Abordar efemérides é um exercício recorrente e inevitável na nossa profissão. Um gesto que ganha eloquência a partir da "ousadia" de se observar, no presente, o que ocorreu no passado e que, ao mesmo tempo, se transborda no hoje para guiar o futuro.
Neste mês, a tal data mais importante para a Cultura no Ceará foi o dia 17. O Theatro José de Alencar (TJA) completou 115 anos. Por sua extensa história, são inúmeras as possibilidades de recortes a serem destacadas.
Gosto de pensar nas suas vertentes e demandas múltiplas. O equipamento chega aos 115 anos como um colosso que segue em busca de se aproximar do público e dos artistas, seja com programação gratuita (Theatro de Portas Abertas) ou com ações formativas, como o Curso Princípios Básicos de Teatro (CPBT).
Há, porém, necessidades que seguem indicadas, como ações de restauro do patrimônio - a serem realizadas após a conclusão de projetos arquitetônicos - e apresentações mais constantes de artistas locais.
No TJA, já fui visitante, público que tanto aplaudiu e também artista encantado por se apresentar. Em todas as instâncias me admirei com a estrutura.
É grandioso celebrar os 115 anos do TJA, patrimônio nosso e de suma relevância para iniciantes e já consagrados. Se há cobranças por melhorias, é pelo reconhecimento de sua magnitude. Com ou sem efeméride, o equipamento se impõe e se fortalece simbolicamente todos os dias.