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Pelé, o incomparável
Reportagem Seriada

Pelé, o incomparável

Rei ostenta marcas ainda não superadas pelos demais jogadores desde 1977, quando se aposentou, e tem trajetória marcada por superação e reconhecimentos
Episódio 2

Pelé, o incomparável

Rei ostenta marcas ainda não superadas pelos demais jogadores desde 1977, quando se aposentou, e tem trajetória marcada por superação e reconhecimentos
Episódio 2
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Incomparável. Eis o melhor adjetivo para definir o Rei do Futebol, morto neste 29 de dezembro de 2022. Estreante em Copas do Mundo aos 17 anos, apenas dois anos depois de iniciar como jogador profissional no Santos, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, não perdeu a oportunidade de fazer com que a carreira fosse a mais espetacular possível e ostenta recordes até agora ainda inigualáveis.

Os feitos jamais alcançados por nenhum outro jogador desde outubro de 1977 - quando ele se aposentou - incluem a conquista de três Copas do Mundo, duas das quais seguidas (1958 e 1962) e 1.282 gols, sendo 92 hat-tricks (três gols em uma única partida) e 30 vezes marcando quatro gols em um jogo.

Aos quatro anos saiu de Três Corações, em Minas Gerais, para Bauru, em São Paulo. Mas só em 1956 ingressou no Santos. Na época, o garoto tinha a referência no pai, Dondinho, a quem considerava o melhor jogador de futebol do mundo. Mas o mundo de Pelé até então era minúsculo.

“O Brasil era um país muito novo, muito desconhecido. Lembro muito dos meus avós pegando lenha. Eu tinha dez anos. Então, eu não sabia que existiam outros países”, conta o rei no documentário Pelé (2021), da Netflix, relembrando a infância humilde no interior mineiro.

Pelé teve momentos difíceis. Precisou trabalhar de engraxate quando criança e teve salários atrasados no Santos(Foto: .)
Foto: . Pelé teve momentos difíceis. Precisou trabalhar de engraxate quando criança e teve salários atrasados no Santos

Mais velho de três irmãos, Pelé chegou a trabalhar de engraxate para ajudar nas despesas de casa quando o pai ficou doente e teve os salários atrasados pelo clube no qual jogava.

Era uma época de disputa acirrada entre Estados Unidos e União Soviética na Guerra Fria, o Brasil vivia um momento-chave para o desenvolvimento econômico e social com a eleição de Juscelino Kubitschek, mas o futebol já era considerado a paixão nacional de hoje, reunindo milhares de pessoas em partidas.

Foi esse o cenário no qual Pelé surgiu para o esporte. Inicialmente como revelação no Santos, tomando posse de lugar no time oficial do clube e conquistando o campeonato paulista de futebol ainda aos 16 anos. Logo depois era convocado para a seleção brasileira.

 

 

Bi mundial pelo Brasil

Em 1958, o mundo soube quem era Pelé. Foi na Copa do Mundo da Suécia que o jogador franzino de apenas 17 anos mostrou o potencial e levou o Brasil à conquista da primeira das cinco estrelas que a seleção brasileira ostenta na camisa atualmente.

“Alguns jornalistas chegaram a escrever que eu era muito jovem, que não tinha experiência. Aí meu pai falava assim: ‘Não fica preocupado. Quando você entrar, confiança, porque dentro do campo são todos iguais’. Isso me deu muita força”, relembrou o Rei.

Pelé chora no ombro de Didi, depois da vitória de 5 a 2 sobre a Suécia na final da Copa de 58, com Gilmar e Orlando(Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Pelé chora no ombro de Didi, depois da vitória de 5 a 2 sobre a Suécia na final da Copa de 58, com Gilmar e Orlando

A fala parece atual e atesta que a pressão vivida por Pelé é tão igual como as dos jogadores da atualidade. Em 1958, o País completava dois ciclos sem vitória após o Maracanaço, quando perdeu para o Uruguai na Copa de 1950 em pleno Maracanã. A cobrança existia e o Rei lidou com ela aos 17 anos, liderando a seleção até a vitória contra os donos da casa.

