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57 obras compõem a 30ª edição do Cine Ceará; a mostra começa neste sábado, 5
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57 obras compõem a 30ª edição do Cine Ceará; a mostra começa neste sábado, 5

30º Cine Ceará apresentará 15 longas e 42 curtas, somadas as mostras competitivas e as exibições paralelas
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 Exibido e premiado no Festival de Veneza em 2019, chileno 'Branco no Branco', de Théo Court, está no 30º Cine Ceará (Foto: divulgação)
Foto: divulgação Exibido e premiado no Festival de Veneza em 2019, chileno 'Branco no Branco', de Théo Court, está no 30º Cine Ceará

Mesmo em um ano em que mais dificuldades se somaram às já difíceis condições de finalizar um filme, o número de obras em competição no Cine Ceará cresceu nesta 30ª edição, em comparação com o ano anterior: somando-se as mostras de longas ibero-americanos, curtas brasileiros e a Olhar do Ceará, o número saltou de 39 para 48. Adicionadas as obras das mostras paralelas, serão 57 filmes disponibilizados pelo festival.

Os sete longas que compõem a mostra competitiva ibero-americana são o brasileiro "A Morte Habita à Noite", de Eduardo Morotó; o argentino "As Boas Intenções", de Ana García Blaya; o brasileiro "Última Cidade", do cearense Victor Furtado; o venezuelano "Era Uma Vez na Venezuela", de Anabel Rodríguez; o brasileiro "Nazinha, Olhai por Nós", de Belisário Franca; o chileno "Branco no Branco", de Théo Court; e a produção espanhola dirigida por cubanas "A Meia Voz", de Heidi Hassan e Patricia Pérez Fernández.

Na avaliação da diretora de programação do evento e curadora de longas Margarita Hernandez, a seleção de 2020 se unifica pela aposta nas vozes e olhares de novas diretoras e diretores. "Uma característica que a mostra tem é que são quase todos primeiros ou segundos filmes selecionados", ressalta Margarita. Somente Belisário Franca, entre cineastas da seleção, já é veterano, ainda que, como a curadora aponta, traga um olhar "muito jovem" e novo na carreira.

Outro destaque é a seleção ser majoritariamente formada por filmes inéditos no País. "Uma coisa que a gente não queria abrir mão era da qualidade. Estamos há vários anos conseguindo fazer uma seleção de longas em estreia, o que acho importante porque nós estamos fora do eixo Rio-SP", destaca. "A gente conseguiu estrear os filmes aqui porque a gente, no cenário internacional, está tendo um lugar. Com nosso prestígio, estamos podendo estrear esses filmes que estão sendo requisitados por outros eventos do Brasil", celebra.

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Neste ano, as mostras sociais, uma das marcas do Cine Ceará, serão exibidas na TVC. O 1º Filme A Gente Nunca Esquece, Melhor Idade e Acessibilidade trazem, respectivamente, os longas recentes "Os Under-Undergrounds", "Violeta al fin" e "Um dia para Susana".

Na Olhar do Ceará, que recebe longas pelo segundo ano consecutivo, estão selecionados os documentários "Swingueira", de Bruno Xavier, Roger Pires, Yargo Gurjão e Felipe de Paula e "Rio de Vozes", de Andrea Santana e Jean-Pierre Duret, que estreiam no Cine Ceará; e os aguardados "Pajeú", híbrido entre ficção e documentário dirigido por Pedro Diógenes, e "Cabeça de Nêgo", ficção de Déo Cardoso.

Dez foi o número total de longas cearenses inscritos em 2020, um a mais que em 2019. Somando os quatro da Olhar do Ceará com "Última Cidade", da competitiva principal, o 30º Cine Ceará exibirá metade dos que se inscreveram. "A tendência é que a mostra cresça não só em tamanho, mas em qualidade. A gente quer mostrar a produção. Não podemos mostrar toda porque não temos agenda, mas eles formam um grupo de filmes representativos", avalia Margarita.

