O secretário estadual da Casa Civil, Chagas Vieira, usou as redes sociais para ironizar o que chamou de ataques entre membros da oposição. "Fogo no parquinho da política cearense: aliados por 2 dias se atacando. Isso acontece quando a 'aliança' é movida pela inveja, ódio e sentimento de vingança”, afirmou.
A publicação, feita na última sexta-feira, 18, ocorreu após o deputado federal André Fernandes (PL) ter afirmado ao O POVO que o Partido Liberal terá candidaturas próprias ao Governo do Estado e ao Senado em 2026. A afirmação joga água fria na aliará de oposição que vem sendo construída há alguns meses, visando a formação de uma chapa única de oposição para as próximas eleições.
"Nosso projeto é trabalhar para o Ceará não parar de avançar, mesmo com tantos desafios. Já o deles, qual o projeto mesmo?", continuou Chagas. Em diversas reuniões semanais, quase sempre na Assembleia Legislativa do Ceará, membros da oposição têm costumado pregar união entre o bloco.
Como Fernandes, que assume a presidência estadual do PL em agosto, não tem idade mínima para concorrer ao Governo, as conversas se encaminhavam para a indicação de Roberto Cláudio (sem partido), que deve filiar-se ao União Brasil, ou até mesmo do ex-governador Ciro Gomes (PDT), que se aproximou do grupo e disse desejar votar no deputado Alcides Fernandes (PL), pai de André, lançado pré-candidato ao Senado pelo próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em um desses encontros, no início de junho, Roberto Cláudio falou do clima harmônico entre a oposição, comparando com um “namoro novo”.
“Quando é um namoro novo, casamento novo, a gente só quer estar pregado um com o outro, querendo se conhecer melhor, conhecer a família, estreitar os laços. E isso diz muito sobre o propósito do que está por trás dessa união. A gente está disposto, de fato, com muito desprendimento, a construir”, disse RC, durante coletiva na Alece.
Na mesma data, RC ironizou que no Governo haveria crise e promessas não cumpridas. “Do outro lado, lá já parece um casamento em crise: traição, promessa não cumprida, mentira, muita desconfiança”, disse, em referência ao bloco alinhado ao governador Elmano de Freitas (PT) no Estado. Neste sentido, Roberto Cláudio destacou, entre outros pontos, o excesso de pré-candidatos ao senado pelo grupo governista.