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PT Ceará confirma Camilo como candidato ao Senado e manutenção da aliança com PDT
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PT Ceará confirma Camilo como candidato ao Senado e manutenção da aliança com PDT

| Eleições | Resolução com indicativo da candidatura de Camilo a senador foi aprovada em reunião do Diretório Estadual do PT no Ceará nesse sábado
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Governador Camilo Santana respondeu aos críticos petistas (Foto: Thais Mesquita)
Foto: Thais Mesquita Governador Camilo Santana respondeu aos críticos petistas

O Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores no Ceará aprovou nesse sábado, 29, resolução que indica o governador Camilo Santana (PT) como candidato do partido a senador. Na reunião, foi aprovada ainda emenda que reforça a tese de manutenção da aliança entre PT e PDT no Estado para a eleição deste ano.

“A indicação do nome do atual governador Camilo Santana, para disputar a vaga de senador pelo Ceará, nas eleições de 2022, na certeza de que estarmos ofertando à aliança e ao povo cearense, a pré-candidatura de um homem público devotado ao Ceará e ao Brasil, que muito realiza como governador”, diz trecho da resolução.

“Nós fechamos quatro diretrizes: fazer a campanha do Lula no Ceará, manter a aliança entre PT e PDT, lançar Camilo senador e ampliar nossas bancadas de deputados estaduais e federais. É o reconhecimento do PT ao governo do Camilo e a definição da nossa centralidade para a eleição deste ano”, diz o deputado José Guimarães (PT).

O comando do partido no Ceará aprovou ainda outra emenda, que presta solidariedade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por “ataques e agressões” que o petista teria recebido do pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes. Apesar dos ataques, o partido destaca como central para 2022 a “construção de uma ampla aliança para as eleições” no Estado.

“Na hipótese de construção de uma aliança em que não caiba ao PT a indicação do cabeça de chapa, a campanha ao Senado do governador Camilo será a âncora principal a partir da qual se organizará o palanque da campanha Lula em nosso Estado. Camilo senador do Lula”, diz o documento. 

 

Além disso, o partido aprovou uma série de “pré-condições” para os nomes que irão compor a chapa para governador e vice da base aliada, destacando como necessárias a “capacidade de agregar aliados, de exercitar o diálogo e a convivência democrática, o respeito a outras candidaturas presidenciais e o conhecimento e comprometimento com o projeto administrativo em curso no Ceará”.

Apoiada por cerca de 70% dos integrantes do Diretório Estadual, a tese de manutenção da aliança entre PT e PDT é questionada hoje sobretudo pelos deputados federais Luizianne Lins e José Airton Cirilo, que defendem que o partido lance candidatura própria ao Governo do Ceará. Para eles, uma candidatura petista seria necessária para defender a campanha de Lula no Estado, uma vez que o PDT lançará Ciro para a disputa presidencial.

“Voltei a defender o lançamento de uma candidatura própria do PT ao governo, como forma de garantir a construção de um palanque forte e, principalmente, leal ao presidente Lula. Sustentamos a importância da formação de uma aliança ampla, com todas as forças antagônicas ao bolsonarismo e tudo de nefasto que ele representa. Isso sem abrir mão do protagonismo do PT”, destacou, em nota, Zé Airton.

"Reafirmamos nossa defesa de uma aliança ampla e forte em torno de Lula, sem palanques duplos, sem tergiversação, com todas as forças políticas dispostas a derrotar o fascismo e reverter o processo de destruição em curso no Brasil", reforça o deputado. Apesar dos questionamentos, a tese de manutenção da aliança foi aprovada pela maioria dos integrantes do Diretório.

 

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