Na tentativa de encontrar um diagnóstico, o evidente fenômeno de “uma farmácia a cada esquina” (e, às vezes, mais de uma), presente em grandes capitais como Fortaleza, surge como um sintoma que leva a questionamentos: uma sociedade que toma mais remédios está mais saudável ou mais adoecida?
E o que era uma mera brincadeira para uns, virou realidade aqui em Fortaleza. Quatros esquinas e quatro farmácias diferentes. O feito está no cruzamento da Avenida Santos Dumont com a Rua Ildefonso Albano. pic.twitter.com/c5taIQb0sx
— Mário Kempes (@kempao) April 4, 2019
A vida moderna para uns, a falta de perspectiva para outros; o estresse cotidiano para uns, a ociosidade para outros; as cobranças no trabalho para uns, a falta de emprego para outros: são vários os fatores internos e externos que contribuem para o adoecimento físico e mental da população brasileira — e a pandemia de Covid-19 inflamou boa parte deles.
Em meio aos rótulos sociais e os das prateleiras, os indivíduos vivem uma espécie de ditadura da felicidade na qual se tem a urgência e a “obrigação” de estar bem e ser sempre produtivo: tudo acompanhado e compartilhado pelas redes sociais, onde a saúde mental se apresenta, nos últimos anos, como um dos aspectos mais midiatizados da vida humana.
Ensaiadas ou não, emoções como tristeza, timidez, felicidade e surpresa tornam-se elementos enquadrados em um olhar patologizante, e os mais de
Não à toa, a venda de medicamentos como antidepressivos, ansiolíticos e estabilizadores de humor disparou no Brasil durante o contexto pandêmico, com destaque para
A busca por alívio dos sintomas de ansiedade, depressão e outros transtornos mentais causados pela solidão, as preocupações financeiras, o medo de ser infectado e o luto elevou consideravelmente os números em relação a 2019, ano anterior à emergência de saúde pública — e segue em patamares elevados.
É o que mostram os dados sobre a quantidade de medicamentos dessa classe dispensados entre 2019 e 2022 no País fornecidos ao O POVO+ pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que estendeu até setembro de 2023 a
“A sertralina e o escitalopram são antidepressivos bem prescritos, até porque são mais seguros do que os mais antigos e realmente houve um aumento no consumo favorecido pela questão da pandemia. O clonazepam, que é um ansiolítico cuja venda é um pouco mais controlada, aparece em menor nível”, observa o farmacêutico Edilson Martins.
“Já o metilfenidato, que é a mesma substância da ritalina, tem a questão da explosão de diagnósticos de TDAH em crianças e o fato de ser uma droga de alta performance, o que faz com que pessoas que estudam para concurso, estudantes de ensino médio que vão prestar vestibular e até estudantes da área da saúde para estudar para provas de residência, por exemplo, consumam esse medicamento”, sublinha Martins, que é doutor em Farmacologia.
Conforme o farmacêutico, que atua no Instituto Dr. José Frota (IJF), “o Brasil chegou a ser o segundo maior consumidor de metilfenidato, perdendo apenas para os Estados Unidos”.
Martins, que é professor do Doutorado em Desenvolvimento e Inovação Tecnológica de Medicamentos da Universidade Federal do Ceará (UFC) e membro da diretoria do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do Ceará (Sinfarce), destaca que algumas épocas do ano relacionadas a eventos importantes como Dia das Mães podem aumentar, em algum nível, a venda desses medicamentos.
Isso porque alguns pacientes tendem a ficar mais sensíveis e deprimidos nesses momentos tradicionalmente familiares.
“Mas nada que fuja muito da sazonalidade, pois geralmente quem consome esse medicamento vai consumir por um período mais prolongado, então acaba que são medicamentos ‘de uso contínuo’”, pondera.
