Na largada da campanha eleitoral pela Prefeitura de Fortaleza, os 11 participantes do pleito evitaram confronto e críticas aos adversários, mantendo o foco no projeto que cada um começa agora a apresentar para a cidade.
Primeiro a realizar atividade ontem, às 7 horas, Capitão Wagner (Pros) afirmou que a chapa está concentrada na elaboração do plano de governo. "Se a gente achar que vai ser fácil, é o caminho para a derrota. Estamos muito focados no nosso plano de governo, no trabalho. O nosso projeto tem que ser o melhor", apostou.
Segundo o deputado federal, que concorre ao Paço pela segunda vez, "a campanha vai ficar muito leve na medida em que a gente não tem que se explicar em relação a acordos que poderiam trazer mais tempo de TV ou mais recursos do fundo".
Em visita ao Hospital da Criança nesse domingo, o nome do PDT na corrida eleitoral, deputado estadual José Sarto, adotou postura semelhante à de Wagner, enfatizando que não pretende se deter em "picuinhas".
"Eu não vou gastar tempo com atitudes pequenas", disse Sarto, "eu vou focar nas pessoas. Vou gastar minha alma e meu coração e me preocupar com o povo de Fortaleza, o povo precisa ter respostas, ter cuidado, ter atenção".
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De passagem pela Barra do Ceará, região escolhida para dar início a sua campanha, Luizianne Lins (PT) avaliou que a chapa petista "é extremamente competitiva" e que, entre todos os candidatos, ela é "a única que tem experiência para tocar esta cidade neste momento" de crie econômica no pós-pandemia.
Questionada pelo O POVO a respeito de eventual participação do governador Camilo Santana (PT) a seu lado para chegar novamente ao comando da Prefeitura, Luizianne disse esperar "que ele esteja com a gente". Depois, assegurou que o partido vai usar a imagem do chefe do Abolição "porque Camilo tem sido um governador bem avaliado em Fortaleza e é petista".
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Dos 11 postulantes na sucessão do prefeito Roberto Cláudio (PDT), ao menos oito realizaram mobilizações de rua nesse primeiro dia, como caminhadas, adesivaços e carreatas, além de inaugurações de comitês de vereadores aliados ou próprios.
Representante do Solidariedade, Heitor Ferrer incluiu em sua agenda uma missa e uma ida ao polo gastronômico Raimundo dos Queijos, no Centro. Sobre os desafios que tem pela frente, pontuou que a aliança com o MDB de Eunício Oliveira o fortaleceu na disputa.
"O MDB está dando musculatura a nossa campanha com toda boa vontade em ceder para nós o tempo de TV, que é extremamente importante para que nós possamos implantar em Fortaleza aquilo que desejamos há muito tempo", destacou.
Candidato do PV, o deputado federal Célio Studart prometeu, caso eleito, "continuar o que foi feito de correto pela Luizianne Lins, pelo Roberto Cláudio", mas apontou necessidade de "fazermos agora uma Fortaleza verde".
"E digo isso porque o discurso da terra arrasada inflama a campanha e polariza", prosseguiu o parlamentar, "coloca um contra o outro, mas Fortaleza não aguenta o que o Brasil não aguenta: a guerra pelo poder. Fortaleza é maior que isso".
Também deputado federal e um dos que estão na briga pelo Paço, Heitor Freire (PSL) convidou adversários a se comprometerem com uma campanha limpa. "Aprendi que, na democracia, adversários não são inimigos. É assim que vou defender as ideias que acredito", acenou.
Como agenda inaugural, Freire esteve em um campo de futebol no bairro Autran Nunes. Lá, assinalou que, se vencer a eleição, vai fixar novas prioridades para a cidade.
Já Renato Roseno (Psol) aproveitou a partida do período de campanha para apresentar seu plano de governo. O documento foi discutido em reuniões ao longo do dia. Deputado estadual, Roseno participou de encontros nos bairros Jangurussu e Dom Lustosa, onde reiterou a consistência das propostas apresentadas por sua chapa.
Outros candidatos tiveram agenda ao longo do domingo, como Paula Colares (UP), Anízio Melo (PCdoB) e Samuel Braga (Patriotas). Registrado no último dia do prazo, no sábado, 26, José Loureto (PCO) não informou se cumpriria ações de campanha nesse domingo. (colaborou Filipe Pereira)