Logo O POVO+
Guimarães reafirma candidatura e diz que senadores não se reelegem por 'grau de acomodação'
Politica

Guimarães reafirma candidatura e diz que senadores não se reelegem por 'grau de acomodação'

|PT| As duas vagas do Senado são reivindicadas pelos partidos da base governista no Ceará
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
JOSÉ Guimarães é líder do governo Lula na Câmara  (Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados)
Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados JOSÉ Guimarães é líder do governo Lula na Câmara

O líder do governo Lula na Câmara, deputado federal José Guimarães (PT), reafirmou a condição de pré-candidato ao Senado em 2026. Em entrevista ao colunista e correspondente do O POVO em Brasília, João Paulo Biage, o petista destacou o próprio desempenho na construção da aliança que governa o Ceará desde 2006, a partir da eleição de Cid Gomes (PSB), e criticou o que considerou como "acomodação" de cearenses na Casa Alta.

"Todo mundo sabe, sem nós, sem o nosso Campo, sem eu e outros companheiros, o PT do Ceará não era o que é. Somos grandes benfeitores dessa aliança que hoje há no Ceará, que começou em 2006 com a primeira eleição do Cid", disse em entrevista realizada na segunda-feira, 25.

E reforçou: "Nós temos que ter muito juízo. Se tem alguém no Ceará responsável por essa aliança que governa o Estado, sou eu. Sabe por quê? Em 2006, pela primeira vez, na época, quem garantiu a aliança, colocou o Professor Pinheiro como vice, fomos eu e a Luizianne Lins, e Cid governador. Então, nós começamos o projeto". 

Na oportunidade, Guimarães disse que, "nunca um senador do Ceará se reelegeu, porque tem um grau de acomodação". Ele fez referência ao fato de nenhum candidato do Estado ter ocupado a vaga por duas eleições consecutivas após a redemocratização, quando foi permitida a reeleição no Brasil.

"Aqui não é lugar para as pessoas se acomodarem, não. Eu fui recém escolhido pelo Congresso em Foco como um dos 10 mais influentes e o deputado que mais aprovou projetos nessa legislatura na Câmara. Portanto, isso é o que me dá segurança de que, na hora da avaliação política do eleitor, a gente vai estar muito bem posicionado, sem brigar, sem nada, mas com sentimento de colaborar com o Ceará e com o Brasil".

Guimarães pontou ainda o resultado do Processo de Eleição Direta (PED), vivenciado pelo PT em julho, que reorganizou as forças partidárias, mas manteve hegemonia do Campo Democrático, cuja liderança cabe a ele.

"O Ceará está bem posicionado no filme. O País inteiro reconhece o que o Ceará tem, não só no PT, que eu só fui eleito dos vice-presidentes nacionais, mas no governo do presidente Lula. Portanto, esse reconhecimento é fundamental para o nosso projeto no Ceará. Eu diria que estas condições objetivas é que sedimentam para uma candidatura: Primeira, a reeleição do Lula; segunda, a do Elmano, ninguém deve abrir mão; e terceira, eleição de uma grande (…) Pelo menos um senador do PT", projetou.

As duas vagas do Senado, no entanto, são reivindicadas pelos partidos da base governista que dá sustentação ao governador Elmano de Freitas (PT). Entre os nomes que desejam concorrer com apoio do Palácio da Abolição, estão o deputado federal Eunício Oliveira (MDB) e o dirigente partidário Chiquinho Feitosa (Republicanos). 

Apesar de descartar tentativa de reeleição, o senador Cid Gomes defende o compartilhamento de espaços na disputa eleitoral e, para a Casa Alta, aposta no correligionário e deputado federal Júnior Mano (PSB). Guimarães é enfático ao comentar sobre o tema.

"Claro que tem o PSB que quer ter candidato. MDB também e o PT. Todo mundo quer. Agora tem projetos, né? E acho que eu estou maduro para cumprir esta missão. Evidentemente, que não é por tudo ou nada. Vamos brigar para? Não. As coisas se constroem. A política tem um jeito civilizado de conversar, de articular. Eu estou muito confiante que em 2026 nós vamos reeleger o Lula, reeleger o Elmano e quero ir para salão do Céu", disse Guimarães em referência ao plenário, de cor azul, do Senado.

Apesar disso, o petista afirmou que o tema deverá "ser discutido de forma bastante democrática, não impondo nada, porque daqui a pouco todo mundo quer" disputar. "É legítimo que os partidos se apresentem e, na hora H, se tiver alguém com compromisso com o projeto, saberemos nos unir, como nós soubemos nos unir em 2010, 2014, 2018 e 2022. O PT sempre teve grandeza e nós saberemos ter grandeza naquilo que é fundamental", garantiu o petista.

Guimarães projetou o próprio nome com mais capilaridade entre as opções petistas, que também contam com a deputada federal Luizianne Lins no páreo. “No Ceará, quando se fala em candidato do PT, evidentemente que o nome que surge com boa performance eleitoral é o meu nome. Não é uma questão pessoal, eu tenho dito, é por conta do trabalho que fizemos”, resumiu.

Veja também: Guimarães diz que Ciro Gomes faz “pilantragem política” ao se colocar como candidato ao governo

O que você achou desse conteúdo?