“Atualmente a gente está passando por uma situação de dificuldade em consultas de psiquiatria não só no Sistema Único de Saúde (SUS) mas até no serviço suplementar, o que algumas vezes pode dificultar o acesso a esse profissionais mais especializados”, afirma.
Esse problema acarreta, de acordo com Martins, numa renovação contínua da receita: “Fica naquela coisa de renovar e o paciente pode ser que não seja avaliado com tanto critério e continue a terapia ali quando poderia fazer um desmame, uma desprescrição”.
O processo de desmame, salienta o farmacêutico, “é um trabalho em conjunto feito quando necessário e quando possível para tentar tirar o medicamento geralmente de pacientes que usam a longo prazo, principalmente os chamados benzodiazepínicos como diazepam e clonazepam”.
“Eu sou dentista também, e às vezes acontece de pacientes que já têm um vício nesses medicamentos, que querendo ou não alguns desses psicotrópicos têm a possibilidade de causar vício, marcam uma consulta comigo para alguma outra questão e chegam 'ah, doutor, o senhor tem receita azul, receita especial, pode me dar a receita do meu clonazepam, do meu alprazolam, da minha sertralina?”, sinaliza.
“Então tem de haver esse cuidado para renovação de receita de um paciente que não é seu ou que você não está acompanhando de verdade, né? Aí eu barro. ‘Não, não posso, você veja como quem está lhe acompanhando, não tem como eu prescrever sem estar acompanhando seu quadro e foge até da minha alçada’”, frisa.
Em resposta à crescente demanda, a relação entre saúde mental e indústria farmacêutica fica mais estreita a cada ano. Em número de unidades vendidas, a categoria de antidepressivos e estabilizadores de humor aparece em 7º lugar se comparada a outras classes de medicamentos.
Para Joel Madeira, gestor de compras da rede de farmácias Santa Branca, “a pandemia foi um fator considerável para o aumento da comercialização desses fármacos, nós tivemos um crescimento exponencial. Tanto o isolamento social quanto as incertezas sobre o coronavírus deixaram marcas severas na sociedade, gerando pânico na população que, em contrapartida a isso, buscou alternativas para superar essas complicações”.
“As farmácias hoje estão municiadas de informações, seja através de relatórios internos como o ABC de Vendas ou mesmo as informações externas oriundas das indústrias ou da mídia. Tudo isso contribui para que a gente consiga adaptar os estoques às altas demandas. Quando cresce a demanda, que é o que tem acontecido nos últimos tempos, munido dessas informações, a gente consegue deixar um estoque mais inteligente”, demonstra.
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“A sazonalidade é muito notável, sempre que há algum fato novo no mundo, como guerra, pandemia, epidemia, ou até mesmo os índices de mortalidade, falta de segurança, quando esses números crescem, gera um momento de incerteza e o dia a dia dessas pessoas fica mais complicado”, aponta o gestor.
“Elas tornam-se ansiosas, deprimidas, gerando até, em alguns momentos, a síndrome do pânico. Isso faz com que esse paciente busque alternativas para ter sua prescrição de antidepressivos que ajude a fazer o dia a dia mais fácil”, opina.
Madeira ressalta que “é de fundamental importância a atenção farmacêutica no momento da dispensação desses medicamentos. Ele funciona como um intermediador após o diagnóstico médico para o tratamento correto do paciente”.
A sazonalidade é notável sempre que há um fato novo no mundo, como guerra, epidemia, índices de mortalidade e falta de segurança. (Joel Madeira)
Por trás da produção desenfreada de pílulas e no bojo da saúde como objeto de consumo, há um setor que obtém lucros milionários.
Quando se analisa os valores arrecadados com a comercialização desse tipo de medicamento, os fármacos voltados para a saúde mental passam para a primeira posição — e mostram que os brasileiros gastaram cerca de R$ 8,7 milhões em antidepressivos e estabilizadores de humor somente no último ano (de agosto de 2022 a agosto de 2023).
