Nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, Rebeca Andrade, a maior medalhista olímpica da história do Brasil, chamou a atenção do mundo inteiro não apenas pelo alto desempenho, mas pela leveza emocional em meio à pressão que enfrentava. Durante uma entrevista, a ginasta revelou estar tão tranquila antes de competir que pensava nas receitas que faria ao voltar para casa.
O segredo? Terapia, como ela mesma enfatizou nas várias ocasiões em que mencionou Aline Arias Wolff, psicóloga do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e peça-chave na preparação para essa e outras competições na vida da jovem multimedalhista.
“Minha preparação foi na conversa. Converso muito com minha psicóloga. Estou muito feliz que deu tudo certo e sou muito grata à Aline por essas conquistas”, declarou Rebeca após uma performance histórica em Paris.
No auge da carreira, a ginasta demonstra ser bastante ligada às questões emocionais que podem acompanhar um atleta e trazer pensamentos limitantes relacionados às frustrações, autocobranças e gatilhos que, se não tratados, podem destruir uma carreira profissional.
Hoje com 25 anos, Rebeca iniciou o acompanhamento psicológico com Aline aos 13 e seu encontro com essa ciência e profissão foi tão potente que, além de ser um orgulho nacional na ginástica, ela também passou a ser estudante de Psicologia.
Sempre que tem oportunidade, a campeã olímpica fala sobre a importância do acompanhamento psicoterapêutico em seu desenvolvimento no esporte e na própria vida pessoal.
“A psicologia me transformou nessa atleta e nesse ser humano que eu sou hoje. Se não fosse a psicologia, muitas coisas que aprendi a respeitar dentro de mim não teriam sido respeitadas. Talvez eu nem conseguisse reconhecer a Rebeca mesmo, não a Rebeca Andrade que todo mundo conhece. Eu realmente amo muito essa profissão e espero me formar e poder ajudar outras pessoas também”, disse.
Medalhar em uma edição de Olimpíada é o ponto máximo da carreira de um atleta olímpico. A trajetória do esportista é cercada de cobranças por resultados em um ambiente de alta competitividade que pode desencadear problemas psicológicos.
Por isso o fator psicológico no esporte é apontado como motivo de queda de rendimento e até mesmo de pausas em carreiras, como aconteceu recentemente com a americana Simone Biles.
Em Tóquio-2020, a principal disputa que a ginasta mais condecorada de todos os tempos travava era consigo mesma — e o passo atrás que serviu de impulso para saltos mais firmes mostrou que, para ela, o bem-estar da mente vale mais que ouro.
Dentro dos relatos de Biles e Rebeca sobre esse assunto, fica evidente a necessidade do profissional de saúde mental especializado em esportes dentro dos clubes, para auxiliar atletas e equipe técnica no gerenciamento das emoções e sentimentos dentro de um universo bombardeado por elevadas pressões externas e internas.
Isso porque existe o peso gigantesco de todo um país que cobra e espera resultados, além da cobrança da família e a própria cobrança pessoal que, juntas, reforçam o imaginário de que o competidor tem a possibilidade se virar um herói de seu estado ou de sua nação.
Todo esse contexto cria um verdadeiro caldeirão de ansiedade e estresse que é intensificado em grandes disputas. É nessa hora que o controle emocional entra em ação para regular as emoções e fazer com que o nervosismo, o controle do ego, o aplacamento da fúria e da raiva não afetem o psicológico dos atletas.
A saúde mental é um aspecto crítico para o resultado esportivo e sua manutenção a longo prazo.
Os atletas que cuidam de sua saúde mental têm maior probabilidade de alcançar um desempenho de excelência, além de serem capazes de mantê-lo por mais tempo.
Além disso, atletas que têm boa saúde mental são mais propensos a se recuperar de lesões e a manter o desempenho consistente ao longo do tempo.
Eles têm maior probabilidade de tomar decisões saudáveis e manter um estilo de vida equilibrado — o que inclui alimentação adequada, descanso e sono suficientes.
