No dia 19 de fevereiro de 2021, o prefeito José Sarto (PDT) completa 50 dias à frente do Poder Executivo de Fortaleza. Ele recebeu uma Cidade já com muitas obras em andamento e trabalhos por concluir. Os canteiros de obras para a construção e reforma de equipamentos públicos são uma constante na paisagem da Capital herdada pelo atual prefeito do antecessor.
Prefeito José Sarto completa 50 dias no poder municipal com mais de 200 obras em andamento, legado do ex-prefeito Roberto Cláudio
Em dezembro de 2020, na última reunião do secretariado da gestão de Roberto Cláudio (PDT), a então secretária da Infraestrutura de Fortaleza, Manuela Nogueira, informou que, em oito anos de mandato do ex-prefeito, foram realizadas 501 obras em todas as áreas da Cidade. “Outras 264 outras intervenções seguirão em andamento”, afirmou.
Conforme a Prefeitura, para o primeiro semestre de 2021, estão previstas inaugurações de novas Escolas de Tempo Integral, creches e Escolas Areninhas, além da entrega da requalificação de unidades escolares. Na área da saúde, a previsão é de um novo Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Infantil, reforma de postos de saúde e entrega da primeira etapa do Gonzaguinha do José Walter, além de conclusão do centro cirúrgico e da emergência do Frotinha de Messejana.
Está prevista ainda para os primeiros meses de 2021 a “inauguração do Cuca do Pici, de 10 Células de Proteção Comunitária, da urbanização de lagoas, da requalificação de vias e de mini terminais de ônibus”, conforme projetou a ex-secretária, que no governo Sarto foi para a Coordenadoria Especial de Programas Integrados . Em meio às intervenções previstas estão a avenida Desembargador Moreira, a Cidade das Crianças (Parque da Liberdade) e a Praça Coração de Jesus.
Previsto para julho de 2020, o quinto Centro Urbano de Cultura, Arte, Ciência e Esporte (Cuca) de Fortaleza começou a ser construído em 2018 e tinha previsão de seguir por 18 meses. Semelhante aos outros Cucas, o projeto indica quadras esportivas, piscinas, teatro, anfiteatro e salas para aulas. Ao todo, a obras tem área construída superior a 16 mil m² e está orçada em R$ 26,4 milhões. O indicativo da Prefeitura é de que 70% da construção está concluído e o equipamento deve ser entregue em junho de 2021.
O novo equipamento será construído no terreno atrás do atual hospital. Ao todo, o espaço possui 12.418 m², dos quais 6.000 m² serão de área construída. O novo Gonzaguinha deverá contar com 154 novos leitos, centro cirúrgico, Centro de Parto Normal, urgência obstétrica, internação conjunta, internação clínica e atuará na saúde materno-infantil e clínica médica, com leitos psicossociais, além dos atendimentos de emergência.
A ordem de serviço para a construção do novo Hospital Distrital Gonzaga Mota do bairro José Walter (Gonzaguinha do José Walter) foi assinada em 27 de junho de 2020. Em abril, a Prefeitura havia publicado o edital de licitação da obra, segundo o qual deverão ser investidos R$ 24,3 milhões. Ainda segundo o documento, a obra deverá ser executada no período de nove meses a partir do recebimento da ordem de serviço. Segundo esse prazo, a unidade deve ser entregue entre março e abril de 2021.
A obra tem investimento de R$ 2,8 milhões e começou pelo setor de urgência e emergência em Clínica Médica ainda em 2019. O centro cirúrgico, que foi construído em março de 1978, deve ampliar sua capacidade instalada em até 50% no que se refere à Traumatologia e Cirurgia Geral.
Em setembro de 2020, teve início a quarta fase de requalificação do setor de urgência e emergência do Hospital Distrital Edmilson Barros, o Frotinha de Messejana. A Prefeitura prevê entrega de toda a obra para o primeiro semestre de 2021.
A obra teve início em dezembro de 2019. Com investimento de R$ 8,8 milhões, tinha previsão de levar 12 meses. Atualmente, o trecho entre as avenidas Senador Fernandes Távora e Domingos Olímpio está recebendo cerca de 6 km de nova infraestrutura cicloviária, pavimentação em concreto nos pontos de ônibus, recape e nova sinalização.
Também está prevista a revitalização da faixa exclusiva para o transporte coletivo, a implantação de semáforos, o fechamento de retornos e redução da velocidade máxima para 50 km/h. Ao final das obras, a via deverá contra ainda com um novo sistema de drenagem, por meio da construção de bocas de lobo e galeria nos pontos críticos de alagamento, como nos cruzamentos com a avenida Senador Fernandes Távora e com ruas Mozart Firmeza e Mario Silveira.
Iniciada em agosto de 2018, a construção da nova avenida Beira Mar tem valor de contrato de R$ 47 milhões e abrange 66.704,38 metros quadrados. Em setembro de 2020, 80% da requalificação urbana da área estavam completos. Desde então a obra seguiu e grande parte da estrutura viária está concluída, incluindo calçadão e ciclovia.