Assim, o que começou como uma resposta legítima às necessidades de saúde mental evoluiu para uma cultura de medicalização que movimenta milhões na indústria farmacêutica.
“De fato, há um aumento significativo na venda de medicamentos relacionados à saúde mental que foi evidenciado pós-pandemia, mas antes da pandemia a gente já percebia um crescimento do consumo desses produtos”, sobreleva a farmacêutica Arlandia Nobre, presidente do Conselho Regional de Farmácia do Ceará (CRF-CE).
“O que a gente começa a perceber é que a vida moderna, o estresse cotidiano, as cobranças a nível de âmbito de trabalho, as metas a serem alcançadas, as redes sociais, que exigem um comportamento padrão, um estereótipo de felicidade absoluta, têm feito com que as pessoas realmente tenham um comprometimento da sua saúde mental”, comenta.
Diferente de glicemia, anemia ou hipertensão, porém, não é possível aferir depressão, por exemplo.
“Como essas doenças não são diagnosticadas através de exames de imagens, laboratoriais, já que o exame é eminentemente clínico, é possível que nós tenhamos uma medicalização. As pessoas acabam chegando nos serviços de saúde apontando alguns sinais e sintomas e isso às vezes direciona para alguma condição clínica que exige o medicamento”, diz.
A farmacêutica coloca que “esses medicamentos, de forma geral, atuam sobre o sistema nervoso e trazem efeitos benéficos, mas também trazem reações indesejáveis”.
Nobre adiciona que “na farmácia há, em função dessa busca excessiva, novos medicamentos cada dia mais sendo disponibilizados. É uma resposta à demanda da indústria farmacêutica, então a cada dia surgem novos medicamentos com novos princípios ativos, mas que têm uma forma de agir no nosso corpo semelhante aos que já estão aí estabelecidos”.
“Então às vezes mudar o tratamento não é suficiente para resolver o problema, é preciso um resgate da autoestima, inserção social, profissional, trabalho das angústias, de visualizar a vida sob um outro prisma, sempre de maneira mais positiva”, conclui.
Com relação à sazonalidade, a presidente do CRF-CE menciona que tem-se percebido movimento forte durante o mês de setembro, quando ocorrem as campanhas de conscientização e prevenção ao suicídio.
“Por incrível que pareça, até diante de toda essa discussão sobre o suicídio no setembro amarelo, que antecede o Dia Mundial da Saúde Mental, em 10 de outubro. Parece que, para algumas pessoas, isso aflora a ideia de que realmente estão doentes da mente”, avalia.
“E também em períodos festivos como as festas de fim de ano, Natal e Réveillon, quando as pessoas geralmente planejam coisas novas para um novo ano que se inicia. Em algumas circunstâncias, diante do problema de saúde que é a depressão, se compromete essa capacidade de enxergar novas perspectivas e de planejar novas metas, de ter novos propósitos”, inclui.
Apesar dos picos em determinados períodos do ano, “via de regra há um grande consumo de medicamentos em todos os meses, o que mostra que a saúde mental precisa ser cuidada de forma mais atenta”.
“Por isso a gente espera que as autoridades garantam maiores financiamentos para os serviços como Caps, grupos de apoio, equipes multidisciplinares que dão as mãos para ajudar esses pacientes”, expressa.
“É cultural do nosso tempo a ideia de que aquilo que cura esse tipo de dor está sob posse da medicina”, afirma a psicóloga Carolina Veras, que compõe uma dessas equipes e atua no Centro de Atenção Psicossocial Infantil Estudante Nogueira Jucá, o Caps infantil que atende a população da
“É recente o movimento de buscar por uma medicação na intenção de que ela sane uma dor psíquica, existencial, algo até meio sem forma, que você não sabe de onde vem, não consegue pegar, não tem como fazer um exame para saber exatamente em que parte do seu corpo se encontra, mas que sente e sofre”, explicita.
