Desenvolvimento Social: Wellington Dias (PT)
Governou o Piauí por quatro mandatos e se elegeu senador neste ano. Na transição, comandou as negociações do Orçamento de 2023.
Igualdade Racial: Anielle Franco
A ativista é irmã da vereadora carioca Marielle Franco, assassinada em 2018, e dirige o Instituto Marielle Franco. Integrou o grupo temático de Mulheres na transição e demonstrava interesse em comandar essa área. Anielle desbancou o sociólogo petista Marvs Chagas, secretário de Planejamento do território e Participação Popular da Prefeitura de Juiz de Fora (MG) e passou a contar mais recentemente com o apoio de setores dos movimentos antirracistas, como a Coalizão Negra por Direitos.
Relações Institucionais: Alexandre Padilha (PT-SP)
Deputado federal, comandará a pasta encarregada de fazer a "ponte" entre o Palácio do Planalto e o Legislativo. Padilha terá o auxílio de dois conhecidos parlamentares petistas: o deputado José Guimarães (PT-CE) será líder do governo na Câmara e Jaques Wagner (PT-BA) ocupará a mesma função no Senado. Considerado hábil articulador político, Padilha já comandou a então Secretaria de Relações Institucionais no segundo mandato de Lula. Foi também ministro da Saúde na gestão de Dilma.
Gestão: Esther Dweck
O novo Ministério da Gestão é fruto do desmembramento do atual "superministério" da Economia em Fazenda, Indústria e Comércio, Planejamento e Gestão. Economista, Dweck atuou no Ministério do Planejamento no governo Dilma Rousseff, como secretária de Orçamento Federal. Graduada em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (URFJ), tem doutorado em Economia da Indústria e Tecnologia pela mesma universidade. O nome de Dweck também havia sido sugerido pelo movimento "Elas no Orçamento".
Saúde: Nísia Trindade Lima
Presidente da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade Lima será a primeira ministra da Saúde da história. Ela também foi a primeira mulher a assumir a presidência da Fiocruz nos 120 anos da existência da instituição. A socióloga e pesquisadora já participou do processo de transição de governo na área. Ela deve assumir com a missão de comandar uma campanha nacional de imunização contra várias doenças.
Indústria e Comércio: Geraldo Alckmin (PSB)
Vice-presidente eleito, o ex-governador de São Paulo tem bom trânsito no setor produtivo e, na avaliação de Lula, pode atuar como um facilitador do diálogo do governo com o mundo industrial. Desde que saiu do PSDB e aceitou ser vice de Lula, filiando-se ao PSB, Alckmin tem feito reuniões com empresários e especialistas em orçamento.
Portos e Aeroportos: Márcio França (PSB)
Ligado a Alckmin, foi uma das pontes para aliança entre o ex-tucano e Lula. Após meses de resistência, cedeu a candidatura ao governo paulista a Haddad e lançou-se ao Senado em chapa com o petista. Os dois saíram derrotados. Tem 59 anos e é advogado. Foi governador de São Paulo de 2018 até 2019, após ser eleito vice na chapa de Alckmin. França também foi prefeito de São Vicente e deputado federal.
Educação: Camilo Santana (PT)
Foi governador do Ceará por dois mandatos. Vai fazer dobradinha no ministério com a ex-secretária de Educação cearense, a atual governadora Izolda Cela. Formado em Engenharia Agrônoma, foi secretário de Desenvolvimento Agrário no governo de Cid Gomes em 2006. Em 2010 foi o deputado estadual mais votado do Ceará, continuou no governo como secretário das Cidades até 2014, quando se candidatou a governador.
Ciência e Tecnologia: Luciana Santos (PCdoB)
É presidente do PCdoB e atual vice-governadora de Pernambuco. Assume o ministério em meio à pressão da comunidade científica em relação aos cortes promovidos pelo governo Bolsonaro (PL). Formada em engenharia elétrica, tem 56 anos e já foi deputada estadual e federal e prefeita de Olinda por dois mandados, entre 2000 e 2008.
