Logo O POVO+
Elmano e Camilo defendem reação dura contra golpistas
Politica

Elmano e Camilo defendem reação dura contra golpistas

Dois dos principais líderes políticos do Ceará, atualmente, governador e ministro classificam manifestantes bolsonaristas como "terroristas fascistas" e cobram punições no caso
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Elmano terá mais peso em 2024 do que Camilo tinha em 2016 e 2020 (Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE Elmano terá mais peso em 2024 do que Camilo tinha em 2016 e 2020

Duas principais lideranças políticas do Ceará da atualidade, o governador Elmano de Freitas (PT) e o ministro da Educação Camilo Santana (PT) defenderam postura do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de endurecer contra manifestantes bolsonaristas que promoveram atos de terror e quebradeira no último dia 8 de janeiro em Brasília.

"No regime democrático que vivemos é inadmissível o que aconteceu naquele domingo, então nós precisamos colocar todo o rigor da lei para punir os responsáveis, esses terroristas, antidemocráticos, fascistas que fizeram todo aquele dano ao patrimônio do brasileiro", disse no último sábado, 14, o ministro Camilo Santana.

Para Elmano, a quebradeira só confirmou "descompromisso total com o regime democrático" de grupos que contestam a eleição de Lula. Neste sentido, ele destaca minuta de um decreto de Estado de Defesa apreendida na semana passada pela Polícia Federal na casa de Anderson Torres, ex-secretário da Segurança Pública do Distrito Federal.

"Com a minuta, nós podemos pelo menos concluir que houve uma discussão, no âmbito do governo, de não respeitar a Justiça Eleitoral, não respeitar o resultado soberano das urnas, e de uma maneira muito casuística. Porque (a urna eletrônica) vale para todas as eleições de deputados, todos os governadores, senadores, só não valeria para o presidente. Demonstra que não tem nada de técnico, só que não aceitam uma derrota", destaca.

Camilo Santana corrobora: "É uma ameaça à democracia, portanto a determinação do presidente é essa (de punir responsáveis), a todos os órgãos do governo federal, orientação inclusive do Supremo Tribunal Federal (STF), governadores, prefeitos", disse o ministro, que destaca marcha simbólica promovida por Lula na segunda-feira passada.

Percorrendo o caminho entre o Palácio do Planalto e o STF - ambos palcos da depredação bolsonarista do dia 8 -, Lula foi acompanhado por presidentes dos Três Poderes e governadores de 27 estados, incluindo Elmano de Freitas.

"Foi muito simbólica (...) para mostrar que o País continua firme, a democracia continua forte, os órgãos, as instituições, funcionando. Então, acho que foi um momento importante, isso está gerando uma união maior entre o povo brasileiro que não aceita esse tipo de atitude por parte desses antidemocratas, desses bolsonaristas que não aceitaram a derrota democrática do povo brasileiro", afirma Camilo.

Para Elmano, é preciso fazer uma distinção entre reivindicações legítimas e manifestações golpistas. "Uma coisa são acampamentos, manifestações, atos que reivindicam direitos das pessoas, expressam opinião política. Outra coisa é alguém se organizar para fazer ação política para exigir um golpe de Estado e instauração de uma ditadura no Brasil".

"Jamais vou ser favorável a que nós tenhamos ação de força contra a manifestação do direito de pensamento ou reivindicação de direitos. Mas não existe um direito a pedir o fim da democracia, isso é crime previsto em lei (...) nós temos que aproveitar esse espaço que temos agora de discutir a democracia e dizer: Nós não mais toleraremos ações políticas que tenham como centro querer uma ditadura no Brasil", conclui o governador.

 

O que você achou desse conteúdo?