Na disputa de capital mais acirrada do Brasil, André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT) seguem tecnicamente empatados, segundo pesquisa Datafolha, divulgada neste sábado, 26. O candidato bolsonarista aparece numericamente na frente com 47% das intenções de voto, seguido do petista com 45%. A margem de erro é de 3 p.p.
A pesquisa Datafolha foi contratada pelo Grupo de Comunicação O POVO e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número CE-07939/2024.
Considerando os votos válidos, o candidato bolsonarista aparece numericamente na frente com 51% das intenções de voto, seguido do petista com 49%. Ambos oscilaram positivamente em relação à pesquisa anterior, mas numericamente a vantagem de André segue igual.
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O emparelhamento ocorre desde o fim do primeiro turno. Qualquer previsão de vitória é incerta e cada voto pode ser decisivo a este ponto. Em um cenário polarizado, a maioria já decidiu o candidato. Mesmo assim, a pesquisa revelou que um percentual de 7% dos eleitores consideraram que o voto ainda pode mudar - seja para brancos/nulos ou até mesmo para o candidato opositor.
Nos segmentos, o que apresentou maior percentual foram os mais jovens - de 16 a 24 anos: 12% disse ainda poder mudar de voto. Vale lembrar que um recorte desta faixa etária - 16 e 17 anos - tem voto optativo.
Nas demais faixas de idade, o percentual de "virada" variou de 5% a 9%. Os mais “certos” do voto são os com 60 anos ou mais (5%), seguidos de perto da segunda faixa mais velha, os com 45 a 59 anos, os quais 6% afirmou ainda poder mudar o voto.
O segmento de gênero apresentou uma diferença entre o percentual de homens e mulheres “certos do voto”. Enquanto 5% dos homens considera que ainda pode mudar de candidato, entre as mulheres o percentual sobre para 9%.
Atos voltados, em específico, para o gênero feminino se expandiram nesta semana. André Fernandes movimentou vereadores eleitas com votos expressivos e participou de “caminhadas com mulheres”. Na campanha de Evandro, o foco foi em ações com os dizeres “Mulher não vota em André”, remetendo a declarações antigas e polêmicas do deputado com teor machista.
A variação no percentual dos que declararam ainda poder mudar o voto para prefeito foi semelhante entre os segmentos de escolaridade. Como a margem de erro aumenta nos segmentos, há empate. No entanto, numericamente, os que declararam ter ensino médio completo consistiram na maior porcentagem (8%) de possibilidade de mudança de voto.
Os mais “certos” em quem votar são os com ensino superior completo: consistem em um percentual de 6%. Já os com ensino fundamental, 7% afirmaram ainda ponderarem sobre uma mudança de voto.
Os eleitores dentro do segmento de menor renda são os que mais declararam possibilidade de mudança de voto: 9%, dos que recebem até 2 salários mínimos mensais. O menor percentual de mudança está entre os mais ricos, que recebem mais de 5 salários mínimos por mês. Neste grupo, 5% disse ainda pode mudar de voto.
Tópico recorrente na campanha, os segmentos de religião apresentaram percentuais diferentes na possibilidade de mudança de voto. Entre os evangélicos, 9% disse ainda poder mudar de candidato, enquanto nos católicos, o montante foi de 6%.
A pesquisa Datafolha foi contratada pelo Grupo de Comunicação O POVO e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número CE-07939/2024. A pesquisa foi realizada de 25 a 26 de outubro de 2024 com 1.134 pessoas entrevistadas pessoalmente. O intervalo de confiança é de 95%. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.
A seleção de quem responderia ao questionário foi feita em duas etapas. Primeiro, foram sorteadas as regiões e os bairros que fizeram parte da amostra. No segundo momento, foram sorteados os pontos de abordagem onde foram feitas as entrevistas.
Por fim, os entrevistados foram selecionados aleatoriamente para responder ao questionário, de acordo com cotas de sexo e faixa etária, de acordo com os dados fornecidos por TSE (agosto/2024), IBGE (Pnad 2023 e Censo 2022) e dados primários de outros levantamentos do instituto.
Série traz reportagens sobres resultados, análises e repercussões de pesquisas eleitorais para eleições 2024 em Fortaleza, Ceará e Brasil