“Foi um sonho. Impressionante. Naquela noite, eu não dormi porque queria saber se o pessoal no Brasil, a minha família, estava sabendo que eu fiz esses gols e tal”, recordou sobre os dois gols que fez na final de Brasil 5x2 Suécia.

Em um deles, Pelé recebe a bola, dá um chapéu no zagueiro e chuta direto no gol. Até hoje é considerado um dos mais bonitos da história do futebol mundial.

De volta ao Brasil, o Rei se consagra. Permanece no Santos mesmo cobiçado por outros times. Com Pelé, o clube forma uma equipe capaz de enfileirar troféus a partir de 1960. Foram quatro campeonatos paulistas e cinco campeonatos brasileiros até a Copa do Mundo de 1964. Incluindo outros dois feitos para a época: duas Libertadores da América e dois campeonatos mundiais em 1962 e 1963.

O Rei chega para a Copa de 1962, no Chile, no auge da carreira aos 22 anos e confiante em mais um título mundial. Mas só joga duas partidas. Uma lesão no jogo contra a França tira ele do campeonato definitivamente.

No banco, conta que o papel era motivar a equipe a cada jogo. Apesar de novo, já tinha uma experiência de campeão do mundial anterior que dividia com os demais. Mesmo sem ele, o Brasil foi campeão.

 

 

O gol mil e um apelo engajado

Recuperado da lesão, Pelé continua a trajetória vitoriosa no Brasil. Nesse período, o Santos fazia excursões pelo Exterior nas quais partidas com times e seleções locais eram marcadas. O espetáculo fortaleceu financeiramente o clube e ajudou Pelé a aumentar suas estatísticas.

Entre 1957 e 1961, quando tinha 21 anos, o Rei atingiu a marca de 355 gols. Na época, os mais experientes só atingiam esse número no fim da carreira. O ritmo continuou e, em 1969, ele chegava a uma marca impressionante para qualquer jogador de futebol: fazer o milésimo gol.

O pênalti do gol mil, na partida do Santos contra o Vasco da Gama(Foto: Santos Futebol Clube / Divulgação)
Foto: Santos Futebol Clube / Divulgação O pênalti do gol mil, na partida do Santos contra o Vasco da Gama

A expectativa era tanta que o Rei fez três partidas sem conseguir marcar e foi no jogo contra o Vasco, de pênalti, que o gol mil saiu. Derrubado na pequena área, ele mesmo cobrou a penalidade. Ao converter, o estádio foi invadido por torcedores e jornalistas, todos ansiosos pela reação de Pelé ao completar mil gols.

No meio da multidão, Pelé declarou: “Agora que todos estão ouvindo, faço um apelo especial a todos: ajudem as crianças pobres, ajudem os desamparados. É o único apelo nesta hora muito especial para mim.”

 

 

Pelé é o único jogador tricampeão do mundo

Bi-campeão mundial pelo Brasil e pelo Santos, ele se consagra Rei do Futebol e chega confiante à Copa do Mundo de 1964, aos 26 anos confiante. “Eu tinha a ilusão de ser campeão do mundo na Inglaterra, achava que o Brasil poderia ganhar, ser tricampeão e eu ia me despedir. Mas sair da copa do mundo na Inglaterra foi a maior tristeza que eu tive. Eu acho que eu já posso terminar aqui. Fiquei triste e ia me despedir”, revelou Pelé no documentário para Netflix.

Pelé ergue a taça Jules Rimet(Foto: Arquivo / Divulgação)
Foto: Arquivo / Divulgação Pelé ergue a taça Jules Rimet

A frustração se deve à derrota do Brasil na fase de grupos. Em um campeonato marcado pela violência física e, especialmente nas partidas da seleção brasileira, uma perseguição ao craque do time, Pelé e os companheiros não conseguiram superar as dificuldades e sequer disputaram as quartas de finais.

