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Primeira série brasileira de ação policial da Netflix, "DNA do Crime" se inspira em casos reais
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Primeira série brasileira de ação policial da Netflix, "DNA do Crime" se inspira em casos reais

Estrelada por Maeve Jinkings e Rômulo Braga, primeira série brasileira de ação policial da Netflix investiga assaltos na fronteira do País
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Primeira série de ação policial brasileira da Netflix,
Foto: Guilherme Leporace e Alisson Louback/Divulgação Primeira série de ação policial brasileira da Netflix, "DNA do Crime" é estrelada por Maeve Jinkins (Suellen) e Rômulo Braga (Benício)

No Paraguai, uma seguradora de valores é vítima de um assalto de grandes proporções. Criminosos com alto poder de fogo conseguem roubar o dinheiro que autoridades julgavam estar seguro de qualquer tentativa de apropriação indevida. O que parecia ser somente um caso isolado, entretanto, se revela um crime muito mais complexo.

Ao investigarem o ocorrido a partir da trilha de amostras de DNA coletadas, policiais federais da delegacia de Foz do Iguaçu descobrem não apenas que o assalto no país da fronteira está relacionado a outros crimes recentes, mas que um roubo ainda maior está por vir envolvendo bandidos de Brasil e Paraguai.

Esse é o enredo principal de “DNA do Crime”, a primeira série brasileira de ação policial da Netflix. Com oito episódios e estrelada por Maeve Jinkings (“Os Outros”) e Rômulo Braga (“Rota 66"), a produção estreia nesta terça-feira, 14. A trama investe em peso em cenas de ação e efeitos especiais e é inspirada em crimes reais.

Em 2017, o Paraguai viu o maior assalto de sua história acontecer na Ciudad del Este. Aproximadamente 40 criminosos roubaram mais de US$ 11,7 milhões de uma transportadora de valores. Investigações conjuntas entre a Polícia Nacional paraguaia e a Polícia Federal (PF) apontaram que o crime teve envolvimento de brasileiros. Na época, a PF conseguiu identificar o DNA de diversos suspeitos e conectá-los à participação de outros roubos.

“DNA do Crime”, então, aborda diferentes faces de um processo de investigação a partir dos policiais federais Benício (Rômulo Braga) e Suellen (Maeve Jinkings). De um lado, são apresentadas a tecnicidade e o uso da ciência forense para conduzir as buscas, isso em meio às complexidades vividas pelos protagonistas, que enfrentam dilemas pessoais e familiares durante as investigações.

Na outra vertente, o espectador acompanha como criminosos, como o personagem Sem Alma (Thomás Aquino), desenvolvem métodos sofisticados de planejamento de assaltos, domínios de cidades e operações que demandam milhões de dólares. A criação e direção geral da série é de Heitor Dhalia, com roteiro de Bernardo Barcellos e Bruno Passeri.

“Em alguns momentos da nossa filmagem, especialmente em cenas de ação, eu me dava conta de que nunca tinha filmado, eu acho, com tanta câmera ao meu redor. Às vezes eram muitas câmeras simultâneas”, revela Maeve. Rômulo concorda com a fala e acrescenta que o cuidado precisou ser ainda maior pela complexidade das cenas (com movimentações de carros, por exemplo) e dos personagens.

"DNA do Crime", da Netflix, investiga assaltos a partir de rastros de DNA(Foto: Netflix/Divulgação)
Foto: Netflix/Divulgação "DNA do Crime", da Netflix, investiga assaltos a partir de rastros de DNA

Para a obra, os atores precisaram passar por diversos treinamentos, como de movimentação tática. Houve conversas com policiais e estudo aprofundado dos personagens - em um processo de preparação “muito vigoroso, intenso e contínuo”, segundo Braga.

“Costumo dizer que o processo preparatório, em todos os sentidos e instâncias desses personagens, se deu desde a primeira leitura do roteiro, nas primeiras conversas, até o último dia de filmagem. Então, foi um projeto muito vivo nesse sentido”, indica o ator. Maeve complementa e afirma que de certa forma a preparação também foi assustadora, com a proximidade do contato com armas.

Ao mesmo tempo, foi uma forma de “cair uma série de preconceitos” ao longo do estudo do personagem - e a série amplia abordagens como as dificuldades vividas por uma policial mulher “em um ambiente majoritariamente e historicamente masculino”. Além disso, exalta o destaque para o cuidado com a saúde mental.

“Acho incrível que uma série colocar também sobre o tabuleiro e de alguma maneira pincelar no meio de um monte de cenas de ação a saúde mental do personagem do Benício, por exemplo. Eu acho incrível porque é um tema muito relevante e com números alarmantes dentro das discussões de segurança pública no Brasil”, elenca Maeve.

A interação entre os protagonistas também é algo que se acentua ao longo da série, entre diferenças e semelhanças, como afirma Maeve: “O que eles acrescentam ao trabalho um do outro é que eles estabelecem uma relação de confiança e de cumplicidade. A gente pôde entender que um ambiente desse é muito traiçoeiro, porque você está lidando com uma dimensão de poder e de ameaça à sua vida de uma maneira que nenhum de nós consegue dimensionar”, reflete.

Ela acrescenta: “Qualquer tipo de traição, informação vazada ou de erro de análise pode custar simplesmente a sua vida. Então, você confia em pouca gente. Eu acho que a série mostra isso. Mesmo dentro da equipe deles, eles têm que ter muito cuidado com isso e com como eles lidam com todas as informações”.

DNA do Crime

  • Quando: a partir de terça-feira, 14
  • Onde: Netflix

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