Através de sua perspectiva, criatividade e das lentes de uma câmera, Alan Uchoa II aborda solidão, dualidade entre vida e morte e aspectos obscuros da psique. Formado em Audiovisual, Alan trabalha com fotografia fine art e edição de imagem, implementando elementos cinematográficos em suas obras. Ao exibir sua foto na capa do jornal, ele conta que dá um “check” em uma de suas metas do ano.
Seja no teatro, na música, ele conta que sempre sentiu o impulso artístico para se expressar, mas a fotografia nunca havia sido uma opção. “Para mim, uma foto boa era sinônimo de câmera cara, estúdio e muita gente trabalhando”, acreditava. Até que aos 17 anos, ele conheceu um rapaz que fazia todo o processo sozinho com uma câmera comum. A simplicidade do colega fez ele enxergar a possibilidade de também se tornar um fotógrafo, e assim começou sua trajetória na fotografia.
Através da internet, Alan teve contato com a fotografia fine art e passou a estudar mais sobre esse tipo de imagem. "A fotografia fine art nada mais é do que uma fotografia livre, onde eu posso me expressar, fazer o que quiser e elevar essa fotografia a um nível de obra de arte", explica.
Também conhecida como "belas-artes", em português, a fine art atravessa diferentes campos artísticos, como a pintura, música, dança, literatura, entre outros. Na fotografia, esse modelo de criação é pautado na visão do artista e como ele utiliza o meio para expressar aquilo que está em sua mente.
"Cada foto é uma ideia, uma atmosfera, um sentimento e um novo eu."
"Escolhi a fotografia fine art porque normalmente elas estão mais ligadas a obras de arte clássicas, como pinturas, a qual vem a maioria das minhas influências, e tem todo um mercado mais específico. Nesse estilo de fotografia eu vi também a liberdade de criar fotos singulares e poder me debruçar bastante em cima delas. Cada foto é uma ideia, uma atmosfera, um sentimento e um novo eu", afirma.
A capa do jornal traz a fotografia "Um sonho frágil", um autorretrato. Para ele, a imagem combina com o contexto atual, simbolizando isolamento e solidão. "Quando criei essa foto, eu tinha lido um livro e fiquei o dia pensando nele e foi aí que tive a ideia. Parecia que tinha algumas coisas rondando minha cabeça e aí criei a imagem com o livro e algumas borboletas, como se tivesse terminado de ler mas ainda tivesse uma conexão", comenta.
Para vender as fotografias, Alan usa uma tiragem limitada e uma impressão especial que garante maior durabilidade da imagem. Para ter acesso aos quadros é necessário encomendar diretamente com ele. O fotógrafo também utiliza as redes sociais como espaço para divulgar suas obras e conta que muitos clientes o encontraram através do Instagram.
Na mostra O nosso papel é arte, as páginas do jornal adquirem o valor de artefato. O leitor poderá apreciar as criações artísticas, além de colecioná-las. O assinante do O POVO+ ainda terá acesso a todas capas em alta qualidade, para poder baixar e deixar a criatividade fluir: quem sabe imprimir para virar pôster na parede? Ou então decorar a tela do celular?
Quinzenalmente, esta matéria será atualizada com as capas dos artistas, a biografia deles e uma galeria com outras obras.
Para baixar as capas, basta acessar o link bit.ly/NossoPapelÉArte. O link direciona para uma pasta na nuvem com os arquivos em alta qualidade - a pasta será atualizada quinzenalmente.
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