Isso aumentou a cobrança sobre ele ao vestir a camisa da seleção brasileira. Vitorioso no Santos, Pelé encarava críticas severas quando jogava pelo Brasil e o sentimento do Rei era de não querer disputar o Mundial de 1970, no México.

O cenário também havia mudado. O Brasil sofreu um golpe militar em 1964 e os militares tinham o interesse de capitalizar a vitória da seleção brasileira de futebol para o Regime. Pelé vivia um momento de rivalidade com o técnico, João Saldanha, cuja antipatia pelo craque era imensa. Mas a disputa de Saldanha, comunista, com o ditador general Ernesto Geisel o derrubaram do cargo.

Mário Lobo Zagallo, campeão do mundo com Pelé em 1958 e 1962 como jogador, assumiu a seleção e garantiu a titularidade absoluta de Pelé no time, sem declarações polêmicas como as de Saldanha, na qual disse que o Rei tinha “problemas de vista''.

“Tudo saía no jornal, que eu não tinha mais condição de jogar, que eu não estava bem. Foi realmente uma pressão muito grande. A Copa do Mundo foi importante para o País. Mas, naquele momento, eu não queria ser Pelé. Eu não gostava, eu não queria”, disse o Rei sobre o sentimento na época.

Mario Zagallo, campeão como jogador e como técnico(Foto: NELSON ALMEIDA/AFP)
Foto: NELSON ALMEIDA/AFP Mario Zagallo, campeão como jogador e como técnico

Depois de 1964, o futebol brasileiro também era contestado. A crítica internacional sugeria que o estilo sul-americano havia sido superado pela técnica europeia e isso desqualificava o futebol do melhor jogador do mundo e aumentava a pressão sobre Pelé para a Copa de 1970.

“Se eu falar, eu voltei a jogar em 1970 por causa do povo brasileiro, eu estaria mentindo. Não é verdade. Era um desafio meu ganhar essa Copa do Mundo. Eu fiquei numa angústia porque eu não queria jogar a Copa de 1970. Eu não queria passar o que passei na Inglaterra. Eu fiquei em dúvida. Um pouco de preocupação e um pouco de saudade. Eu só queria ser lembrado. Mas essa não tem jeito, essa é a última Copa”, recordou à Netflix.

Assim, ele superou os desafios emocionais, a crítica e alcançou o terceiro mundial da carreira. Acompanhado de Clodoaldo, Gérson, Jairzinho e Tostão, Pelé formou o esquadrão da seleção brasileira que venceu a Itália e conquistou a Copa do Mundo de Futebol de 1970, na disputa que tornaria o Brasil o primeiro tricampeão da história. Até hoje, nenhum jogador conquistou três copas.

 

 

Contrato milionário com NY Cosmos

Em 1974, aos 34 anos, Pelé já não tinha interesse na seleção brasileira e foi convencido de que jogar nos Estados Unidos era a melhor opção para a carreira, especialmente no aspecto financeiro. Nessa nova fase, o Rei do Futebol estreia a etapa popstar que hoje é comum à maioria dos jogadores.

O contrato com o New York Cosmos incluía um salário milionário - alguns dizem que girava em torno de US$ 2,5 milhões, mas outros especialistas estimam em US$ 7 milhões por três anos -, participação nas ações de publicidade do clube e ainda a manutenção que ele tinha fechado recentemente com a Pepsi-Cola.

Pelé na temporada de final de carreira no Cosmos(Foto: DIVULGAÇÃO / NEW YORK COSMOS)
Foto: DIVULGAÇÃO / NEW YORK COSMOS Pelé na temporada de final de carreira no Cosmos

A ida do Rei para os Estados Unidos era uma tentativa de alavancar a Liga Norte-Americana de Futebol e fazer com que o esporte fosse um espetáculo semelhante ao promovido para outras modalidades no país. No movimento, outras lendas foram contratadas por times americanos, como o alemão Franz Beckenbauer.

