Uma chama acende a esperança dos fãs de Chaves e Chapolin. Após o fim da transmissão das obras de Roberto Bolaños pelo canal Televisa em toda a América Latina em agosto, o filho do ator e diretor, que morreu em 2014, anunciou que pretende realizar uma live-action de "Chapolin Colorado" e uma série inédita, com manuscritos do pai e que nunca foram ao ar, de histórias paralelas de Chaves.
"Estamos trabalhando paralelamente em um filme de ação. Faz pouco tempo que pensamos nisso. Temos que fazer todo um processo que tem a ver com o tamanho do que pode ser feito. O orçamento é uma limitação monstruosa", declarou Roberto Gómez Fernández, em entrevista à revista GQ.
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O filho de Bolaños tem consciência de que uma grande produção exige milhões de dólares. "Não temos certeza se podemos fazer um filme de super-herói americano que custa 20 milhões de dólares, mas algo que tem uma produção de primeira qualidade", declarou. Na obra de Bolaños, super-heróis como o Polegar Vermelho e o americano Super-Sam, conhecido pelo bordão "time is money" e que carregava uma bolsa de pano aparentemente com dinheiro, sempre foram "modestos".
A ideia de Fernández agora é fazer uma live-action de Chapolin, com atores reais e conhecidos do grande público, inclusive em território americano: "Tem que haver um espectro de reconhecimento muito importante, que ele seja conhecido nos Estados Unidos ou que seja um desconhecido, mas que a representação do personagem seja ótima. Não é fácil".
Em 2020, o personagem completou 50 anos de vida e houve o lançamento de diversos produtos com a marca. Em agosto deste ano, as obras de Roberto Bolaños tiveram exibição cancelada pela Televisa. Segundo informações da imprensa mexicana, a família do ator e o canal não chegaram a um acordo sobre os direitos da série.
Em 2021, o seriado "Chaves" completará 50 anos - para a agonia dos "chavesmaníacos", fora do ar. Porém, Gómez Fernández planeja um spin-off. Na visão do filho de Bolaños, os programas originais são intocáveis e o Grupo Chespirito já está analisando formas de continuar contando histórias da Vila. "Existem outras possibilidades de mudar. Tem uma história que nunca apareceu na televisão: de onde veio o cara (Chaves). Ele (Bolaños) publicou em livro ("El Diario de El Chavo") e também tem a visão dos diferentes personagens que estão no bairro", disse.
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Imagine conhecer a história de onde veio, afinal, o menino Chaves, do número 8? Acompanhar como era a vida de Dona Florinda quando o pai de Quico ainda era vivo? Ou imaginar a Bruxa do 71, ou melhor, Dona Clotilde, quando era jovem? As possibilidades são inúmeras e causam entusiasmo só de pensar. No entanto, Gómez Fernández não deu mais detalhes sobre como seria a nova série. "Temos algumas ideias sendo revisadas, nada específico", concluiu. (Camila Tuchlinski/ Ag. Estado)