Após dez dias de intensa programação, terminou neste domingo, 12, a XV Bienal Internacional do Livro de Pernambuco. Realizada no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, o evento reuniu na cidade histórica visitantes de vários estados do País em uma celebração que deu destaque à produção literária do Nordeste.
Na semana em que é comemorado o Dia do Nordestino, em 8 de outubro, a Bienal somou mais de 300 mil visitantes desde sua abertura, no último dia 3, que acompanharam lançamentos, rodas de conversa, painéis, encontro com autores e outras atividades promovidas sob a temática “Ler é sentir cada palavra”.
Um espaço de trocas de saberes e negócios, o 30º ano da Bienal de Pernambuco alcançou mais de R$ 30 milhões em vendas, colocando-se em um lugar de destaque de eventos editoriais e literários do Brasil.
“O resultado é fruto de um esforço coletivo – de expositores, público e equipe – para fazer da Bienal uma experiência literária cada vez mais inclusiva, sustentável e economicamente forte”, argumentou Guilherme Robalinho, um dos produtores da Bienal, em comunicado enviado à imprensa.
Entre as editoras de escala nacional, O POVO e a Fundação Demócrito Rocha (FDR) estiveram presentes com um estande especial e aproveitaram para levar um pouco da cearensidade com os títulos locais.
“O nosso interesse partiu da própria XV Bienal Internacional do Livro do Ceará deste ano, que foi de muito sucesso para as Edições Demócrito Rocha (EDR), em que vimos a importância de expandir e aproveitar o momento dos 100 anos de Luiz Marinho”, detalhou o gerente educacional da FDR, Deglaucy Jorge Teixeira.
Com a proposta de fortalecer sua linha editorial, a editora foi responsável por um dos momentos que reuniu tradição e emoção. Na sexta-feira, 10, foi lançado o livro “Foi um dia…”, peça em dois atos editada e publicada pela FDR, que resgata a obra do dramaturgo pernambucano Luiz Marinho (1926-2002).
O painel de lançamento reuniu os filhos do artista (Joaquim Falcão, Catarina Falcão, Carolina Falcão e Chico Marinho, editor-chefe de Audiovisual e Fotografia do O POVO), ao lado da presidente institucional e publisher do O POVO, Luciana Dummar, e público notável que acompanhou o bate-papo com Anco Márcio, professor de Teoria Literária da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pesquisador da obra de Marinho.
“Eu e minha família sentimos o carinho da Fundação Demócrito Rocha e isso foi muito emocionante para nós”, comentou Chico Marinho na ocasião, relembrando que a ideia para homenagem, que também resgata a tradição oral nordestina e o teatro popular, surgiu a partir de um convite da presidente Luciana Dummar após exposição sobre Luiz Marinho no Recife.
Somando-se às novas publicações da FDR, a Bienal de Pernambuco também foi palco para o lançamento de “Mariquinha Maricota”, peça de teatro adaptada para narrativa literária, escrita por Luciano Lopes, comediante que interpreta a personagem Luana do Crato – ícone do humor cearense.
Colunista do O POVO e reitora da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), a escritora Cicília Raquel Maia Leite lançou “Universidade Social: desafios e avanços”, compilado de artigos e discursos institucionais, publicado pela Edições Demócrito Rocha em parceria com as Edições Uern.
No espaço montado no Centro de Convenções de Pernambuco, O POVO e a Fundação Demócrito Rocha também promoveram atividades especiais e ações promocionais para conectar os títulos da editora ao público do evento. O ambiente trouxe, no penúltimo dia de Bienal, a jornalista, escritora e colunista do O POVO Ana Márcia Diógenes para discutir com o público presente sobre o seu livro “Esfulepante a Felicitante: uma questão de gentileza” (2017).
Com informações do repórter Miguel Araujo, enviado a Pernambuco