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PCdoB, PDT, PSB se unem ao MBL para ato em Fortaleza contra Bolsonaro
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PCdoB, PDT, PSB se unem ao MBL para ato em Fortaleza contra Bolsonaro

| Manifestações | Os protestos deste domingo devem reunir partidos de espectros políticos diversos. A intenção é pressionar pelo impeachment de Bolsonaro
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FORTALEZA, CE, 24-07-2021: Ocorreu na tarde de hoje um protesto contra o presidente da Republica, Jair Bolsonaro, juntando diversos movimentos sociais, diferentes partidos e outros cidadaos. A concentracao se deu na Praca Portugal e o grupo de pessoas desceu em direcao a praia de Iracema. As fotos destacam manifestantes com cartazes diversos, bandeiroes de partidos e palavras de ordem contra o presidente e a favor da vacina. Aldeota, Fortaleza. (BARBARA MOIRA/ O POVO) (Foto: Bárbara moira)
Foto: Bárbara moira FORTALEZA, CE, 24-07-2021: Ocorreu na tarde de hoje um protesto contra o presidente da Republica, Jair Bolsonaro, juntando diversos movimentos sociais, diferentes partidos e outros cidadaos. A concentracao se deu na Praca Portugal e o grupo de pessoas desceu em direcao a praia de Iracema. As fotos destacam manifestantes com cartazes diversos, bandeiroes de partidos e palavras de ordem contra o presidente e a favor da vacina. Aldeota, Fortaleza. (BARBARA MOIRA/ O POVO)

Os protestos contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) organizados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelo Vem pra Rua para o próximo domingo, 12, também estão previstos para ocorrer em Fortaleza. Nos dias que antecederam os atos, partidos e movimentos de esquerda finalizaram as negociações para participar das mobilizações na Capital, com concentração na Praça Portugal, às 15 horas, rumo à Avenida Beira-Mar.

Com a participação de partidos do centro e de esquerda, além das siglas de direita, objetivo é criar uma frente ampla, unindo forças para pedir o impeachment do presidente. O protesto será também resposta aos atos com pautas antidemocráticas e discursos contra o Supremo Tribunal Federal (STF) por parte de Bolsonaro, que ocorreram no feriado da Independência, 7 de setembro, pelo país.

Até o momento, partidos de esquerda como o PDT, PCdoB, PSB já confirmaram apoio ativo à manifestação. Além disso, também integram o movimento alguns grupos que representam a juventude das siglas. Entre eles: Juventude Pátria Livre, Juventude Socialista Partido Democrático Trabalhista (PDT), União da Juventude Socialista (UJS), Juventude Socialista Brasileira (JSB). 

Para ex-vereador de Fortaleza, Evaldo Lima (PCdoB), o partido tem defendido a formação de uma frente ampla que dê sustentação à oposição contra o presidente da República.

“Esse movimento não tem uma hegemonia. O país precisa entender que o Bolsonaro representa uma ameaça às instituições. Logo, isso exige a participação de todas as forças políticas das quais a gente tem divergências. Há uma exigência da parte de todas as forças políticas em defesa da democracia e contra fascismo”, avalia. 

Segundo o presidente estadual do PDT, deputado André Figueiredo, a deliberação do partido é apoiar quaisquer manifestações que “sejam favoráveis à democracia e ao impeachment do atual presidente”.

“Pelos desmandos sequenciais que ele vem externado em público, principalmente depois do último 7 de setembro, o PDT estará participando do dia 12 das manifestações programadas de todas as forças políticas”. disse o dirigente.

Na última quinta-feira, 9, o ex-ministro e presidenciável Ciro Gomes (PDT) confirmou sua participação nos atos do dia 12 de setembro que devem acontecer na Avenida Paulista, mesmo local onde o Bolsonaro mobilizou seus apoiadores no 7 de setembro. Em publicação nas redes sociais, o pedetista disse que pretende participar de todas as manifestações contra o governo Bolsonaro.

O momento, segundo o presidente do PSB no Ceará, deputado Dênis Bezerra, representa uma "união do campo democrático para mobilizar todos os setores da sociedade a favor do impeachment do Bolsonaro, que ataca diariamente a democracia e os direitos dos brasileiros".

"É uma luta contra o autoritarismo, contra a venda das nossas riquezas e do nosso país. Além disso, o PSB estará em qualquer manifestação a favor do Impeachment", destaca. 

