O deputado federal José Guimarães (PT) disse no último sábado, 16, que o “único caminho” para a manutenção da aliança entre PT e PDT no Ceará é pela escolha da governadora Izolda Cela (PDT) como candidata da base aliada no Ceará.
“Nós temos plano A e plano B. Qual é o nosso plano A? É manter a aliança. E para manter a aliança, tem que ser a Izolda a candidata a governadora, a mulher que está exercendo o mandato no Governo. Porque, se não for, nós podemos discutir outras alternativas”, disse o deputado, durante evento do PT em Quixeramobim, no Sertão Central.
“Não tem outro caminho, nós temos força. Quem fez o governo que nós fizemos não pode estar pedindo penico para ninguém. Nós temos força, nós temos o que mostrar, como fez o Camilo Santana nos oito anos de governo que fez. Por isso que nós vamos, aqui no Ceará, derrotar o Bolsonaro, eleger o Camilo senador, eleger os melhores parlamentares”, afirmou.
A fala reforça – de maneira ainda mais incisiva – tese defendida na semana passada pelo ex-presidente do PT no Ceará, De Assis Diniz, de que o PT poderá ter candidatura própria caso o PDT escolha o ex-prefeito Roberto Cláudio como candidato do partido. Antes, o próprio Guimarães tinha falado sobre a preferência de petistas por Izolda, mas nunca sem descartar qualquer outra opção, como foi feito neste sábado.
Em entrevistas recentes, Roberto Cláudio e diversos pedetistas têm minimizado as falas, destacando que a questão deverá ser decidida internamente pelo PDT. “Do mesmo que eles têm o direito de ter preferência por um nome ou outro, nós temos também o direito de externar nossa autonomia”, diz o deputado André Figueiredo (PDT).
“Não interfere em nada, quem decide a candidatura do PDT é o PDT. Ao PT cabe escolher o candidato a senador, que já escolheram, que é o Camilo”, diz ainda André, que é presidente do PDT no Ceará e vem cobrando as “razões” para a resistência do PT a RC.
“No dia em que algum partido aliado chegar e falar qualquer defeito, de qualquer um dos nossos candidatos, que macule a aliança, como dizer que é corrupto, que é aliado do Bolsonaro, que é antidemocrático, nós certamente reavaliaremos. Agora, dizer que não quer porque não quer é abuso”, conclui.