"A gente queria fazer uma festa de 30 anos. Espero que no próximo ano ela possa ser feita mas agora é um baile de máscaras. Apesar de ser um festival reduzido presencialmente, estamos mantendo nosso nível bem, tentando fazer o mais bonito", finaliza a curadora.

Um dos cearenses da mostra brasileira de curtas, 'A Beleza de Rose' é dirigido por Natal Portela
Um dos cearenses da mostra brasileira de curtas, 'A Beleza de Rose' é dirigido por Natal Portela

15 curtas disputam Troféu Samburá

Criado em 1985, o Troféu Samburá - cuja estatueta é assinada pelo artista visual Descartes Gadelha - foi coordenado por 23 anos pelo jornalista Frederico Fontenele, co-criador da comenda, com o crítico de cinema Wilson Baltazar e o cineasta Nirton Venâncio. Retomado desde 2017 pela Fundação Demócrito Rocha (FDR), a premiação concedida pela FDR e pelo Vida&Arte escolherá, neste ano, o melhor filme e a melhor direção entre os 15 curtas da Mostra Brasileira.

Compõem a mostra os cearenses "A beleza de Rose", de Natal Portela, e "Não te amo mais", de Yasmin Gomes; os pernambucanos, "Inabitável", de Matheus Farias e Enock Carvalho, e "A Nave de Mané Socó", de Severino Dadá; o paraibano "Quitéria", de Tiago A Neves; o piauiense "O sal da vida", de Danilo Carvalho; o amazonense "O Barco e O Rio", de Bernardo Ale Abinader; o paranaense "Parabéns a Você", de Andreia Kaláboa; os gaúchos "Magnética", de Marco Arruda, e "Vista para dias nublados", de Ana Luísa Moura; os fluminenses "Nós", de Hugo Moura e Ricardo Burgos, e "O Babado da Toinha", de Sérgio Bloch; e os paulistanos "5 estrelas", de Fernando Sanches, "A volta para casa", de Diego Freitas e "Desaparecido", de Gabriel Calamari.

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"A manutenção do Cine Ceará em 2020, com a consequente a entrega do Samburá, é um dos respiros possíveis vindos do audiovisual em meio a um ano tão difícil para o setor, tanto pelo esvaziamento de políticas públicas como pelo contexto da pandemia", celebra o presidente do júri João Gabriel Tréz, repórter do V&A, crítico do O POVO e membro da Associação Cearense de Críticos de Cinema (Aceccine). Completam a comissão julgadora o jornalista do O POVO e membro da Aceccine André Bloc; o produtor do núcleo de Imagem do O POVO e presidente da Aceccine Arthur Gadelha; a fotógrafa do O POVO Deísa Garcêz; e a jornalista do O POVO Regina Ribeiro.

Além da mostra competitiva, o 30º Cine Ceará ainda traz mais 22 curtas na Olhar do Ceará: "Scelus", de Edmilson Filho; "Pequenas Considerações sobre o Espaço-Tempo", de Michelline Helena; "A Gaiola", de Jaildo Oliveira; "Aqui é Flamengo" e "Futebol para Todos", de Rafael Luiz Azevedo; "A fome que devora o coração", de Raiane Ferreira; "Aqui entre nós", de Alexia Holanda e Daniel Sobral; "Noite de Seresta", de Sávio Fernandes e Muniz Filho; "Cacau", de Tom Martins; "Cidade Pacata", de Ezequias Andrade; "Santa Mãe", de Thiago Barbosa; "Todos Nós Moramos na Rua", de Marcus Antonius Melo; "Terceiro Dia", de Jéssica Queiroz; "Plástico", de João Paulo Duarte; "A Retirante", de Débora Ingrid e Henrique Oliveira; "Doce Veneno", de Waleska Santiago; "Luna e Sol", de Dado Fernandes; "Movimento", de Lucas Tomaz Neves; "O Prisma", de Augusto Cesar dos Santos; "Quando Vier a Primavera, Se Eu Já Estiver Morto....", de Robson Lima; "Ser Tão Nossa", de Antônio Fargoni; e "Sombra do Tempo", de Naiana Magalhães.

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