A escolha dos 12 novos governadores eleitos no Brasil neste 30 de outubro ampliou o mapa do espectro mais à direita entre os novos executivos estaduais, tendência já verificada desde o primeiro turno das eleições.
Dos 12 novos gestores, seis deles compõem partidos da base do atual governo (MDB, PSD, Republicanos, PL, União Brasil); três pertencem a partidos de esquerda – um do PT e 2 do PSB – os outros três foram eleitos pelo PSDB, partido que tem vivido uma crise intensa desde as eleições de 2018.
Em 2022, o PSDB ensaiou uma chapa majoritária com o então governador de São Paulo, João Doria, mas fissuras internas levaram à desistência do então candidato. Eduardo Leite (PSDB), que chegou a disputar as prévias do partido para presidência da República, candidatou-se ao governo do Rio Grande do Sul e venceu o candidato de Jair Bolsonaro, Onix Lorenzoni (PL), de extrema direita. O partido fez também o governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel.
Em Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB) venceu a candidata do PT, Marília Arraes. O PT, porém, conquistou o governo da Bahia numa campanha acirrada entre o Jerônimo Rodrigues contra ACM Neto (União Brasil).
Em nível nacional, o mapa brasileiro está à direita. Dos 27 governadores eleitos, 15 deles fazem parte dos partidos ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas eleições deste domingo, 30. O Centro, representado pelo PSDB, conseguiu eleger três executivos estaduais.
O partido de Bolsonaro só elegeu o governador Jorginho Mello em Santa Catarina e reelegeu Cláudio Castro no Rio de Janeiro. São Paulo, onde concentra o maior colégio eleitoral do país, além de ser o estado de maior importância econômica, elegeu Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado de Jair Bolsonaro.
Da base do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT, Solidariedade, PSB) somam 8 executivos municipais. O PT elegeu quatro governadores no Nordeste, sendo uma mulher, Fátima Bezerra, no Rio Grande do Norte, além do Ceará, Piauí e Bahia.
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