Para fundamentar o trabalho de especialistas no auxílio a esses esportistas, a
Os trabalhos precursores dessa área datam do final do século 19 e início do século 20.
Desde então, avanços ocorreram e esse tema passou a compor as ciências esportivas, além de emergir como uma das áreas de suma importância para a performance esportiva.
No Brasil, a inserção da psicologia do esporte teve início no ano de 1958, quando João Carvalhaes acompanhou a Seleção Brasileira de Futebol. A partir de então, progressos e retrocessos podem ser destacados.
A ampliação das áreas de atuação do profissional, que hoje não se restringe somente ao esporte de alto rendimento, mas engloba o esporte recreativo (praticantes de atividade física), o esporte educacional (norteado por princípios socioeducativos) e o esporte de reabilitação (voltado aos atletas lesionados e às pessoas com necessidades especiais), já é um avanço em direção ao desenvolvimento.
Mas engana-se quem pensa que o profissional de saúde mental precisa estar presente apenas no momento das competições.
O ideal é que esse acompanhamento seja contínuo e que a terapia faça parte do dia a dia dos atletas, dentro ou fora do ambiente de esportes, auxiliando a minimizar medo, tensão, angústia e projeções de frustrações pessoais na disputa.
Engana-se, também, quem pensa que essa regulação emocional só é necessária no meio esportivo: essa mudança de paradigma tem reflexos fora do esporte.
A busca pela alta performance e pela superação de desafios, algo comum no esporte, pode ser aplicada em diversas áreas da vida.
A segurança psicológica é importante para qualquer performance, seja ela dentro de uma quadra ou de um escritório.
A melhora do desempenho é algo que interessa a qualquer pessoa, seja para melhorar o rendimento no trabalho, conseguir aderir a uma prática de exercícios, falar um novo idioma, empreender ou conciliar a maternidade e paternidade com a carreira, entre diversas outras possibilidades.
No imaginário popular, ao pensar em atletas de alta performance, a tendência é achar que são super-humanos e o que fazem não é para a maioria das pessoas.
Mas o atleta, assim como a maioria das pessoas, sente, pensa em desistir, precisa de ajuda, não sabe muitas coisas. E, da mesma forma, tal como a maioria das pessoas, também tem características que desenvolve ao longo da vida e que vão além da inteligência técnica.
É o que assegura Aline Arias Wolff, coordenadora de preparação mental oficial do COB desde 2013.
Antes de assumir a função, ela já era preparadora de Rebeca Andrade no Clube de Regatas do Flamengo (RJ). Hoje ela ministra cursos e palestras onde ensina como a preparação mental é tão crucial quanto a física.
Para a psicóloga, que também escreveu o livro “Pensamento campeão: um guia de psicologia do esporte baseado na terapia cognitivo-comportamental”, os princípios da psicologia do esporte podem ajudar qualquer pessoa a melhorar seu desempenho em atividades cotidianas, seja no trabalho, nos estudos ou nas relações pessoais.
Ao O POVO+, Aline Wolff explica que o Comitê Olímpico do Brasil tem se preocupado cada vez mais com o bem-estar psicológico dos atletas e que essa pauta, antes vista como um tabu, tem se tornado parte central na rotina esportiva — mas está para além dela. Acompanhe a entrevista na íntegra a seguir.
O POVO+ — Gostaria que começasse contando um pouco de sua trajetória até se tornar psicóloga do COB. Em que momento da carreira decidiu que iria trabalhar no meio esportivo e quando se especializou para atuar com atletas de alto rendimento? Quais foram ou são suas principais referências nesse meio?
Aline Wolff — Eu fiz essa escolha muito cedo na minha vida. Quando comecei a faculdade, em 2001, eu cursava ao mesmo tempo Educação Física e Psicologia.
Então, eu já sabia que queria ser psicóloga. Mas eu tinha um encantamento, um fascínio por essa capacidade que os atletas têm de superar o que está posto e recriar um novo parâmetro, recriar um novo padrão. Eu via uma conexão total entre esses dois campos de conhecimento.