De ideologias diferentes, juntam-se ao movimento os partidos Cidadania, Rede e PSDB. O apoio tucano a nível nacional foi confirmado na última quinta. Além do MBL e o Vem pra Rua, também devem participar dos protestos os movimentos Acredito, União da Juventude Liberal (UJL), Livres, Juventude 23 e Juventude Tucana. 

O presidente estadual do Cidadania, Michel Lins, avalia o movimento se constrói como “suprapartidário e formado por "oposições unidas” contra Bolsonaro.

“O Cidadania está fazendo seu movimento exatamente no movimento pela democracia, unindo as pessoas que acreditam que esse governo é um desgoverno que não tem avançado em políticas públicas e tem usado de muita falácia e pouca ação de verdade que possa mudar a vida do brasileiro”, diz.

Segundo a organização do evento de domingo, o objetivo é fechar uma "construção ampla com todas as forças e agentes civis e políticos, dispostos a lutar e defender a democracia"

"A avaliação geral do grupo é que as divergências político-partidárias e ideológicas devem ficar para depois. A principal necessidade do País hoje é comida na mesa do brasileiro, geração de emprego e renda, retomada da qualidade de vida, e isso passa imprescindivelmente pela saída de Bolsonaro do poder", afirma o MBL Ceará, em nota. 

Diante da divisão de opiniões entre representantes tanto da esquerda como da direita brasileira, os partidos PT e Psol alegam que não participarão de ato deste domingo na Capital. As legendas articulam a realização de outros atos contra o presidente da República na próxima semana e no mês de outubro. 

Em nota oficial na quarta-feira 8, o MBL mudou o tom e convocou “todos os partidos, lideranças civis e agremiações, desde que respeitem a necessidade de deixarem suas pautas particulares e suas preferências eleitorais fora do ato para nos unirmos pelo impeachment”. Antes, o grupo havia adotado o slogan “Nem Lula, nem Bolsonaro” para chamar os atos.

 

MBL

O MBL mudou o tom e convocou todos os partidos, desde que "respeitem a necessidade de deixarem suas pautas particulares e suas preferências eleitorais fora do ato". Antes, o grupo havia adotado o slogan "Nem Lula, nem Bolsonaro"

FORTALEZA, CE, BRASIL,  30-03-2019: Fernando Holiday, vereador pela cidade de São Paulo no 1° Congresso do MBL no Marina Park Hotel. (Foto: Alex Gomes/O Povo)
FORTALEZA, CE, BRASIL, 30-03-2019: Fernando Holiday, vereador pela cidade de São Paulo no 1° Congresso do MBL no Marina Park Hotel. (Foto: Alex Gomes/O Povo)

Holiday promete "distância segura" de Ciro nos atos de 12 de setembro

O vereador paulistano Fernando Holiday (Novo) garantiu que manterá “distância segura” de Ciro Gomes (PDT), durante a participação nos atos de 12 de setembro, organizados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelo Vem Pra Rua. As manifestações em São Paulo serão realizadas na Avenida Paulista e tem como objetivo pedir o impeachment de Jair Bolsonaro (sem partido).

Holiday e Ciro têm um histórico turbulento em suas atuações políticas. O pedetista chegou a chamar o vereador de “capitãozinho do mato” mais de uma vez, durante entrevistas, e foi processado pelo parlamentar por racismo. No episódio, o pré-candidato à Presidência foi condenado pela Justiça a penhorar um carro de luxo para indenizar Holiday.

O vereador do Novo se manifestou contra a participação de Ciro Gomes nos atos e afirmou que “jamais” se aliaria ao político. “Ciro é condenado por ofensas racistas, tem um histórico autoritário no Ceará e já ameaçou “receber Moro na bala’”, criticou.

No Twitter, Holiday reforçou sua opinião contrária à presença de Ciro. “O coronel racista não representa a terceira via. Não concordo com nem 1% de suas pautas e ideologias”, declarou ao reprovar a participação de político cearense.

Ex-militante do MBL, o vereador ainda reforçou ser contrário a uma aliança com a esquerda, o que chamou de “erro grotesto”. Para Holiday, as manifestações do dia 12 devem ser marcadas não somente pelo impeachment de Bolsonaro, mas também pela busca de “uma terceira via de verdade”. “Lula e Bolsonaro representam opções antidemocráticas, a diferença é que um esconde melhor suas intenções”, afirmou o parlamentar.

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