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Partido de Bolsonaro, PL quer ter candidato no Ceará, mas não descarta Capitão Wagner
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Partido de Bolsonaro, PL quer ter candidato no Ceará, mas não descarta Capitão Wagner

| Jogo Político | Vereador Pedro Matos aponta que uma dificuldade de acordo com Wagner é a possibilidade de o União Brasil ter candidatura própria a presidente. Matos compara a situação à vivida entre PT e PDT no Ceará, com Lula e Ciro Gomes
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PEDRO MATOS Matos foi entrevistado pelo jornalista Érico Firmo no Jogo Político (Foto: FCO Fontenele/O POVO)
Foto: FCO Fontenele/O POVO PEDRO MATOS Matos foi entrevistado pelo jornalista Érico Firmo no Jogo Político

O vereador de Fortaleza Pedro Matos (PL) afirmou que incertezas acerca do futuro do União Brasil a nível nacional dificultam a discussão sobre o palanque do PL no Ceará e uma eventual composição com Capitão Wagner (União Brasil), pré-candidato ao Governo do Estado. O parlamentar foi o convidado desta terça-feira, 26, do programa Jogo Político, do O POVO.

O PL estuda lançar candidato próprio ao Abolição, tendo como alternativa o ex-deputado federal Raimundo Gomes de Matos. “Nós vamos colocar uma pré-campanha na rua para construir, trabalhar e enxergar lá na frente qual a possibilidade, se de fato o cenário ideal é lançar uma pré-candidatura ou manter uma candidatura majoritária ao Senado”, conta Pedro Matos, filho de Gomes de Matos.

O União Brasil, oriundo da fusão do DEM e do PSL, será representado no Ceará por Wagner como candidato a governador. Nacionalmente, estuda lançar o presidente da sigla, Luciano Bivar, à Presidência. As discussões são travadas com MDB, PSDB e Cidadania em torno de uma candidatura única de terceira via.

Caso se concretize, a candidatura de Bivar coloca em cheque o palanque do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Estado e dificulta o arranjo local entre PL e União Brasil. Capitão Wagner, apesar disso, já manifestou apoio a Bolsonaro, e o presidente tem retribuído com declarações em favor dele.

Para Pedro Matos, uma eventual aliança com Wagner “vai se desenhando com o tempo”. Ele reconhece que é uma situação difícil e compara o cenário com o da aliança PT-PDT no Ceará, que se divide entre os apoios ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ex-governador Ciro Gomes (PDT) ao Palácio do Planalto. “Ninguém sabe como o partido do Capitão Wagner vai vir a nível nacional, isso tudo pode influenciar uma decisão de membros do partido (PL)”, afirma.

Internamente, a proposta de candidatura do PL encontra resistência entre bolsonaristas, que preferem abrir mão da candidatura ao Executivo estadual para se posicionar ao lado de Wagner já no primeiro turno. Matos disse que, há algumas semanas, houve almoço, proposto pelo deputado estadual André Fernandes, que reuniu as várias alas do PL.

Ele disse que o presidente estadual da sigla, o prefeito de Eusébio, Acilon Gonçalves, é entusiasta da candidatura própria, como forma de fortalecer a legenda e impulsionar a votação da bancada.

O vereador projeta ainda que as conversas sobre as composições vão se dar ao longo dos próximos dias, passado o período da janela partidária. “Acho que essas conversas de composição, de desenho partidário e político, vão se dar nas próximas semanas, porque até o momento era todo mundo filiando para fortalecer as bancadas e as pré-candidaturas”. A janela se encerrou no começo de abril.

Com a entrada de Jair Bolsonaro, o PL, que era da base do então governador Camilo Santana (PT), sofreu mudanças no Ceará de modo a estar mais alinhado com o presidente.

“Acilon Gonçalves conseguiu construir muito bem as duas chapas, tanto de pré-candidatos a deputado federal quanto estadual, filiou muita gente no partido, conseguiu aglutinar e agregar novas lideranças, tem conseguido fazer um diálogo com o PL nacional para fortalecer as nossas bancadas aqui no Estado, e eu tô muito satisfeito com essa nossa mudança”, diz Pedro Matos, que deixou o Pros para integrar a sigla do presidente da República.

Matos afirma que a ideia de candidatura própria agrada ao presidente nacional, Valdemar Costa Neto.

 

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