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TSE pretende rebater notícias falsas nas eleições via WhatsApp
Politica

TSE pretende rebater notícias falsas nas eleições via WhatsApp

Objetivo do acordo é enfrentar comportamentos "inautênticos e coordenados" nas redes
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MINISTRO Barroso oficializou parceria do TSE com Facebook, Instagram e WhatsApp (Foto: Reprodução/ASCOM/TSE)
Foto: Reprodução/ASCOM/TSE MINISTRO Barroso oficializou parceria do TSE com Facebook, Instagram e WhatsApp

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formalizou ontem uma parceria com o aplicativo de mensagens WhatsApp para enviar informações diretamente aos eleitores durante as eleições municipais deste ano. Pelo acordo, o WhatsApp permitirá que o TSE envie mensagens sobre cuidados sanitários e para rebater informações falsas durante a campanha para eleitores que se cadastrarem nas ferramentas do tribunal.

O presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, disse que o objetivo principal é "enfrentar comportamentos inautênticos e coordenados". O ministro acrescentou que a Justiça Eleitoral trabalha para "eliminar essa circulação do mal, das notícias falsas, das manifestações de ódio, das campanhas de desinformação". Porém, Tribunal não deverá fazer controle prévio do conteúdo das mensagens. "Só por exceção se fará controle de conteúdo", afirmou.

O WhatsApp também criou um canal de comunicação específico para receber denúncias sobre contas suspeitas de fazer disparos em massa de mensagens, prática que é vedada pelo aplicativo e pela legislação eleitoral. Segundo a plataforma de mensagens, cada denúncia recebida deverá ser alvo de apuração interna para verificar se as contas indicadas violaram as políticas do aplicativo e precisam ser banidas.

O diretor de políticas públicas do WhatsApp, Dario Durigan, aponta que essa é uma iniciativa inédita no mundo. Ele fez um apelo para que os próprios candidatos denunciem quem oferece esse tipo de serviço. "Sabemos que existem empresas que oferecem serviços ilegais de disparo em massa de mensagens, por isso o WhatsApp solicita aos candidatos que rejeitem essas propostas e façam as devidas comunicações às autoridades constituídas", disse o executivo.

Para permitir a comunicação do TSE diretamente com o eleitor, foi criado um canal interativo chamado chatbot, com o qual o cidadão pode conversar. Para aderir ao serviço é preciso adicionar aos contatos o número 55 61 9637-1078 ou acessar um link disponível no site do Tribunal.

Pelo canal, o eleitor poderá verificar dados oficiais e consultar números de candidatos, por exemplo. O WhatsApp também criou stickers com a temática eleitoral para ser utilizado
no aplicativo.

A secretária-geral do TSE, Aline Osório, destacou que as eleições deste ano são especialmente desafiadoras. "Além da pandemia da Covid-19, há ainda o problema da disseminação maciça de desinformação que ameaça o processo eleitoral e a democracia. Estamos aqui, cada um de nós, buscando as melhores formas de contribuir para impedir o avanço das notícias falsas, evitar o uso abusivo de serviços de Internet e mitigar o impacto negativo que isso possa causar no sistema eleitoral", afirmou.

Ontem, o TSE também anunciou parceria com a rede social Facebook - cuja empresa-mãe é também dona do WhatsApp. No Facebook, será disponibilizada uma ferramenta chamada Megafone, por meio da qual, nos dias anteriores à eleição, serão divulgadas mensagens no feed de notícias dos brasileiros, relativas à organização e às medidas de segurança sanitária no dia da votação.

"A cooperação com o TSE é parte fundamental dos esforços para garantir a integridade das eleições nos aplicativos do Facebook Inc.", afirma o diretor de Políticas Públicas do Facebook Brasil, Murillo Laranjeira. (das agências)

 

Instagram

No Instagram, os usuários vão contar com stickers/figurinhas com a temática das eleições. A plataforma também vai se aliar ao TSE para divulgação da campanha sobre mais mulheres na política

 

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