A candidatura de Capitão Wagner (Pros) à Prefeitura de Fortaleza deve investir em duas frentes. Uma é a propaganda eleitoral no rádio e na TV, agora dividida igualmente, com cada participante dispondo de cinco minutos. A outra são os debates.
No primeiro turno, houve apenas um debate na televisão aberta entre os dois candidatos ao Paço Municipal. Para o representante do Pros, esse é o momento para confrontar o adversário, José Sarto (PDT), sobre suas propostas e trajetória política.
"Os debates são de suma importância, agora não há qualquer alegação para que não ocorram", disse Wagner. "A expectativa é que a gente tenha pelo menos quatro debates na TV, que dão ao eleitor a condição de comparar os candidatos."
O postulante encara essa agenda de embates como crucial na tentativa de vencer a corrida eleitoral por causa exposição, "quando as atenções estarão voltadas para as propostas e a maneira como cada candidato vai se comportar diante dos questionamentos que serão feitos".
A Wagner interessa sobretudo explorar o histórico parlamentar de Sarto, vereador e deputado há mais de 30 anos, tática que deve se estender também aos programas do candidato no horário eleitoral gratuito.
"Nossa estratégia é usar bem o tempo de TV, que é bem maior agora, temos cinco minutos, mais inserções. Vamos aproveitar esse tempo da melhor forma possível, com propostas e ideias que possam encantar o eleitorado que não votou na gente no primeiro turno", acrescentou.
Coordenador da campanha de Wagner na disputa pela Prefeitura, o senador Eduardo Girão (Podemos) também projeta nos debates uma ferramenta importante para conquistar eleitores. "Vamos continuar falando a verdade e mostrando às pessoas quem está do lado de quem e o que está em jogo", antecipou Girão.
Em seguida, criticou o bloco governista. "Nesta eleição, está em jogo o grupo político, a família, a oligarquia que domina esta cidade há alguns anos e quer se manter no poder porque aqui virou um caixa para projetos pessoais, inclusive à Presidência", disse, referindo-se ao ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT).
Girão prosseguiu: "Acredito que temos que mostrar quem é quem, quem está do lado de quem. Só esperamos que o Sarto não fuja dos debates, porque estamos vendo uma movimentação de bastidores muito preocupante, mas a imprensa do Ceará não é subserviente, nem vai se rebaixar ao ponto de para poupar o candidato do prefeito e da oligarquia, não pode se submeter a esse tipo de coisa, de querer cancelar debate".
O senador declarou ainda que "o povo precisa conhecer o que pensa um lado e pensa o outro" e que "tirar essa oportunidade é roubar a verdade das pessoas". Para ele, os debates são o momento para "mostrar as inverdades que foram colocadas e injustiças". E concluiu: "O grande aliado do Capitão Wagner é o povo do Estado do Ceará, sempre foi. Esse é meu aliado".
Desde o início da campanha no segundo turno, a candidatura do Pros tem dedicado parte do tempo a elaborar planos para a etapa da disputa, que se encerra na semana que vem.