A campanha de José Sarto (PDT) anunciou para a tarde de hoje a adesão de mais três partidos à candidatura no 2º turno em Fortaleza. Com novos apoios do Patriota, PV e Solidariedade, o pedetista chegará ao número de 17 partidos aderindo à candidatura, incluindo todas as siglas que deixaram o páreo após a primeira etapa da disputa, com exceção do PSL.
Puxadas principalmente por rejeição ao apoio de Jair Bolsonaro a Capitão Wagner, o bloco de adesão a Sarto envolve siglas de todo o espectro ideológico, do DEM ao Psol. De início, já estavam na coligação PDT, PP, DEM, PSD, PSDB, PL, PSB, PTB, Cidadania e Rede. No 2º turno, já se juntaram ao candidato PT, Psol, PCdoB e UP.
Segundo agenda de Sarto para esta quinta-feira, o Patriota, que lançou Samuel Braga para a Prefeitura, fará anúncio de apoio ao PDT às 16 horas. Logo depois, às 16h30min, será a vez do PV, que teve candidato na disputa com o deputado Célio Studart. Fechando o dia de adesões, o Solidariedade, que lançou Heitor Férrer, anunciará apoio à candidatura de Sarto.
Procuradas pela reportagem, lideranças dos partidos confirmaram as adesões. Anúncios do PV e do Solidariedade, no entanto, dizem respeito às direções dos partidos e não necessariamente de seus candidatos. Heitor Férrer, por exemplo, já declarou neutralidade no 2º turno da disputa. Já Célio Studart se reunirá com aliados na tarde de hoje para fechar questão.
Já postura de Luizianne Lins no 2º turno permanece uma incógnita. Apesar de o PT Fortaleza ter anunciado apoio a Sarto, inclusive com anuência de petistas do grupo político da ex-prefeita, a candidata ainda não fez qualquer manifestação pública a respeito desde o resultado do 1º turno. No partido, a questão é minimizada e petistas esperam que Luizianne fale "no momento certo".
Como PT, Psol, PCdoB e UP já confirmaram apoio a Sarto nos últimos dias, o único partido que disputou o primeiro turno da disputa e que ainda não se manifestou é o PSL. Até a noite de ontem, o candidato derrotado da sigla, Heitor Freire, ainda não havia feito qualquer sinalização com relação à sua postura na nova etapa da disputa em Fortaleza.
O pedetista tenta recriar estratégia do "blocão" formado pelo então candidato Roberto Cláudio (PDT) ainda em 2012, quando todos os candidatos derrotados na primeira fase e que se posicionaram no 2º turno ficaram ao lado do hoje prefeito. A ideia da campanha é criar a imagem de Sarto como candidato da "união", enquanto coloca deixa de "divisor" para a chapa de Capitão Wagner.
Na tarde de ontem, o próprio Roberto Cláudio comentou as adesões: "Isso tem uma mensagem. É Fortaleza levantando sua voz pra além das diferenças políticas, em defesa não de um partido, em defesa de um projeto, de uma cidade, de valores. Essa cidade não vai ficar de joelho ou subjugada pela intolerância, pelo preconceito, pelo radicalismo. Somos uma cidade de equilíbrio, de vanguarda, progressista", diz.
A estratégia de investir nos apoios permeia outras atividades da campanha. Na tarde de ontem, o candidato do PDT se reuniu com suplentes de vereadores dos dez partidos de sua coligação. A ideia era incentivá-los a continuarem buscando votos para ele nos bairros. Na terça-feira, 17, ele já havia conduzido agenda parecia com os 25 vereadores eleitos pela coligação.