao lazer da forma como prometido também foi negado no meio desse processo. Reduzir de três para um dia a programação do Réveillon de Fortaleza 2025 escancara a desorganização da administração. Turismo e hotelaria são prejudicados, mas também o fortalezense que aproveita o evento para garantir a própria sobrevivência frente ao ano que se aproxima.

Fica ainda mais vergonhoso quando a programação é anunciada num período eleitoral, garantida após derrota e reduzida no mês em que o evento está marcado — sem contar que o modelo ampliado foi estabelecido na virada do ano eleitoral. Há quem acredite em prudência frente ao caos na saúde. Há quem não aguente mais tamanho vexame.

 

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