A disputa para a Prefeitura de São Paulo tem se destacado pelo acirramento, com três candidatos no páreo para uma única vaga no executivo. No entanto, a média das últimas pesquisas aponta tendências de um segundo turno entre o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (Psol). O candidato Pablo Marçal (PRTB) aparece em terceiro lugar, com 3,4 pontos percentuais (p.p) a menos que o segundo colocado.
Informações são do Agregador de Pesquisas O POVO, resultados de um cálculo, feito diariamente, com base nos levantamentos divulgados. Até esta quinta-feira, 26, os índices revelavam uma tendência de queda de Marçal e, ao mesmo tempo, um crescimento gradual de Nunes, da terceira colocação até a liderança da disputa. Boulos mantém-se estável.
O cenário se refere às pesquisas divulgadas até 26 de setembro. Nunes, apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), lidera com 25,4% das intenções de voto, o maior índice do prefeito desde o início da campanha eleitoral, em 15 de agosto. Boulos, candidato de Lula (PT), soma 23,9% e ocupa o segundo lugar. Marçal pontua 20,5%.
O gráfico revela o desempenho dos candidatos desde o início oficial da campanha. Ao longo do período, há um revezamento na liderança. Boulos começa no topo, mas é ultrapassado por Pablo Marçal no início de setembro. O candidato do PRTB apresenta, então, uma queda, ao mesmo tempo que Nunes cresce, conseguindo a liderança.
Em uma relação notória, as linhas de desempenho de Nunes e Marçal apresentam-se como inversamente proporcionais: nas ocasiões em que o prefeito despenca, Marçal cresce vertiginosamente e vice-versa.
Conforme o Agregador de Pesquisas O POVO, Nunes iniciou a campanha em segundo lugar, com 24,8%. Percentual estava próximo de Guilherme Boulos (26,1%), então líder. O prefeito apresenta a primeira queda em 21 de agosto e despenca até atingir o índice de 18,5% em 31 de agosto. No mesmo dia, Pablo Marçal alcança a liderança, atingindo o ápice após um crescimento vertiginoso.
Nunes se recupera levemente no dia posterior, mas só começa a crescer a partir de 5 de setembro. A partir desta data, ele aumenta ao menos um ponto percentual por dia, ao ponto que, em 12 de setembro, ultrapassa Marçal e, no dia seguinte, já aparece empatado na liderança com Boulos.
Os dois primeiros colocados se revezam na liderança de 14 a 22 de setembro, quando o prefeito de São Paulo ganha uma margem um pouco maior do ex-deputado federal. Os índices voltam a se aproximar entre 23 e 24 deste mês, mas Nunes volta a crescer e atinge o percentual de 25,7% em 25 de setembro.
Pablo Marçal apresentou um crescimento impressionante logo após o início da campanha. O candidato iniciou a disputa com apenas 12,8% e disparou nas intenções de voto, chegando a crescer até 2,8 p.p de um dia para o outro. Aparece empatado com Nunes já em 28 de agosto e três dias depois, pela primeira vez, lidera a campanha.
A briga pela liderança, entre Boulos e Marçal, se entendeu pela primeira semana de setembro, com os dois candidatos estáveis, com pequenas variações. Ao mesmo tempo, Nunes crescia diariamente.
A partir do dia 10, o candidato do PRTB começou a cair e em 12 de setembro perdeu a segunda colocação para Nunes. Está atualmente com o menor índice desde o dia 29 de agosto, quando pontuou 20,9%. Nessa data, no entanto, Marçal se mantinha em segundo lugar e Nunes estava em queda.
Boulos, dos três, é o candidato mais estável em termos de colocação na disputa. Nunca esteve em terceiro lugar, mas já perdeu a liderança tanto para Marçal, quanto para Nunes. Também não apresentou grandes variações positivas ou negativas no percentual de intenções de voto: começou a campanha com 26,1% e está com 23,9%.
O candidato inicia no topo, ainda que com percentual próximo do prefeito Nunes. Obtém o maior índice em 16 de agosto, com 26,8% das intenções de voto, mas apresenta uma queda na semana final do mês. É ultrapassado por Pablo Marçal em 31 de agosto, recupera a liderança no dia seguinte e a perde novamente em 5 de setembro. A disputa acirrada com Marçal segue até 11/09, quando inicia uma queda do ex-coach.
Boulos, então, passa a disputar a liderança com Ricardo Nunes. Os dois seguem empatados ou quase empatados durante nove dias seguidos, quando o prefeito consegue uma margem maior do adversário. Hoje, a diferença de Boulos para Nunes é de 2 pontos percentuais, a maior desde seis de setembro, quando o psolista liderava
Para além do acirramento entre os três primeiros colocados, é possível ver o desempenho do candidatos Datena (PSDB) e Tábata Amaral (PSB). O apresentador iniciou a campanha na quarta colocação com 13% e caiu até os atuais 6,2%. A deputada federal, por outro lado, manteve-se constante e agora ocupa o quarto lugar, com o crescimento de 1 p.p do índice atual em relação ao dia 15 de agosto.
O Agregador de Pesquisas O POVO compila tendências eleitorais nas principais cidades brasileiras durante as eleições municipais deste ano. São contempladas todas as capitais do Nordeste, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Belém, além de cidades no Ceará: Caucaia, Juazeiro do Norte, Maracanaú e Sobral.
Também é possível consultar os resultados de cada pesquisa, individualmente, desde o início da campanha. Basta clicar no menu e escolher o levantamento. Abaixo, confira o gráfico completo.
O Agregador de Pesquisas O POVO leva em consideração todas as consultas eleitorais realizadas desde 31 de maio de 2024. A ferramenta monitora e analisa as tendências registradas nas principais cidades brasileiras. Em Fortaleza, 27 pesquisas já foram realizadas até 25 de setembro.
Ao reunir todas elas, o Agregador de Pesquisas O POVO busca proporcionar uma visão contínua das tendências eleitorais. Para isso, é aplicada uma média móvel ponderada que permite que as variações diárias e de diferentes institutos sejam niveladas, oferecendo uma tendência mais fiel ao longo do tempo.
A média móvel ponderada é influenciada diretamente pelos pesos dos institutos e a quantidade de pesquisas realizadas em cada dia, assegurando que as flutuações momentâneas não distorçam a percepção geral das intenções de voto.
Inicialmente a média móvel é calculada com uma distância de dez dias, para suavizar as variações diárias nas intenções de voto e o volume de pesquisas publicadas. À medida em que a eleição se aproxima, o distância da média móvel é reduzida para cinco dias. Essa mudança é feita para refletir mais rapidamente as alterações nas intenções de voto que tendem a ocorrer nesse período final.
Para evitar incorrer em distorções ou vieses, a equipe especializada em cobertura política e eleitoral do O POVO classificou os institutos realizadores de pesquisas, atribuindo pesos diferentes para cada um, considerando seu grau de credibilidade e acerto em eleições anteriores.
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O Agregador de Pesquisas O POVO reúne dados de diversos institutos em 16 cidades brasileiras, incluindo as principais capitais. A proposta é oferecer uma visão ampla das intenções de voto para as Eleições 2024, bem leitura de média móvel ponderada de determinados intervalos de pesquisas. A ferramenta permite o acompanhamento das tendências dos candidatos através de gráficos interativos, destacando variações de desempenho e facilitando a compreensão do cenário político