Foi movimentada a sexta-feira na política do Ceará, com dois atos de partidos que, aparentemente, vão caminhando para lados opostos na perspectiva de seus interesses político-eleitorais, embora debaixo do mesmo guarda-chuva: a agitada base do governador Camilo Santana (PT).
Atendendo aos objetivos nacionais de Gilberto Kassab, que já quer pavimentar o caminho da sigla para 2022, o PSD necessita fazer um 2020 bem feito. Buscar o crescimento no Ceará pela via da intensa agenda no Interior, sob o tato político de seus principais líderes: Domingos Filho, Domingos Neto e Patrícia Aguiar.
No mesmo dia em que o ex-eunicista Carlomano Marques oficializou filiação ao PSD, Eunício Oliveira programou evento pautado pela proposta de fazer o MDB retrilhar seus caminhos e se distanciar da pecha do fisiologismo. Durante estes momentos, Carlomano e Eunício falaram um sobre o outro, as duas versões apontando ingratidões e infidelidades.
"Nunca deu um telefonema. Nem no aniversário, p… nenhuma. É como se eu não existisse", disparou um Carlomano ressentido. "Eu aloquei 14 milhões de reais para Pacatuba com uma obra de estrada sonhada por toda a população local, será que isso não é um olhar para o prefeito?", devolveu um Eunício que não conseguiu retornar ao Senado. E a eleição vai começando.