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Para Izolda, não há "nenhum nível de conflito" no PDT do CE
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Para Izolda, não há "nenhum nível de conflito" no PDT do CE

| SUCESSÃO ESTADUAL | Governadora diz acreditar em manutenção da unidade em meio a divisões internas que escalam sem que ainda tenha havido definição
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GOVERNADORA volta a tentar panos mornos da discussão pedetista (Foto: thais mesquita)
Foto: thais mesquita GOVERNADORA volta a tentar panos mornos da discussão pedetista

Em meio às tensões que envolvem a definição do PDT sobre quem disputará o Governo do Ceará, com brigas abertas e esforços por pacificação, a governadora Izolda Cela (PDT) afirmou, ontem, que não há "nenhum nível de conflito" no partido sobre o tema.

"Lógico, é o que eu sempre digo, às vezes tem uns apoiadores mais esquentadinhos, mais animadinhos, que têm as manifestações. Mas nós somos muito focados é na nossa convergência. É essa a força mais determinante, viu?", ponderou em coletiva quando questionada por O POVO sobre o que atrapalha a unidade no PDT.

Izolda esteve na aula inaugural do o Curso de Formação de soldados da Polícia Militar, na qual avaliou que falta mais empenho federal no combate àquele que seria o principal gerador de violência, o tráfico de drogas.

Ela disputa de modo mais acirrado com o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, a vaga de candidata do PDT ao Executivo estadual. Se escolhida, disputará reeleição, dando à cadeira cobiçada por aliados mais rotatividade. Em caso de vitória sobre Capitão Wagner (União Brasil) e Adelita Monteiro (Psol), duas pré-candidaturas confirmadas para o páreo, a atual governadora ficaria apenas mais quatro anos no poder.

Roberto Cláudio é o preferido do ex-ministro Ciro Gomes, pré-candidato a presidente, e de Carlos Lupi, dirigente nacional do PDT. O modo aberto como Lupi defendeu candidatura RC, em encontro regional para promover o projeto presidencial de Ciro, em Fortaleza, foi alvo da críticas dos pedetistas.

Inclusive de Evandro Leitão, presidente da Assembleia Legislativa e também pré-candidato a governador. O deputado federal Mauro Filho é outro postulante pedetista à vaga. A postura de Lupi foi tida como inadequada para um presidente de partido, de quem se espera a maior neutralidade possível na condução de processos naturalmente tensos.

Pesquisa Big Data encomendada pela TV Record mostrou Capitão Wagner na dianteira em dois cenários. Contra Roberto Cláudio, o panorama é de 40% a 35%. Empate técnico, se considerada a margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos. Contra Izolda, Wagner obtém 44% das intenções de voto. A atual governadora marca 29%. Foram 1.500 entrevistados entre os dias 18 e 20 de junho.

Questionada sobre como recebe os 29%, no terceiro mês de governo, respondeu que não se deteve a análises desse gênero, pois o foco está concentrado inteiramente no que chama de "serviço".

"É fazer com que as ações planejadas e aquelas pelas quais estamos lutando agora possam acontecer. É nisso que eu estou focada, nós vamos ter o calendário eleitoral para que o nosso partido, o nosso campo de alianças possa fazer a definição. Vamos nos unir em torno dela para defender esse projeto do Ceará que para nós é tão importante", afirmou.

 

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