Antes de chegar à unidade, ela também acompanhou equipes no Caps Geral e Caps AD dessa porção da cidade por meio de uma residência multiprofissional em saúde mental coletiva, o que a permitiu conhecer o cotidiano do serviço público em saúde mental a partir de diferentes perspectivas.
Dentre os desafios que esses centros enfrentam na Capital, Veras elenca o quantitativo populacional não condizente com a estrutura dos equipamentos, os recursos financeiros e humanos e a própria estrutura física deles que, na avaliação da psicóloga, dificulta o vínculo da população com o equipamento — seja pela arquitetura ou pela falta de prédios próprios, o que os torna sujeitos a mudanças de local.
“O serviço precisa se adaptar a essa realidade de algum modo e cuidar da população com esse pouco que tem para dispor, porque as filas de espera e a quantidade de pessoas que buscam por ele vem aumentando exponencialmente a cada ano”, constata.
Veras também percebe que o aumento das vendas de psicofármacos está relacionado a uma leitura contemporânea das questões de saúde mental que veio à tona em um período pré-pandêmico, mas que tornou-se mais frequente durante a pandemia.
“Se não houvesse uma pressão tão grande para que, diante de uma catástrofe mundial, a gente continuasse produzindo, trabalhando, dando aula, fazendo um monte daquilo que fomos cobrados a fazer, talvez o uso de medicação não tivesse sido tão exponencial”, analisa.
Para aqueles que dependem do serviço público, ressalta a psicóloga, recorrer à medicação surge como uma forma de sanar sintomas que estão mais atrelados ao contexto que os circunda do que exclusivamente a eles próprios.
“A gente está falando de um modelo econômico que explora a força de trabalho das pessoas e as insere em uma rotina que é dura do momento em que elas acordam até a hora em que elas vão dormir, e não é de hoje. Uma mãe solo que precisa manter os filhos sozinha, por exemplo, faz esse movimento em busca de medicação para sanar a falta de ânimo e conseguir levantar para trabalhar”, cita.
Já de uma forma macro, Carolina Veras destaca também o modo como a indústria farmacêutica faz marketing para dar vazão àquilo que produz: “Não se trata somente de uma medicação adquirida porque um profissional de saúde percebeu a necessidade e prescreveu, mas também do desejo que é produzido por meio das propagandas, dos filmes, das novelas”.
“Isso vai além dos transtornos mentais, que são condições de saúde muito sérias nas quais a medicação vem como um grande apoio, mas esse movimento de tamponar a dor humana com medicações, de se perguntar ‘tem algo errado comigo?’ e traçar autodiagnósticos não se reproduz sozinho, também tem a ver com conteúdos do TikTok, do Instagram, materiais produzidos massivamente para atender a uma indústria”, coloca.
“Precisamos considerar que a posição que ocupamos no mundo, levando-se em conta as categorias de raça, classe e gêneros, dentre outros pertencimentos, como deficiência, território, orientação sexual, enfim; têm uma influência fundante no nosso psiquismo, de forma que somos afetados pelas interações e contextos sociais que vivenciamos”, atesta a psicóloga Aparecida Estanislau.
Mestranda em Antropologia pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab), ela explica que há determinantes sociais como o acesso ou não a educação, emprego, segurança, política públicas, dentre outros, que afetam diretamente o bem-estar das populações.
“O acesso amplo, universal e integral ao que temos de mais eficiente e de ponta nas tecnologias para a saúde e para uma vida boa é um direito de todos, previsto na Constituição. Estes são, inclusive, alguns dos princípios do SUS. Infelizmente, a realidade é que ainda não acontece de forma satisfatória”, reconhece.
“A saúde mental engloba condições sociais, econômicas e políticas mais amplas, que vão atuar nas condições de vida dessas pessoas. Uma jovem negra, residente na periferia, que trabalha em horário integral e estuda, pode ter limitações de segurança, de transporte, com horário, até mesmo para acessar um atendimento de psicologia que é oferecido nas clínicas-escolas das universidades, por exemplo”, enfatiza.