Entretanto, o projeto completo ainda segue em andamento. A nova configuração da feirinha de artesanatos, uma pista de skate e três guarderias para embarcações devem sair do papel. Além disso, o projeto prevê 55 quiosques a serem construídos em toda a infraestrutura da avenida.
A conclusão das obras de revitalização da Beira-Mar está no orçamento de 2021 da Prefeitura de Fortaleza.
Com recurso de R$ 25 milhões, as intervenções visam o alargamento e a reurbanização de 2,5 quilômetros da avenida Sargento Hermínio, desde a rua Padre Anchieta até a rua Olavo Bilac. Serão instaladas novas calçadas, canteiro central, drenagem, iluminação, e pavimentação.
A obra foi concluída em trecho de um quilômetro: entre a avenida José Jatahy e a rua Padre Anchieta; e entre a rua Olavo Bilac e a avenida Doutor Theberge, cuja conclusão permitiu o acesso ao Shopping RioMar Kennedy. Em toda a extensão da obra, passam diariamente uma média de 17 mil carros, de acordo com estimativa da gestão municipal.
As intervenções, que foram anunciadas em janeiro de 2020 pela Prefeitura, só puderam ser iniciadas em junho devido à pandemia de Covid-19. As obras devem durar cerca de um ano e contam com o recurso de R$ 8,4 milhões.
A requalificação foi objeto de um concurso público entre profissionais de arquitetura, do qual saiu vencedor o escritório de Iury Nobre. O projeto visa a urbanização de todo o equipamento, como também a conservação e o restauro de edificações, esculturas e monumentos históricos.
Com cerca de 10 mil metros quadrados, a praça receberá novo terminal aberto de ônibus, com novas plataformas e pavimentação, localizado na rua Solón Pinheiro. O projeto também prevê a criação de um corredor cultural na rua Jaime Benévolo.
A obra teve início em agosto de 2020 e tem previsão de seguir por 12 meses. São cerca de 33 mil m² de área a serem contemplados entre a rua José Roberto Sales e as avenidas José Lima Verde e Ulisses Guimarães.
Estão inclusas a implementação de quadras de areia, pavimentação, projetos paisagísticos e quiosques. O projeto ainda prevê bicicletários, vagas de estacionamento e a revitalização da Praça Santiago, conhecida como o Marco Zero de Fortaleza. Ao todo R$ 7,8 milhões devem ser investidos.
A obra, que passou por duas gestões municipais desde 1997, não tinha intervenções desde 2013 em meio a questões de desapropriação e processos de indenização.
Os dois primeiros trechos da 1ª etapa do Parque Rachel de Queiroz, que compreendem a Praça Manoel Dias Macêdo, o açude João Lopes e a rua Catarina Labouré, foram entregues em 2020. O investimento foi de aproximadamente R$ 3 milhões.
Já os trechos 5 e 6, que também fazem parte da 1ª etapa e compreendem a área na avenida Governador Parsifal Barroso, têm previsão de término para o primeiro semestre de 2021. O projeto teve início em março de 2020.
A requalificação, coordenada pela Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), faz parte do Programa Fortaleza Cidade Sustentável (FCS), que visa a integração dos ambientes natural e construído da Cidade.
Localizado entre a rua Tavares Coutinho e a avenida Abolição, o equipamento contará com mais 97 mil m² de área urbanizada, incluindo espaços de lazer e bem estar, além de 53 mil m² de área verde. A obra teve ordem de serviço assinada em agosto passado e está orçada em cerca de R$ 20 milhões.
O trecho compreendido entre a avenida Álvaro Correia e a rua João Arruda, no Mucuripe, tinha previsão de entrega para dezembro de 2020. Já ações como tratamento da água e a criação de um muro de contenção, também conhecido como gabião, têm prazo para entrega até o fim da obra, em fevereiro de 2022.
Iniciado em agosto de 2020, o projeto envolve um novo calçadão, passeios internos, cercamento do entorno, nova iluminação e um píer com guarda-corpo sobre a Lagoa do Passaré. O projeto contempla, ainda, a instalação de uma Areninha, academias ao ar livre, paisagismo, mobiliários urbanos e estacionamentos internos nas duas entradas de acesso ao Parque.
De acordo com a Prefeitura, Atualmente, as equipes trabalham na construção de muretas em concreto e instalação dos gradis verdes que serão responsáveis pelo cercamento do parque. Além da Lagoa do Passaré, a área abrange o Zoológico Municipal Sargento Prata e o Horto Florestal Falconete Fialho. Com investimento de R$ 9 milhões, as obras têm conclusão prevista para o segundo semestre deste ano.
Desde a primeira semana do ano, O POVO entrou em contato com a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinf) a fim de obter informações sobre os planos do atual secretário quanto às obras em andamento, bem como requer dados atualizados sobre o quantitativo de intervenções e o andamento das principais obras a serem entregues. O contato foi reforçado na semana passada. A pasta não respondeu até a publicação deste texto.