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Prestes a assumir gestão, vice-prefeito de Granjeiro quer auditoria nas contas
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Prestes a assumir gestão, vice-prefeito de Granjeiro quer auditoria nas contas

Ticiano da Fonseca Félix, o Ticiano Tomé, toma posse nesta sexta-feira como prefeito. Titular foi morto a tiros na terça-feira
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TICIANO TOMÉ assume Prefeitura de Granjeiro após assassinato de João Gregório e promete auditoria nas contas do município (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação TICIANO TOMÉ assume Prefeitura de Granjeiro após assassinato de João Gregório e promete auditoria nas contas do município

Vice-prefeito de Granjeiro, no Interior do Ceará, Ticiano da Fonseca Félix, o Ticiano Tomé, toma posse nesta sexta-feira como chefe do Executivo da cidade, a partir das 15 horas. O titular, João Gregório Neto (PL), foi assassinado a tiros na véspera do Natal, na última terça-feira, 24. A Polícia ainda não prendeu responsáveis pelo caso.

Como primeiro ato de sua gestão, Tomé promete auditar as contas da Prefeitura. O novo prefeito também pediu que os secretários apresentassem uma síntese da situação de suas pastas até a tarde de hoje, quando faz sua primeira reunião com a equipe de trabalho.

"Os secretários têm até esse horário (15 horas) para entregar um balanço", disse Tomé. "E vou fazer ainda uma auditoria. Mas, em termos de movimento, de comemoração, é zero. Estamos ainda de luto."

O POVO apurou que, além dos servidores que já pediram demissão, outros secretários preparam pedido de saída da Prefeitura. Um vereador afirmou que eles não desejam se aliar ao vice-prefeito.

Tomé diz que esses rumores não chegaram até ele e que não há demissões confirmadas. "A minha preocupação maior é com as contas da Prefeitura", responde. Segundo informações que recebeu, conta o gestor, "estão efetuando pagamentos" sem autorização. "Não sei se é regular ou irregular. Eu vou ver com minha parte jurídica se essas ações são legais ou não", avisa.

Desde a morte do prefeito, Tomé travava um embate com o presidente da Câmara dos Vereadores, Luiz Márcio Pereira, sobre a data para a cerimônia de posse do vice. Apenas ontem os dois conservaram e acertaram para hoje a transmissão de cargo.

À reportagem, Pereira, que assumiu a Prefeitura depois do assassinato do prefeito, admitiu que a administração está com dificuldades. "O pessoal da limpeza queria parar os trabalhos (ontem). Agora está todo mundo trabalhando porque pedimos para continuar, mas eu não sou ordenador de despesas", fala.

Questionado se deve manter o secretariado depois da posse, Tomé falou que está avaliando, mas antecipou que fará mudanças no grupo. "Vamos fazer um levantamento e averiguar. Não temos secretariado ainda, até porque é um momento delicado. Alguns secretários são bons. Porém, uma nova gestão requer pessoas de minha confiança", declarou.

Sobre o receio de comandar Granjeiro após a morte do antecessor, com quem ele havia rompido politicamente, Tomé disse que, "com certeza, não é o ambiente em que a gente possa trabalhar 100% tranquilo".

Para ele, "é um episódio lamentável, que machucou todos nós" e que representa "uma mancha de sangue" na cidade. Mas garantiu que se sente "com a consciência tranquila para assumir a função e com confiança na Justiça".

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