Muito embora eu soubesse que queria ser psicóloga, todo o tempo que eu fiz de Educação Física me fez compreender muito melhor o universo do esporte, o universo do alto rendimento e empatizar melhor com o que realmente o atleta vive.
No início, não tinha nada, não tinha um espaço na graduação, não tinha uma disciplina, não tinha um curso. Eu comprava livros dos Estados Unidos. Logo depois que me formei, fui sozinha para um congresso também nos Estados Unidos.
Eu era a única brasileira buscando fazer conexões. Então, acho que foi um início muito autodidata. Tive a sorte de ter colegas que se interessaram pelo assunto. E uma professora, que fez uma grande diferença na minha formação, criou um grupo de estudo em psicologia do esporte na PUC do Rio Grande do Sul, onde eu estudava.
Lá eu comecei a estudar com meus colegas, buscar textos de fora, importar livros para gente ir começando essa caminhada. E, desde lá, eu nunca parei. Fiz mestrado e doutorado pesquisando psicologia do esporte. E investi muito em formação clínica, que é fundamental na metodologia que eu uso hoje.
Então, minha primeira referência com certeza foi essa professora. As minhas referências não são distantes, são próximas. Depois dela, tive a oportunidade de ser orientada pela Dra. Lúcia Novaes, que topou pesquisar dentro de um departamento de clínica a psicologia do esporte.
O que fez muita diferença em quem sou hoje, no nível de rigor e entrega de meus estudos. Ela é ainda uma pessoa que eu admiro muito, me inspira.
Mais tarde, minha amiga sócia Sônia Leall, com quem eu divido o meu curso, é uma pessoa que eu tenho muita afinidade. Ela é mais velha que eu, chegou na frente. Então também sempre foi uma fonte de troca, aprendizado e inspiração.
OP+ — Além de você, quantos outros profissionais atuam a serviço da preparação mental para atletas do COB e como vocês se dividem nesse trabalho?
Aline — Hoje a gente tem dois profissionais funcionários do COB, eu e o coordenador que é o Edu Filo. E mais 17 profissionais autônomos que estão dentro da nossa equipe e prestam serviços para diferentes atletas alvos do comitê olímpico.
Então, a divisão começa pela demanda, filtra essa demanda, entende qual pessoa tem perfil para atender, troca isso internamente, e decidimos juntos, de acordo com perfil profissional versus perfil do atleta, como se dará todo o trabalho.
O COB é uma instituição que tenho a felicidade em fazer parte e, desde muito tempo, eu participo do crescimento e da preocupação do COB com saúde mental e serviço de psicologia. E eu posso dizer, por participar desse processo desde a gênese da área, que essa é uma instituição que coloca a saúde mental num lugar muito importante e igual a todas as outras áreas.
Temos, dentro do COB, um cuidado central com saúde mental e muitos investimentos nesse sentido. Isso é um ponto muito importante, porque estamos falando da maior instituição esportiva deste País que está investindo e, por conta disso, proporcionando o acesso dos atletas a serviços de altíssima qualidade.
OP+ — Você é a psicóloga mais aclamada dos últimos tempos, principalmente após o sucesso da Rebeca Andrade em Paris-2024. Além disso, a saúde mental subiu ao pódio junto de muitos e muitas atletas, que fizeram questão de mencionar a importância da preparação e do equilíbrio entre corpo e mente para participar dessa competição tão importante. Como você vê a relevância da psicologia no esporte de alto rendimento e como enxerga a evolução desse tema ao longo dos anos? Essa discussão tem se refletido na preparação dos atletas para lidarem com a pressão e as expectativas?
Aline — É muito legal quando vemos o resultado desse investimento. Ao ver atletas felizes, independente de medalhas e pódios, e trazendo um discurso que reforça o esporte e incentiva as pessoas a praticá-los, é muito gratificante. Porque o esporte precisa ser sustentável em um mundo que está cada vez mais sedentário.
Bom, nunca se falou tanto em saúde mental como se fala hoje. Essa preocupação e esse cuidado com saúde mental, para mim, não é novo; porque eu sou uma profissional de saúde mental que acompanha isso há muitos anos e sempre foi meu alvo no esporte e fora dele.
