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Deputado petista coloca nome à disposição para concorrer ao Governo do Estado
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Deputado petista coloca nome à disposição para concorrer ao Governo do Estado

| Eleições 2022 | José Airton sinaliza que pode concorrer ao Governo. Cenário será discutido com Lula nos próximos dias. PT quer palanque no Ceará
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 Ex-senador Eunício Oliveira (MDB) e deputado federal José Airton se reúnem nesta sexta-feira, 21 (Foto: Divulgação )
Foto: Divulgação Ex-senador Eunício Oliveira (MDB) e deputado federal José Airton se reúnem nesta sexta-feira, 21

Deputado federal, José Airton Cirilo (PT) colocou seu nome à disposição para disputar o Governo do Estado em 2022. O petista tem reunião prevista com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos próximos dias.

"Precisamos de palanque forte para Lula, e aí essa probabilidade. Vou marcar uma conversa com ele para colocar meu nome à disposição para garantir esse palanque", disse o parlamentar, que já concorreu ao Executivo do Ceará outras duas vezes.

Numa delas, em 2002, fez tabela com Lula, que se elegeu presidente naquele ano. Sob o slogan de "Lula lá e Zé Airton cá", chegou ao segundo turno do pleito e perdeu de Lúcio Alcântara, então no PSDB, por margem estreita: o tucano obteve 1.765.726 votos (50,04%) ante 1.762.679 (49,96%) do petista - uma diferença de 3.047 votos.

Na manhã de ontem, José Airton se reuniu com outro potencial candidato em 2022, Eunício Oliveira (MDB). Ex-senador e ex-presidente do Congresso, Eunício se encontrou com Lula na terça-feira passada.

Ao O POVO, o emedebista já havia antecipado que entraria na briga eleitoral do ano que vem, seja concorrendo ao Governo ou ao Senado. A conversa entre Airton e Eunício se deteve sobretudo no cenário local, que depende das articulações que PT e MDB vêm fazendo nacionalmente.

Segundo o deputado federal, há "uma incompatibilidade" para que se firme uma aliança mais ampla no estado "por causa do apoio do PT ao PDT". Ele cita então as declarações recentes do ex-governador e ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que tem se colocado numa posição crítica a Lula, apresentando-se como um candidato anti-petista na tentativa de construir uma alternativa bem-sucedida no centro e, ao mesmo tempo, atrair setores da direita.

"Isso é uma barreira (as falas de Ciro), aliada às declarações do Cid (de 2018). É difícil superar", afirma José Airton, citando rusgas entre as duas legendas que, para ele, são insanáveis.

Em entrevista à reportagem no início de maio, a presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, já havia defendido a necessidade de o partido viabilizar um palanque aliado a Lula no Ceará. A dirigente não descartou candidatura própria no estado.

"O deputado José Guimarães tem feito mais essa conversa (com o governador Camilo Santana. E tem me dito que o governador gostaria de possivelmente ser candidato ao Senado. Não temos nada contra isso e apoiaríamos, mas obviamente que, do ponto de vista eleitoral, lá na frente, para o PT disputar as eleições presidenciais, nós queremos um palanque que esteja do nosso lado aí", declarou Gleisi.

Filiado ao PT, Camilo é aliado do grupo dos Ferreira Gomes, que deve lançar o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio (PDT) ao Palácio do Abolição no ano que vem. Nas últimas eleições, de 2018 e 2020, o governador conseguiu se equilibrar entre as duas legendas, mantendo-se neutro no primeiro turno.

Em 2022, há um fator complicador para essa posição equidistante de Camilo: a entrada em campo de Lula, cuja candidatura não deve abrir mão de chapas fortes nos estados, principalmente na região Nordeste.

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