Pelé cumpriu o contrato, vivendo na Nova York dos anos 1970 ao lado de Michel Jackson, Mohamed Ali e outras lendas do esporte e do mundo pop da época. Em 1977, após a conquista da Liga, é marcado um amistoso entre o Santos e o NY Cosmos para se despedir dos gramados, com 1282 gols e mais de 50 títulos. Depois de tantos feitos, o Rei Pelé pendurou as chuteiras e entrou para a história definitivamente.

 

 

Referência no esporte e na vida pessoal

Primeiro jogador de futebol a figurar em grandes campanhas publicitárias e viver uma vida de popstar, Pelé se envolveu em poucas polêmicas se comparado aos craques do momento. Essa discrição na vida pessoal enquanto ainda era atleta o projeta também a um patamar mais alto, segundo ressalta o jornalista Marcelo Barreto.

“Acho que o Pelé é uma referência em tudo, tanto no comportamento público dele quanto no equilíbrio esportivo que teve”, comentou ao O POVO.

De infância pobre até o estrelato, como acontece hoje com a maioria dos atletas, Pelé não se deixou levar pela fama e manteve o foco nos resultados em campo.

“Essa base que me segurou e me segura até hoje, eu tirei da minha família. Eu nunca achei com tudo que me aconteceu até hoje e até agora que eu sou melhor do que ninguém nem mais do que ninguém. Graças a Deus foi essa a base e a educação que tive dos meus pais”, falou o ex-jogador em entrevista para o documentário Pelé, da Netflix.

Pelé marcou mais de 1000 gols na carreira(Foto:  AFP PHOTO/STR)
Foto: AFP PHOTO/STR Pelé marcou mais de 1000 gols na carreira

O também jornalista Bruno Formiga ressalta que Pelé revolucionou o esporte ao “refundar nosso DNA futebolístico”, fazendo com que o Brasil ganhasse e encantasse, em uma combinação de desempenho e resultados.

As vitórias o transformaram em celebridade, mas o entendimento dele de que o esporte precisava de dedicação o fez manter o foco.

“(Depois da vitória da Copa do Mundo) não dava pra sair (de casa). De onde a gente via, vinha gente. Eu nem sabia direito o que fazer. Os amigos do meu pai esqueceram dele e vieram atrás do Pelezinho. Então, foi muito difícil essa adaptação”, relembra o Rei.

 

 

Geração do Rei foi responsável por reconfigurar futebol mundial

Em 1970, antes de Zagallo assumir como técnico da seleção, João Saldanha enfrentava críticas da imprensa internacional que classificava o estilo de jogo brasileiro como ultrapassado pela técnica europeia. Mas o desempenho de Pelé - acompanhado do esquadrão - fez com que esse entendimento fosse ao chão no que o jornalista Paulo Calcade chama de reconfiguração do futebol mundial.

“O Pelé e a geração dele são responsáveis por tudo que a gente vive no futebol. Eles foram responsáveis por colocar o futebol brasileiro no outro patamar, foram responsáveis por mostrar ao mundo que é possível jogar um futebol com muita arte, foram responsáveis pela mudança de conceito dos europeus a partir desse talento todo, de como detê-los. Então, Pelé e a geração dele foram responsáveis por muito desse futebol que nós temos hoje”, analisa.

Bruno Formiga o chama de revolucionário, e diz que “Pelé cria o esporte, praticamente”, ao destacar que a soberania do Rei era física e técnica, o que tornava ele um jogador completo.

 

"Depois dele, nos anos 1970, o jogo é jogado de outra forma. Muito por causa dele. A gente está falando do maior revolucionário que o futebol teve, de todos" Bruno Formiga, jornalista esportivo

 

“Quando a gente fala de futebol arte, a gente confunde com firula. E o Pelé não é nada disso. Ele era objetividade pura, sempre em direção ao gol. Arco e flecha ao mesmo tempo. Fazia várias funções no campo, armando, criando e finalizando”, aponta.