Mas eu percebo que a gente precisou viver uma pandemia, precisou que o burnout entrasse dentro da lista de problemas mais comuns da OMS, para a gente começar a entender que saúde mental é condição para que qualquer outra coisa aconteça.
E eu falo isso para o esporte e fora dele: todas as pessoas precisam ter saúde mental para conseguir funcionar. Para conseguir entregar o que é importante para elas. Eu gosto de trazer esse recorte amplo. Porque, muitas vezes, parece que o atleta fica num lugar muito especial, muito diferente, muito heroico.
OP+ — A Rebeca mencionou várias vezes a importância da psicologia em sua carreira. Como você avalia o impacto direto do seu trabalho na performance dela e de outros atletas?
Aline — Na verdade, o atleta é de carne osso como todos nós. Então o que se aplica a ele, se aplica às demais pessoas também. Quando a gente vê grandes atletas, atletas multi medalhistas, dizendo que “eu quebro, eu adoeço e eu preciso de ajuda”, se desconstrói esse mito do herói. Isso, de certa forma, aproxima esses atletas da realidade de muitas outras pessoas.
Saúde mental é uma tônica atual porque a coisa ficou muito feia. O nível de adoecimento ficou muito forte. Os problemas ficaram tão graves a ponto de fazer as pessoas pararem. Isso acontece. Se formos ver o nível de absenteísmo nas empresas por conta de saúde mental, os números são imensos.
Tudo que a gente fala sobre saúde mental para os atletas e quanto esse acompanhamento é fundamental para que tenham um desempenho, permaneçam tendo bons resultados e sustentem essa performance, se aplica para todas as pessoas.
"A gente precisou viver uma pandemia, precisou que o burnout entrasse dentro da lista de problemas mais comuns da OMS, para começar a entender que saúde mental é condição para que qualquer outra coisa aconteça.
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Então eu gosto de convidar a todos a se colocarem no mesmo “bolo”. Estamos todos pressionados a entregar cada vez mais. Expostos a discursos extremamente tóxicos que dizem “só depende de ti”, e nisso muitas pessoas adoecem.
Quando isso acontece, as pessoas percebem que precisam se cuidar para que continuem funcionando, produzindo e daí sim alcançar seus objetivos.
Então o aspecto emocional e a saúde mental é um aspecto da experiência humana. Nada não passa pela nossa mente. Por isso, a importância disso é central. Não é minha opinião. É sobre como é a essência do ser humano.
OP+ — Com a crescente importância dada à saúde mental de maneira geral, como você observa a contribuição dessas Olimpíadas para a sociedade, principalmente com a projeção que as falas de atletas como a Rebeca alcançaram? A partir disso, que lições do esporte podem ser aplicadas para melhorar o bem-estar mental de pessoas comuns em suas vidas e carreiras?
Aline — O esporte tem uma potencialidade de transferência para muitas áreas. E o evento Olímpico é o maior evento do mundo. Fiquei muito feliz da edição de Paris ter tido essa tônica. Duas tônicas importantes: a de saúde mental e a participação das mulheres.
Dois discursos que eu acho muito importantes para nossa sociedade e que são inspiradores. Eu vejo que, quando alguém vê a Rebeca Andrade feliz conquistando o maior feito olímpico do nosso País e dizendo “estou inteira, leve e me cuidei praticamente a vida inteira para isso”, esse discurso passa uma mensagem muito direta para as pessoas.
Que inspira as pessoas a pensarem “se eu cuidar disso, eu posso também construir esse caminho e conquistar meus objetivos”. É um convite, uma mensagem que convida as pessoas a investirem nelas mesmas. Convida as pessoas a não abrirem mão da sua felicidade para conquistar o que for. As empresas precisam dar ouvidos a essa mensagem.
OP+ — Você demonstra que o modelo de “sangue, suor e lágrimas” está caindo em desuso. Pode explicar mais sobre essa mudança de paradigma e como ela afeta tanto o esporte quanto outras áreas? Na sua avaliação, discutir e criar políticas de promoção e prevenção da saúde mental no contexto do esporte pode ajudar a desmistificar a ideia de que atletas são máquinas, e não pessoas?