Direitos Humanos: Silvio Almeida
O jurista e filósofo é descrito por acadêmicos como um dos maiores intelectuais brasileiros da sua geração. Terá o desafio de conciliar uma pauta de governo que foi alvo de denúncias por ONGs durante os quatro anos de Jair Bolsonaro no Executivo. Notado por um grande trabalho na luta antirracista, Almeida é autor do livro Racismo Estrutural (Pólen, 256 páginas), publicado em 2019. É doutor em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), presidente do Instituto Luiz Gama e do Centro de Estudos Brasileiros do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE).
Trabalho: Luiz Marinho (PT-SP)
O deputado federal já havia ocupado o cargo nos dois primeiros mandatos de Lula, entre 2005 e 2008. Também foi ministro da Previdência. Ex-prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Marinho preside o diretório estadual do PT em São Paulo e foi eleito deputado federal em outubro.
Secretaria-Geral da Presidência: Márcio Macêdo (PT-SE)
O deputado foi tesoureiro da campanha presidencial e é um dos vice-presidentes do PT.Tem formação em Biologia e coordenou as caravanas de Lula pelo Brasil em 2017 e 2018.
Advocacia-Geral da União (AGU): Jorge Messias
Servidor que ficou conhecido como "Bessias" no grampo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), Jorge Rodrigo Araújo Messias ficou célebre em março de 2016, quando o então juiz federal Sergio Moro tornou público um grampo de uma conversa entre Lula e Dilma Rousseff. "Seguinte: eu tô mandando o 'Bessias' junto com o papel, pra gente ter ele. E só usa em caso de necessidade, que é o termo de posse, tá?", avisou ela ao agora presidente eleito. Na conversa, Dilma dizia estar enviando a Lula o termo de posse, já assinado, para que ele assumisse a Casa Civil. O episódio resultou na apresentação de uma denúncia por parte do então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que acusou Dilma, Lula e o ex-ministro Aloízio Mercadante de tentar obstruir as investigações da Lava Jato.
Controladoria-Geral da União (CGU): Vinícius Marques de Carvalho
Foi presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e secretário de Defesa Econômica (SDE) do Ministério da Justiça do governo de Dilma. Ex-filiado ao PT, ele comandou o Cade entre 2012 e 2016 e trabalhou como secretário de Direito Econômico do Ministério da Justiça no governo Dilma Rousseff. No segundo governo de Lula, foi conselheiro do Cade e integrou como chefe de gabinete a equipe da Secretaria Especial de Direitos Humanos. Atualmente, dá aulas na Universidade de São Paulo (USP) e tem um escritório de advocacia.
Mulher: Cida Gonçalves (PT)
Já havia sido secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher no primeiro governo de Lula, a partir de 2003. Ela se candidatou em 1986 pelo PT à Federal Constituinte. Em 1988 e 2000, saiu candidata à vereadora em Campo Grande. Foi assessora técnica e política da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para a Mulher no governo do Mato Grosso do Sul de 1999 a 2000.
Fazenda: Fernando Haddad (PT)
Ex-ministro da Educação (2005 a 2012) e ex-prefeito de São Paulo (2013 a 2016), é advogado e professor. Ficou em segundo lugar na disputa pelo governo de São Paulo nas eleições deste ano. Perdeu a eleição presidencial de 2018 para Bolsonaro.
Casa Civil: Rui Costa (PT)
Economista, está no segundo mandato como governador da Bahia. Considerado dedicado e bom gestor, abriu mão de concorrer ao Senado para compor com aliados na Bahia e eleger o sucessor, Jerônimo Rodrigues. Foi vereador de Salvador (2000 e 2004), secretário de Relações Institucionais da Bahia e deputado federal pela Bahia pelo PT.
