A indústria do Ceará fechou o 1º semestre de 2025 com uma leve queda de 0,5% no seu desempenho em relação ao mesmo período de 2024. Com a retração, o índice do Estado ficou abaixo do nacional, que obteve variação de 1,2%. Confira mais abaixo o ranking do semestre.
Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, divulgada nesta sexta-feira, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No período, dos 11 segmentos industriais cearenses incluídos na PIM, em seis a produção caiu na comparação com o ano passado, com destaque para a de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,02%) e a de refino e biocombustível (-1,42%).
Já os resultados positivos ficaram com produtos químicos (1,95%) e metalurgia (1,24%). Confira a lista completa:
O cenário se manteve negativo no comparativo mensal e anual de junho, no qual a produção caiu 0,9% e 0,1%, respectivamente. Entretanto, considerando o acumulado nos últimos 12 meses, foi observada uma alta de 3,1%.
Sete dos 15 locais investigados pela PIM Regional recuaram na passagem de março para abril, quando a produção industrial do País variou 0,1%. Frente a junho de 2024, o setor também recuou, com baixa de 1,3%.
Para o analista da pesquisa, Bernardo Almeida, a indústria brasileira está com “uma menor intensidade no ritmo da produção”, destacando que desde o segundo semestre de 2024 ela está arrefecendo.
“Isso nos mostra uma ligação significativa com a política monetária mais contracionista ou restritiva por meio de aumentos na taxa de juros, refletindo seus efeitos no desempenho econômico e, consequentemente, no comportamento da produção industrial tanto regional quanto nacional”, explica.
No acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, entretanto, o setor industrial cresceu 1,2%, com resultados positivos em dez dos 18 locais pesquisados. Pará (6,9%), Paraná (5,2%) e Santa Catarina (4,4%) assinalaram os maiores avanços no índice acumulado para os seis primeiros meses do ano.
Por outro lado, Rio Grande do Norte (-18,4%) e Pernambuco (-10,4%) assinalaram recuos de dois dígitos e os mais acentuados no índice acumulado entre janeiro e junho de 2025.