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Luizianne e José Airton vão a Eunício discutir sucessão de Camilo
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Luizianne e José Airton vão a Eunício discutir sucessão de Camilo

Airton diz que, na conversa, colocou o próprio nome ou o de Luizianne como eventuais postulantes ao Governo do Ceará pelo PT
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Petistas veem em Eunício Oliveira um potencial aliado para viabilizar o projeto de uma candidatura própria ao Governo do Ceará. (Foto: Divulgação/Twitter Eunício)
Foto: Divulgação/Twitter Eunício Petistas veem em Eunício Oliveira um potencial aliado para viabilizar o projeto de uma candidatura própria ao Governo do Ceará.

Os deputados federais petistas Luizianne Lins e José Airton, e o estadual Elmano de Freitas (PT), foram à residência do ex-senador Eunício Oliveira (MDB) conversar sobre as perspectivas eleitorais para 2022 no Estado. A reunião ocorreu na noite da última terça-feira, 24.

A comitiva petista defende que o partido saia às ruas no ano que vem com uma candidatura própria ao Governo do Ceará, ou seja, com os pedetistas ocupando outro espaço na chapa majoritária, como o da candidatura a vice-governador(a). Ou mesmo a partir de uma composição que se dê por fora da aliança do PDT.

Também estiveram Waldemir Catanho, ex-secretário do Governo da então prefeita Luizianne (2005-2012) e seu principal articulador político, e Danniel Oliveira (MDB), deputado estadual e sobrinho de Eunício.

"(Discutimos) Conjuntura do Ceará e cenário na sucessão do Camilo, e conversamos se ele (Eunício) ou MDB vêm formar um palanque conosco se colocamos o meu nome ou o da Luizianne", relatou Airton ao O POVO sobre os temas em pauta.

"Ele (Eunício) disse que o MDB não está fechado com ninguém e que aguarda a posição do PT, pois tem toda disposição para estar conosco, encabeçando ou não a chapa, desde que não tenha o PDT na cabeça", acrescentou o deputado federal.

Atualmente, a tese da candidatura própria é minoritária no Partido dos Trabalhadores. O grupo do deputado José Guimarães (PT), defensor da manutenção da aliança com o PDT, é maior e fala mais alto na legenda.

Guimarães já disse que o mais provável é que o PT não tenha candidato ao Palácio da Abolição, sendo o governador Camilo Santana o representante do partido na chapa governista, com a candidatura ao Senado Federal. 

"Um grupo que conhece bem a realidade do nosso povo, principalmente dos moradores da Capital. A conversa girou em torno da política local, do cenário nacional e das perspectivas para as eleições de 2022", disse Eunício no Twitter. 

Este grupo pró-candidatura própria têm no dirigente emedebista um potencial aliado, pois, além de ser próximo do ex-presidente Lula (PT), vai concentrar esforços para ver derrotado o grupo governista liderado por seus adversários, Ciro e Cid Gomes, ambos do PDT.

Pelo lado dos petistas presentes à reunião, o discurso central é o da construção de um palanque leal a Lula. Algo que não seria possível com uma postulação pedetista, pois Ciro Gomes (PDT) será candidato ao Palácio do Planalto. 

A passagem de Lula pelo Ceará teve a casa de Eunício como um dos pontos de parada. Eunício deve tentar retorno à política pela porta da Câmara Federal. No plano nacional, o emedebista é Lula. No Ceará, a mais de um ano da disputa, o emedebista deixa abertas as possibilidades de entendimentos tanto com Capitão Wagner (Pros) como com os petistas. 

Do alto de um histórico de duas disputas de segundo turno à Prefeitura de Fortaleza (2016 e 2020), o capitão da reserva da Polícia Militar se constituiu no principal adversário do grupo governista, que tem no ex-prefeito da Capital Roberto Cláudio (PDT) o favorito para ser o candidato da continuação.

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