Formiga ainda lembra o pioneirismo de Pelé no marketing esportivo, em uma época que contratos de publicidade milionários não eram comuns com atletas, muito menos negros como o Pelé.

“Depois dele, nos anos 1970, o jogo é jogado de outra forma. Muito por causa dele. A gente está falando do maior revolucionário que o futebol teve, de todos. E um cara que não só revolucionou como venceu. Promoveu todas essas mudanças com resultado, números absurdos”, reforça.

 


Outros supercraques e as comparações com o Rei do Futebol

Ao se falar Rei do Futebol, automaticamente pensamos em Pelé. A antonomásia não foi conquistada à toa pelo ex-jogador brasileiro, mas por todos os feitos que alcançou no esporte, dentre os mais notáveis a conquista de três Copas do Mundo com o Brasil e os 1.282 gols marcados ao longo dos 21 anos de carreira. 

Desde que se aposentou, Pelé sustenta a alcunha de melhor de todos os tempos, mas houve e há craques que, ao longo da história, geraram discussões sobre possíveis sucessores: há quem chegue ao mesmo patamar de Pelé ou o supere? Eusébio, Zico, Maradona, Ronaldo Fenômeno, Messi e até mesmo Neymar já foram citados como sucessores do rei.

Para jornalistas brasileiros, Pelé é rei do futebol e Maradona e Messi foram jogadores que mais chegaram perto de alcançar o ex-jogador do Santos. (Foto: Domicio Pinheiro/AE e AFP)
Foto: Domicio Pinheiro/AE e AFP Para jornalistas brasileiros, Pelé é rei do futebol e Maradona e Messi foram jogadores que mais chegaram perto de alcançar o ex-jogador do Santos.

Com 71 anos, o jornalista da rádio O POVO CBN, Sérgio Ponte já viu muitos craques jogar, mas para ele não há jogador que chegue aos pés do eterno camisa 10 do Santos. 

"Ninguém se aproxima de Pelé. Há 45 anos ele deixou de jogar, quase meio século, e o mundo ainda hoje o reverencia. Pelé não foi simplesmente um jogador de futebol, não foi um craque, mas um fenômeno, um gênio. Gênios são poucos ou apenas um. No futebol, ele é o único. Na minha opinião, só na próxima encarnação poderá aparecer outro Pelé igual a ele", opinou Sérgio.

Com relação aos grandes craques que já foram comparados a Pelé, Ponte cita Maradona como o que "se aproximou" do Rei, mas ainda coloca o argentino atrás do brasileiro na corrida. "Maradona até se aproximou com suas arrancadas, seus dribles e e a mão de Deus, mas fica quilômetros de distância do Pelé. Pelé é Pelé. É mito e gênio, e gênio não se encontra no mundo de hoje." 

O jornalista e editor do O Globo do Rio de Janeiro, Thales Machado, de 35 anos, que também é formado em história, compartilha de uma visão parecida, embora para ele o argentino que chegou mais perto de alcançar Pelé foi Messi. O embasamento de sua visão se dá ao fato de que, mesmo com as mudanças que ocorreram no futebol, a Copa do Mundo sempre teve o mesmo peso de importância para torcedores e jogadores.

"Eu não sou desfavorável a valorizar demais a Copa do Mundo para comparar jogadores de épocas muito diferentes, e nisso não há comparação com ninguém. São milhares de jogadores que disputaram Copa do Mundo, só 21 deles conseguiram ser bicampeões (...), e desses 21 só um é tricampeão, que é o Pelé. Só um é tricampeão sendo absolutamente protagonista e craque de uma Copa. Tiveram jogadores que brilharam, a comparação é normal, mas acho que todas as comparações rodam sobre uma órbita que é Pelé. Nunca esse cinturão de melhor do mundo foi tirado dele e acho que dificilmente será", finalizou. (Iara Costa)

 

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