O governo sofreu derrota nesta semana, depois que a Câmara dos Deputados tirou de pauta a Medida Provisória 1.303/2025, uma alternativa à MP que aumentava o IOF. Sem votação, o texto perdeu a validade e os recursos que Lula queria foram por água abaixo para as políticas que quer implantar, como a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil e a tarifa zero de ônibus nacionalmente. Os parlamentares resistiram alegando não aceitar aumento de impostos.
Do lado do governo, o dinheiro para bancar o Orçamento de 2026 ajudaria a implantar políticas necessárias para a população, mas claro que mirando nas eleições. O fato de beneficiar parte importante da sociedade, que merece ter alívio, não elimina o caráter eleitoreiro das ações.
As maiores resistências do Centrão/oposição e bancada ruralista foram em cima das taxações de investimentos como LCI e LCA, porque mexem com eleitores que os interessam. O discurso da situação é que as medidas só atingem os 1% mais ricos. Mas a LCI, por exemplo, impacta quem empresta dinheiro para comprar casa, já a LCA mexia com o lobby do agro. Porém, esse ponto tinha sido revertido pelo Congresso.
O que ficou para ser votado pesava sobre todas as aplicações financeiras, inclusive Juros de Capital Próprio, taxação de fintechs e das maiores instituições financeiras, tributação de criptoativos e de bets. Esses pontos pesaram negativamente para o Centrão. No fim das contas, nas redes sociais o governo saiu vitorioso.