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O que defendem e de onde vêm os candidatos à cadeira de Rodrigo Maia
Reportagem

O que defendem e de onde vêm os candidatos à cadeira de Rodrigo Maia

Do auxílio emergencial à PEC da reforma tributária, no que acreditam os candidatos mais viáveis à condução da Câmara dos Deputados
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A prorrogação do auxílio emergencial é um dos temas que protagoniza o debate entre Baleia Rossi (MDB-SP) e Arthur Lira (PP-AL). Ambos pregam respeito ao limite do teto de gastos, mas lançam mão de discursos diferentes sobre o tema.

Para Rossi, a prioridade tem de ser ou o fortalecimento do Bolsa Família ou a ampliação do auxílio emergencial durante o período em que a população ainda não está coberta por uma vacina contra a Covid-19. "É uma questão de reorganizar despesas. Governar é eleger prioridades", ele avalia, reforçando o limite imposto pelo teto.

Já no entendimento Lira, ainda não dá para falar na continuidade do auxílio sem que antes se aponte de onde sairão os recursos para financiamento do programa. 

 

No campo das propostas entendidas como prioritárias no caso de eventual gestão à frente da Câmara dos Deputados, o candidato de Bolsonaro destaca o retorno das atividades do Colégio de Líderes, grupo composto pelos representantes da Maioria, Minoria, dos partidos, dos blocos parlamentares e do governo. A atribuição do colégio é de organizar a pauta das matérias que são votadas em plenário. 

Arthur Lira também cita como fundamental o respeito à proporcionalidade partidária na escolha das relatorias e na ocupação dos cargos comissionados.

Embora este critério seja recorrentemente aplicado na rotina parlamentar, a defesa dele beneficiaria o Partido dos Trabalhadores (PT) com maior número de relatorias, por exemplo, pois a legenda possui a maior bancada da Casa. 

"Transparência nessas pautas é necessária, bem como respeito à proporcionalidade partidária, tanto para ocupação de espaços quanto para nomeação de relatores, independentemente da ideologia", sublinha o postulante do PP.

O discurso destoa do que é defendido pelas fileiras mais fiéis ao presidente, geralmente marcadas pelo caráter fortemente ideológico de atuação.

Na agenda econômica, Lira elenca: PEC Emergencial, reforma administrativa e, depois, a reforma tributária. A lista foi defendida por ele como prioritária já para o primeiro semestre de 2021. Rossi, por sinal, é autor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45, de 2019.

O texto propõe a unificação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), Cofins e  Programa de Integração Social (PIS) em um único tributo cobrado pela União. O Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), de acordo com o que Rossi deseja, teria alíquota de 25%.

Lira advoga formato semelhante de proposta, é simpático à simplificação de impostos, com a ressalva de que o novo sistema tributário não pode incidir sobre o consumo.

Históricos

Líder do centrão, Lira está no terceiro mandato de deputado federal. No Supremo Tribunal Federal (STF), o parlamentar é réu em dois processos, sendo um por corrupção e outro, no âmbito da operação Lava Jato, por organização criminosa.

Em dezembro de 2020 foi inocentado pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) de uma acusação sobre ter liderado esquema de "rachadinhas", quando deputado estadual, entre 2001 e 2007. 

Rossi, segundo a Folha de S. Paulo, já foi citado em investigações sobre fraudes em contratos da Prefeitura de Ribeirão Preto (SP), assim como em delação da companhia JBS. Ele, que preside o MDB nacional, nega qualquer envolvimento nesses casos.

O emedebista está no segundo mandato de deputado em Brasília. Iniciou a vida política em 1993, na Câmara de Vereadores de Ribeirão Preto. Também foi deputado estadual por São Paulo. 

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