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Sarto aposta em Camilo, aliados e novas adesões
Reportagem

Sarto aposta em Camilo, aliados e novas adesões

Candidato da situação espera repetir feito de Roberto Cláudio em 2012 e reunir maioria dos candidatos que saíram da disputa
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SARTO terminou o primeiro turno com 35,72% dos votos válidos (Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE SARTO terminou o primeiro turno com 35,72% dos votos válidos

Em 2012, quando passou para o segundo turno da eleição em Fortaleza, o então candidato Roberto Cláudio (PDT) reuniu apoio de todos os quatro candidatos derrotados no primeiro turno que se posicionaram na disputa. Oito anos depois, o candidato a sucessor da preferência do prefeito, José Sarto (PDT), aposta em repetir mesma estratégia contra Capitão Wagner (Pros).

Logo na manhã da última segunda-feira, 16, horas após ser confirmado na segunda etapa, Sarto entrou em contato com partidos dos oito candidatos eliminados no primeiro turno. "Momento agora é de priorizar alianças", diz um interlocutor da campanha pedetista.

O candidato tem tentado aprofundar as conversas, de olho na formação de uma "base de forças progressistas" contra Bolsonaro na Capital.

Entre as candidaturas derrotadas que ainda não manifestaram apoio, o PDT espera contar com o PV, que disputou com Célio Studart, e ter pelo menos o "apoio indireto" de siglas como a UP, de Paula Colares, por conta da relação entre Wagner e Jair Bolsonaro.

Nesse mesmo sentido "antibolsonarista", o Psol declarou ontem apoio a Sarto contra Wagner, prometendo, no entatno, manter oposição ao candidato caso ele seja eleito. Para hoje, já está confirmado o anúncio da adesão de Anízio Melo (PCdoB) ao candidato pedetista.

A negociação que prometia ter equação mais complexa teve desfecho ontem com a confirmação do PT aderindo à campanha de Sarto neste segundo turno contra Wagner. Por conta do primeiro turno acirrado entre Sarto e Luizianne Lins (PT), pedetistas não apostam em uma declaração de apoio direto da candidata derrotada.

O apoio, assim, fica por conta de outros nomes dentro das fileiras petistas. O mais notável é o do governador Camilo, que anunciou apoio "incondicional" a Sarto já na tarde da última segunda-feira, antes mesmo do PT se manifestar oficialmente.

"Livre" para participar em atos de campanha em prol do candidato do PDT após saída de Luizianne da disputa, Camilo já está pronto para reforçar campanha de Sarto. Segundo coordenação da campanha, o governador deve ter postura semelhante à do prefeito Roberto Cláudio, tocando agendas paralelas em defesa do candidato, mas de maneira mais intensa na reta final da disputa.

Outros líderes do PT local, como o deputado Acrísio Sena, também se manifestaram em apoio ao candidato do PDT. "Os resultados das urnas mostram que o povo de Fortaleza, apesar da diversidade na preferência, votou claramente contra o bolsonarismo. Mais do que nunca, precisamos seguir este rumo. O que está em jogo é a própria democracia", disse o deputado.

A aposta na reunião de adesões de candidatos derrotados e da maioria eleita pelo pedetismo na Câmara se reflete em outro elemento da estratégia de Sarto: a gravação dos programas eleitorais. "Estamos esperando uma campanha de muito baixo nível. Então, até para fazer a defesa, é importante fazer muitas gravações e ter muitos apoios", diz um pedetista.

A tese reflete fala do próprio Sarto ainda na noite de domingo, logo após a confirmação do resultado do 1º turno: "Quero que todos que alimentam o sonho da democracia se juntem a mim nessas duas semanas, porque o que se apresenta é uma campanha de baixo nível".

 

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