Defesa: José Múcio Monteiro
Ex-deputado e ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), foi parlamentar, e articulador político no Palácio do Planalto no segundo governo Lula,
Justiça e Segurança Pública: Flávio Dino (PSB)
Senador eleito no Maranhão, tem como objetivo à frente da Justiça o que ele e petistas classificam como "desbolsonarizar" a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Aos 54 anos, foi deputado federal pelo Maranhão entre 2007 e 2010, também atuou como presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), durante o primeiro governo Dilma Rousseff (PT) e foi governador do Maranhão por dois mandatos consecutivos (2014-2022).
Relações Exteriores: Mauro Vieira
Diplomata e embaixador do Brasil na Croácia, Vieira é formado em Direito e ingressou no Ministério das Relações Exteriores em 1973. Nos governos do PT, ocupou as duas embaixadas mais prestigiadas, a de Buenos Aires (2004-2010) e a de Washington (2010-2014), até assumir o cargo de ministro das Relações Exteriores, em 2015.
Cultura: Margareth Menezes
Cantora e compositora nascida em Salvador, Margareth Menezes tem 60 anos e é considerada um ícone do carnaval baiano e do samba. É fundadora e presidente da Associação Fábrica Cultural, focada na economia criativa.
Planejamento: Simone Tebet (MDB-MS)
A senadora assumirá a pasta após uma série de indefinições sobre seu espaço no governo e disputas com alas do PT e do MDB. Foi candidata a presidente este ano e apoiou Lula de forma decidida no 2º turno.
Previdência: Carlos Lupi (PDT)
Presidente nacional do PDT, vai voltar a participar de uma administração petista Ele já ocupou o cargo de ministro do Trabalho entre 2007 e 2011, período que contemplou o segundo governo de Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira gestão de Dilma Rousseff. Lupi deixou o cargo em dezembro de 2011 e foi o sétimo ministro a cair no primeiro ano do governo Dilma, num processo conhecido como "faxina".
Cidades: Jader Filho (MDB)
Filho do senador Jader Barbalho (MDB-PA) e irmão do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB). Assumiu a presidência do partido no Pará em 2019, após o fim do mandato do pai, e permanece até hoje.
Minas e Energia: Alexandre Silveira (PSD)
Depois de coordenar a campanha de segundo turno do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Minas Gerais, o senador mineiro foi nomeado na "cota de nomes" proposta pelo aliado dele, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco. Nascido em Belo Horizonte, fez carreira como delegado de Polícia Civil, no município de Antônio Dias, na região do Vale do Aço.
Gabinete de Segurança Institucional (GSI): Gonçalves Dias
General da reserva, chefiou a segurança da presidência nos dois primeiros mandatos de Lula, foi comandante da 6º Região Militar.
Secretaria de Comunicação Social (Secom): Paulo Pimenta (PT)
Deputado federal indo para o 5º mandato.
Agricultura e Pecuária: Carlos Fávaro (PSD)
Foi vice-governador do Mato Grosso e é senador pelo mesmo estado.
Integração e Desenvolvimento Regional: Waldez Góes (PDT)
Foi deputado e é, pela quarta vez, governador do Amapá.
Pesca e Aquicultura: André de Paula (PSD)
De Pernambuco, foi vereador, deputado estadual, várias vezes deputado federal.
Comunicações: Juscelino Filho (União Brasil)
Deputado Federal pelo Maranhão indo para o 3º mandato.
Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar: Paulo Teixeira (PT)
Deputado Federal indo para o quarto mandato, vice-presidente do PT.
Esporte: Ana Moser
Ex-jogadora de vôlei, fundadora do Instituto Esporte e Educação.
Meio Ambiente: Marina Silva (Rede)
Ex-senadora, ex-ministra do Meio Ambiente, candidata a presidente em 2010, 2014 e 2018, deputada federal eleita.
Turismo: Daniela Souza (União Brasil)
Ex-Secretária de Assistência Social e Cidadania de Belford Roxo e indo para o segundo mandato de deputada federal.
Povos Indígenas: Sônia Guajajara (Psol)
Da Terra Indígena Araribóia, no Maranhão, formada em Letras e Enfermagem, pós-graduada em Educação Especial e deputada federal.
Transportes: Renan Filho (MDB)
Foi deputado federal, governador e eleito senador da República.