Mais um ano jogado no lixo. E nessa inércia do governo petista, vidas seguem sendo perdidas. O retrato mais cruel desse cenário é um dado inquestionável: pelo segundo ano consecutivo, o Ceará abriga a cidade mais violenta do Brasil. Não é alarmismo, é realidade. A realidade de um governador que vê o sangue do cearense escorrer e nada faz para conter essa matança.
Em 2024, Maranguape liderou o ranking nacional com taxa de homicídios de 79,9 por 100 mil habitantes. Em 2025, a história se repete, agora com números ainda piores: 92,6 por 100 mil habitantes, e o ano sequer terminou. Já são mais de 100 assassinatos na terra que antes era conhecida como a ‘do humor’. Restando um mês para o fechamento das estatísticas, esse crescimento tende a ser ainda mais alarmante. Ou seja: nada avançou.
Os sinais de esgotamento da política de segurança pública saltam aos olhos. Enquanto o governo tenta vender uma narrativa de normalidade, o que se vê nas cidades é o oposto: expulsão de moradores, com mais de mil famílias obrigadas a abandonar suas casas e rotinas. Famílias que tiveram de sair às pressas, sem planejamento, apoio ou garantia de retorno. Em Uiraponga, vamos para o quinto mês desde a expulsão completa da comunidade e… nada foi feito. É o Estado ausente e o crime impondo suas regras.
Se a população sente medo, a tropa sente abandono. A estrutura das forças de segurança é constrangedora. Falta viatura, falta estrutura nas delegacias. No lado do crime, sobra armamento pesado e tecnologia, pois são eles que monitoram ruas por meio de câmeras. Como esperar resultados se o sistema opera no limite e o governador não garante condições mínimas para a polícia trabalhar?
O efeito é visível nos números e nas ruas. Os homicídios ficam mais brutais, as chacinas se repetem, a ousadia das facções aumenta e a sensação de descontrole toma conta das cidades. O governador Elmano abandonou a população. Deixou o cearense entregue à própria sorte. O resultado? Um ano com mais de 3 mil homicídios.
O Ceará precisa urgentemente de uma virada, e essa virada passa por coragem política, integração real das forças de segurança, investimento consistente em inteligência e liderança — característica que falta ao governador. Ele se mostra fraco, omisso e incapaz de virar esse cenário. O discurso é de promessa; a prática é atraso. O enfrentamento ao crime organizado não pode ser feito dentro de um gabinete, com peças publicitárias. Precisa ser sério, firme e contínuo.
Elmano, não escrevo aqui sobre indicadores e estatísticas. Esses números representam sonhos perdidos, famílias enlutadas, vidas interrompidas. Você tirou o sossego e a dignidade das famílias cearenses. O futuro de um estado que tinha tudo para avançar hoje está preso ao medo, ao improviso e à omissão do governo petista. O Ceará merece mais. Elmano, pede pra sair!