“Imagina qual a condição de uma mãe neuroatípica de levar o filho para os tratamentos e acompanhamento para Transtorno do Espectro Autista (TEA) de qualquer nível de suporte, ela trabalhando, morando na periferia?”, exemplifica.
Aparecida critica o uso indiscriminado de medicamentos, mas não se diz contrária à utilização deles: “Podem ser necessários em situações de crise, visando coibir o agravamento de alguns quadros; ou em situações crônicas e casos específicos, desde que prescritas por psiquiatras ou médicos especialistas”.
“É vedado ao psicólogo essa possibilidade de prescrições. Quando avaliamos a necessidade, encaminhamos ou orientamos para procurar um especialista”, reforça.
“Geralmente, além desses casos, nossas orientações, quando existem, são para respeitar os limites e possibilidades, diminuir a auto cobrança e realizar atividades de lazer, esporte, encontros de qualidade com a família, amigos, arte em geral, escutar os sonhos, participar de grupos religiosos (conforme a crença de cada um); de amigos; esporte, etc”, expõe.
A partir da indicação dos profissionais de saúde, entram em cena profissionais como a farmacêutica Luciolla Bandeira, gestora do consultório farmacêutico da rede de farmácias Santa Branca.
“Fazemos um trabalho de atenção primária dentro da farmácia em que os profissionais farmacêuticos atuam efetivamente de forma clínica com orientações farmacoterapêuticas”, explica.
A atuação é realizada com embasamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo Bandeira, o que ocorre “através do rastreamento com perguntas para direcionar os pacientes a profissionais adequados ao cuidado da saúde mental ou no acompanhamento dos medicamentos utilizados de forma correta”.
“Além disso, nos preocupamos em repassar orientações não farmacológicas como exercício físico, alimentação, hidratação, sono, suplementação. A orientação do uso do medicamento juntamente com outras estratégias de saúde resulta em bons resultados com o trabalho em conjunto das equipes multidisciplinares de saúde”, acredita.
Para a farmacêutica Arlandia Nobre, “é importante destacar que quando se tem um problema orgânico, ele é mais fácil de ser percebido, ele muitas vezes é visível ou quando não visível, ele pode ser dimensionado, mensurado. No caso da saúde mental é algo muito subjetivo”.
“E nesse contexto há, também, toda uma falta de acolhimento dessas demandas, por parte às vezes da família, que não compreende, do nosso ciclo social onde estamos inseridos, que também não compreende, e muitas vezes o profissional de saúde se vê na necessidade de utilizar ferramentas farmacológicas”, indica.
“Todavia, para esses problemas mentais faz-se necessário outras medidas não farmacológicas, outras terapias, holísticas inclusive, de outras ferramentas para tentar vencer esses problemas sérios”, pontua.
Valorização da vida
Caso você precise de apoio emocional, principalmente relacionado à prevenção ao suicídio, procure os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) do seu município ou ligue para o Centro de Valorização da Vida (CVV) pelo número de telefone 188 ou pelo chat disponível no site https://www.cvv.org.br/quero-conversar/.
Metodologia
Para esta reportagem foram utilizadas bases de dados do estudo “Flash PMB - Mercado farmacêutico do Brasil (IQVIA/Agosto de 2023)” e números disponibilizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) via assessoria de comunicação em atendimento à solicitação da reportagem do O POVO+.
Para garantir a transparência e a reprodutibilidade desta e de outras reportagens guiadas por dados, OP+ mantém uma página no Github na qual estão reunidos códigos e bases de dados produzidos para as publicações.
"Oie :) Aqui é Karyne Lane, repórter do OP+. Te convido a deixar sua opinião sobre esse conteúdo lá embaixo, nos comentários. Até a próxima!"
Série especial trata dos dilemas da saúde mental no Brasil, desde diagnósticos, passando pela medicalização, até a busca por qualidade de vida