Aline — Minha experiência clínica com várias pessoas do mercado corporativo e com pessoas que não têm essa experiência mostra que o trabalho vira um lugar onde contam as horas para acabar a semana. Surge, então, o pensamento: quando eu vou conseguir guardar meu dinheiro para poder fazer outro trabalho?
Isso me entristece sempre. Porque, na maior parte do tempo da vida, as pessoas estão envolvidas naquele lugar, naquela instituição. E esses pensamentos e sentimentos podem ser diferentes. É possível transformar a relação de como entendemos o processo de desempenho e performance. Por que a gente ainda entende que tem que sofrer para conquistar algo?
"Por que a gente ainda entende que tem que sofrer para conquistar algo? Desmistificar esse pensamento de que toda conquista exige sofrimento é muito importante."
Iniciativas no sentido de desmistificação desse pensamento de que toda conquista exige sofrimento são muito importantes. E a gente aplica essas ações dentro do COB. Aumentamos a educação sobre o que é saúde mental e sobre o que não é. Não é sobre colocar embaixo do braço e dizer não se esforça, não é isso. É sobre dar condições para que esse esforço aconteça de maneira saudável e preservada.
OP+ — Além de sua atuação no COB, você também tem se dedicado à formação de outros profissionais por meio de cursos e palestras. Como sua experiência prática no esporte de alto rendimento tem contribuído para essas formações? O que você sente ao compartilhar esse conhecimento adquirido ao longo de sua caminhada?
Aline — Me engajo demais a ensinar e a dividir todas as lições preciosas que o esporte traz para vários campos de atuação. Seja para formação de psicólogos que já estão fazendo a mesma coisa que eu faço, seja para o desenvolvimento de pessoas que também precisam performar e muitas vezes não têm os recursos necessários para isso.
OP+ — Como você vê o futuro da psicologia do esporte no Brasil e no mundo? Quais são os próximos passos para solidificar ainda mais essa área e garantir que os atletas recebam o suporte necessário?
Aline — Essas iniciativas não podem ficar restritas ao esporte. Elas precisam estar em todos os lugares. Inclusive dentro das organizações, dentro das escolas, a gente precisa educar a população como um todo. Porque isso, a longo prazo, é um plano preventivo.
Essa educação precisa existir para as pessoas saberem diferenciar o que é estar triste e deprimido. E, a partir dessa conscientização, promover locais saudáveis. Um papel fundamental das lideranças é de como promover esses espaços mentalmente saudáveis.
Um ambiente seguro, em que as pessoas possam se desenvolver plenamente com lugares para o seu desenvolvimento mental. Se a gente não pensar nisso, não criar políticas específicas para isso, chegamos a um “enxugar gelo” na ponta. E aí acabamos falhando na prevenção e promoção.
OP+ — Quando se olha para essa discussão em torno das questões de saúde mental, como metas, pressão, tempo, entregas, prazos e etc., há que se comparar que o ambiente corporativo ainda não alcançou esse nível de preocupação a ponto de assegurar equipes de psicologia dentro de empresas e/ou organizações. Na sua opinião, o que ainda falta ou o que é preciso para inserir esse corpo profissional no meio corporativo e conscientizar gestores sobre a sua importância?
Aline — Eu gosto muito do desenvolvimento de lideranças para o mercado corporativo. Quero plantar essa semente que eu acredito muito. Quando vou até o mercado corporativo e vejo pessoas pressionadas a fazerem entregas semanais, penso em quanto o universo do esporte pode ajudar muito nesse sentido.
Porque a entrega e pressão no esporte é diária e muito tangível. Então o mesmo conceito de alcançar uma saúde mental sustentável dentro dessa categoria é facilmente aplicável em outros nichos também, principalmente no mercado corporativo.
"Oie :) Aqui é Karyne Lane, repórter do OP+. Te convido a deixar sua opinião sobre esse conteúdo lá embaixo, nos comentários. Até a próxima!"